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Os pólipos uterinos são lesões formadas por um crescimento excessivo de células na parede interna do útero.
Suas causas estão geralmente associadas a oscilações hormonais e a inflamações ao redor dos vasos sanguíneos do endométrio, o tecido de revestimento interno do útero.
Essas lesões são mais comuns em mulheres obesas, hipertensas ou que fazem uso de medicamentos de reposição hormonal.
Principais dúvidas sobre pólipos uterinos
Há meios para prevenir os pólipos uterinos?
Infelizmente, não há meios conhecidos para prevenir o surgimento da condição. A única recomendação a ser feita é que a mulher passe em consulta com o ginecologista anualmente, ou sempre que perceber qualquer sintoma incomum, de modo que qualquer problema possa ser diagnosticado o quanto antes, melhorando as chances de tratamento.
Qual a relação entre pólipos uterinos e infertilidade?
A infertilidade é o sintoma mais extremo dos casos de pólipos uterinos. Isso ocorre porque, especialmente quando são volumosos, os pólipos se tornam barreiras físicas que dificultam a implantação do embrião.
Como proceder se a mulher possui pólipos uterinos, mas deseja engravidar?
Após o diagnóstico, é preciso que a paciente seja submetida a uma cirurgia para remoção dos pólipos uterinos, chamada histeroscopia cirúrgica. O procedimento é realizado com cuidado, para que a cavidade endometrial não seja comprometida. Um mês após o procedimento, uma nova histeroscopia é realizada para avaliar a evolução do quadro e verificar se o útero está pronto para uma gestação.
Como é a cirurgia para remoção de pólipos uterinos?
A histeroscopia cirúrgica exige internação da paciente por apenas algumas horas e não exige nenhum cuidado pré-operatório, exceto jejum de 8 horas. O procedimento é feito por via vaginal, sem cortes. Com alças de bisturi ou histeroscópio de Bettocchi, as lesões são retiradas e enviadas para biópsia. A análise da lesão determinará as próximas etapas do tratamento. Relações sexuais devem ser evitadas nos primeiros dias após a cirurgia.
Tratamento de pólipos uterinos
São raras as circunstâncias em que a presença de pólipos indica algo mais grave, como câncer. Os principais sintomas dos pólipos são: fluxo menstrual mais intenso, irregularidade na menstruação e escapes entre as menstruações. Pode ocorrer dor após a relação sexual e sangramento genital. Os sintomas dependem da localização dos pólipos, que podem ser endometriais (na cavidade uterina) ou endocervicais (no colo do útero).
O problema também está associado à infertilidade, uma vez que os pólipos uterinos podem agir como barreiras físicas à implantação do embrião ou provocar abortos espontâneos. Mesmo sem sintomas, os pólipos uterinos podem ser identificados em exames simples, como a ultrassonografia transvaginal. A histeroscopia diagnóstica é considerada o padrão-ouro para avaliação dos pólipos, e deve ser realizada quando há suspeita.
O tratamento é realizado com a histeroscopia cirúrgica, em que os pólipos são extraídos com alças de bisturi ou com o histeroscópio de Bettocchi. A lesão é enviada para biópsia para que sejam definidas as próximas etapas do tratamento. Para as mulheres em idade mais avançada, ou que não tenham mais interesse em ter filhos, pode ser recomendada a histerectomia (remoção do útero) para evitar recidiva ou complicações possíveis.