Para entendermos as causas femininas de infertilidade, fica mais fácil pensarmos nas estruturas e órgãos que compõem o sistema reprodutor feminino: colo do útero, endométrio (camada interna do útero), tubas uterinas (ou trompas de Falópio) e ovários. Diversas condições podem comprometer essas estruturas, reduzindo a chance de gravidez:
Idade materna avançada e baixa reserva ovariana: a fertilidade na mulher cai a partir dos 32 anos e, de forma mais acentuada, a partir dos 37 anos. A qualidade e quantidade de óvulos se reduzem ao longo dos anos, aumentando o risco de malformações e abortamento espontâneo. A chance de gravidez em cada ciclo (mês) é de 20% aos 30 anos. Esta taxa cai para cerca de 5% quando a mulher tem 40 anos.
Disfunção ovulatória: conhecida como anovulação crônica (ausência de ovulação), é uma das consequências da Síndrome de Ovários Policísticos, em que não ocorre o fenômeno de dominância folicular e ovulação. Assim, os óvulos não são liberados pelos ovários, impossibilitando a fecundação pelos espermatozoides. Em algumas mulheres a ovulação ocorre mas em períodos longos, a cada 2 ou 3 meses, sendo difícil determinar o período fértil. Outros distúrbios endocrinológicos podem causar anovulação: hiperprolactinemia (aumento da prolactina); hipo ou hipertireoidismo; amenorreia hipotalâmica decorrente de estresse, exercícios físicos intensos, perda ou ganho de peso acelerado, entre outros.
Alterações das tubas uterinas: é uma das principais causas de infertilidade. Infecções pélvicas por clamídia (Chlamydia trachomatis) ou gonococo (Neisseria gonorrhoeae), apendicite aguda supurada, cirurgias abdominais e endometriose podem causar inflamações nas tubas, modificando a estrutura e função das trompas e dificultando o transporte dos gametas e embriões. É comum encontrarmos dilatações e coleção de líquido nas tubas obstruídas, as chamadas hidrossalpinges. As alterações tubárias aumentam o risco de gestação ectópica e podem necessitar de tratamento cirúrgico, como a laparoscopia.
Endometriose: é uma doença em que o tecido que reveste internamente o útero (endométrio) é encontrado fora da cavidade uterina, causando lesões endometrióticas em órgãos da pelve e abdome, principalmente. Estima-se que 10% das mulheres em idade reprodutiva tenham endometriose e essa prevalência é até 5 vezes mais elevada na população infértil. A relação entre endometriose e infertilidade compreende vários aspectos, desde obstruções e alterações tubárias causadas pelos focos de endometriose, redução da qualidade dos óvulos e potencial de fertilização, até o aumento do risco de abortamento, cerca de 2 vezes maior nessas mulheres. Os sintomas incluem cólicas menstruais fortes, dor durante as relações sexuais, sintomas intestinais e urinários cíclicos (durante a menstruação).
Adenomiose: ocorre quando os focos de endométrio infiltram a camada muscular do útero (miométrio), causando cólicas e aumento do fluxo menstrual.
Alterações uterinas: miomas, pólipos, septos e sinéquias (aderências endometriais) podem reduzir a cavidade uterina ou comprometer a receptividade endometrial, dificultando a fixação do embrião no útero.
Fatores imunológicos: apesar de controverso, alguns pesquisadores acreditam que a imunidade materna deve estar em equilíbrio para não “atacar” o embrião dentro do útero, já que 50% do material genético é de outra pessoa (parceiro). Existem diversas teorias e classificações, como a falta de produção de anticorpos bloqueadores para a gravidez, a presença de anticorpos antiespermatozoides ou contra o fosfolípide fosfatidiletanolamina e o aumento da atividade das células NK (natural killer) no endométrio.
Trombofilias: condições congênitas ou adquiridas que aumentam o risco de trombose e comprometer o suprimento sanguíneo para o embrião, causando abortamentos de repetição (link para Falha de implantação e abortamento de repetição).
Em cerca de 10% dos casais a causa da infertilidade não é definida, o que é conhecido como infertilidade sem causa aparente (ISCA). Nesses casos, a idade da mulher e o tempo de infertilidade são fatores determinantes para a escolha do melhor tratamento: inseminação intrauterina ou fertilização in vitro.
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