A jornada rumo à maternidade pode ser repleta de descobertas e desafios, especialmente quando se trata de enfrentar dificuldades de fertilidade. Entre as diversas técnicas e exames utilizados para avaliar e tratar problemas de fertilidade, a histerossalpingografia (HSG) se destaca como um procedimento diagnóstico importante.
Pode haver dúvidas em relação não apenas ao procedimento, mas se é possível haver ovulação depois da histerossalpingografia. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto e conferir mais informações como:
- o que é histerossalpingografia;
- qual é a relação entre histerossalpingografia e fertilidade;
- conhecer o relato de Jann, que engravidou após a histerossalpingografia.
O que é histerossalpingografia?
A histerossalpingografia é um exame de raio-X com contraste que tem, entre outras funções, examinar as trompas uterinas. O procedimento é frequentemente realizado em mulheres que têm dificuldade em engravidar, pois ajuda a identificar impedimentos que podem ser uma causa de infertilidade feminina.
Durante o exame, é injetado através do colo do útero, um contraste à base de iodo. Este contraste é visível no raio-X e permite ao médico avaliar a forma e a estrutura dos órgãos. Isso significa que, por exemplo, caso haja alguma obstrução, ela será visível.
A histerossalpingografia também pode ser útil para desbloquear pequenas obstruções nas trompas uterinas e permite a identificação de anormalidades como:
- malformações congênitas;
- pólipos uterinos;
- miomas;
- aderências.
Quais são os cuidados necessários antes da realização do exame?
Antes de mais nada, é importante que o exame seja realizado em um hospital ou clínica especializada, sob a supervisão de um radiologista ou ginecologista.
O procedimento costuma ser feito logo após o término da menstruação e antes da ovulação, geralmente entre o 5º e o 12º dia do ciclo menstrual (considerando ciclos de 28 dias de intervalo entre as menstruações). Isso é necessário para evitar a possibilidade de uma gravidez não detectada.
É essencial, durante a consulta médica antes do exame, relatar quais medicamentos ou suplementos são tomados, incluindo aqueles que não requerem receita. Sendo assim, é recomendado passar por uma avaliação geral da saúde e discutir qualquer preocupação ou condição médica existente. Você pode aproveitar este momento para tirar suas dúvidas sobre a ocorrência de ovulação depois da histerossalpingografia.
Vale ressaltar ainda que este é um procedimento relativamente seguro, mas pode causar desconforto ou dor para algumas mulheres e, como em qualquer procedimento médico, existem riscos associados que devem ser discutidos com um profissional de saúde antes de realizar o exame.
Qual é a relação entre histerossalpingografia e fertilidade?
A histerossalpingografia (HSG) tem uma relação importante com a fertilidade e é frequentemente utilizada como parte da avaliação da infertilidade em mulheres. Confira quais são os objetivos deste exame:
- diagnóstico de problemas relacionados à fertilidade;
- avaliação da patência, ou permeabilidade, tubária;
- efeito terapêutico potencial por meio da desobstrução de pequenas aderências ou bloqueios nas trompas uterinas;
- planejamento para tratamentos de fertilidade;
- detecção de anormalidades uterinas.
É possível haver ovulação depois da histerossalpingografia?
Sim, é possível e bastante normal haver ovulação após a histerossalpingografia (HSG). Isso porque o exame não interfere diretamente no processo de ovulação e, por isso, o ciclo menstrual continua normalmente. Além disso, como vimos anteriormente, o procedimento apresenta um potencial efeito positivo na fertilidade feminina.
Para monitorar a ovulação, é possível utilizar métodos como kits de previsão de ovulação ou uso de aplicativos. Vale ressaltar que cada caso é único e quaisquer questões específicas devem ser discutidas com um profissional de saúde.
Confira o relato de Jann, que engravidou após a histerossalpingografia
Leitora do Trocando Fraldas, Jann conta como conseguiu engravidar após uma histerossalpingografia e como ela descobriu a gravidez pouco tempo depois de ter realizado o exame.
Se você está para passar por esse procedimento e quer seguir em frente com o sonho de ter filhos, saiba que este é um exame que pode realmente abrir portas para uma gravidez logo após sua realização.
Pensando em ajudar as leitoras que precisam fazer o exame e também motivá-las, Jann se dispôs gentilmente a ceder o relato da sua experiência com a histerossalpingografia. Confira:
“Gostaria de compartilhar a minha experiência em relação ao tão temido exame chamado histerossalpingografia. Realmente é um nome estranho, assim como o procedimento, mas foi a melhor solução encontrada para algo que vinha me atormentando há alguns meses. Sou mãe de um menino de seis anos, e há um ano mais ou menos decidimos aumentar a família, foram dez meses de tentativas frustradas, exames tudo certinho (meu e do maridão), exceto, a averiguação das trompas. Foi então que comecei a pesquisar sobre o tal exame, pois uma amiga tinha passado por uma experiência parecida e teve êxito logo após.
Na realização do exame, o médico faz uso de um contraste, que é injetado através do colo do útero, para depois, fazer um Raio-X e observar possíveis obstruções ou outras anomalias nas trompas e no útero. Muitas mulheres contam que é possível engravidar depois desse exame, entretanto, não aconselho fazê-lo apenas para agilizar o processo, até mesmo porque existem diversos fatores que podem tornar a gravidez inviável.
Enfim, li vários relatos na internet que quase me impediram de realizá-lo, mas como a minha vontade era maior do que tudo decidi “encarar”, ainda que soubesse que poderia ser doloroso, e realmente foi, não vou negar. Senti uma cólica tão intensa que tremi dos pés à cabeça, o exame durou uns trinta minutos.
Saí de lá com o resultado de que estava tudo dentro da normalidade, entretanto, algo me dizia que o contraste de alguma forma desbloqueou a passagem (risos), ainda que não pudesse ser observado na ecografia. E com esse pensamento, fui para casa confiante.
O melhor ainda estava por vir. Pasmem, vinte dias após a realização do procedimento consegui o meu positivo! Hoje estou com cinco meses de gestação na expectativa de conhecer a minha tão esperada filha!”
Este artigo foi originalmente publicado no blog Trocando Fraldas e reproduzido aqui com permissão. Acesse o conteúdo original.
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