Estudos apontam que cerca de 20% dos casos de infertilidade em casais estão relacionados ao homem. A fertilidade masculina depende de diversos fatores e, entre eles, a qualidade dos espermatozoides é um dos mais relevantes.
Entre as condições que podem comprometer a capacidade reprodutiva masculina, a teratozoospermia se destaca como as principais, embora ainda seja desconhecida por grande parte das pessoas.
O problema está relacionado à morfologia anormal dos espermatozoides, causando dificuldades na fecundação e reduzindo as chances de uma gestação natural. Quer entender mais sobre o assunto? Então leia o artigo completo!
O que é teratozoospermia?
A teratozoospermia é uma condição em que espermatozoides passam a apresentar a morfologia alterada, como cabeças deformadas ou caudas tortas. Essa questão pode dificultar a fertilização, pois os espermatozoides anormais têm menos capacidade de se mover e alcançar o óvulo.
A gravidade da teratozoospermia varia entre:
- leve, quando menos de 30% dos espermatozoides são anormais;
- moderada, entre 30% e 50% de espermatozoides alterados;
- grave, quando mais de 50% estão alterados.
Quanto maior a porcentagem de espermatozoides com formas irregulares, menores são as chances de concepção.
Quais são as causas da teratozoospermia?
A teratozoospermia pode ser causada por diferentes fatores:
- Genética: predisposição herdada pode influenciar a qualidade dos espermatozoides.
- Estilo de vida: tabagismo, consumo excessivo de álcool, má alimentação e exposição constante a toxinas e poluentes podem danificar os espermatozoides, prejudicar a produção de espermatozoides saudáveis e influenciar negativamente a saúde reprodutiva
- Infecções e doenças: varicocele, diabetes e infecções testiculares comprometem a qualidade espermática.
- Estresse: pode alterar os níveis hormonais e impactar a produção de espermatozoides saudáveis.
- Desequilíbrios hormonais: interferem na formação de espermatozoides com boa morfologia.
Como a teratozoospermia afeta a fertilidade masculina?
Os espermatozoides com formas anormais têm dificuldade em se mover e alcançar o óvulo, o que torna a fertilização mais difícil. Quanto mais espermatozoides deformados, menores as chances de concepção de forma natural.
Em casos mais graves, mesmo com técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), as chances de sucesso podem ser menores, pois a qualidade dos espermatozoides é crucial para o sucesso do tratamento. Nesses casos, a opção de tratamento mais recomendada é a FIV com ICSI.
Como a teratozoospermia é diagnosticada?
A teratozoospermia é diagnosticada principalmente por meio do espermograma, um exame que analisa a qualidade do sêmen. Esse teste, além de verificar a morfologia dos espermatozoides, também avalia a motilidade (capacidade de movimento) e a concentração espermática.
Caso haja alguma alteração, exames complementares podem ser solicitados para investigar causas adicionais. Esse diagnóstico é fundamental para entender a saúde reprodutiva e ajudar a escolher a melhor forma de tratamento, caso necessário.
Como lidar com a teratozoospermia?
É possível lidar com a teratozoospermia por meio de tratamentos médicos ou até cirúrgicos, dependendo da causa. Além disso, mudanças no estilo de vida, como melhorar a alimentação, parar de fumar e reduzir o estresse, podem ajudar bastante.
Para casais que estão tentando engravidar e encontrando dificuldades, a reprodução assistida pode ser uma solução. Como já foi dito acima, a FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) costuma ser a opção mais indicada, já que permite que o espermatozoide seja injetado diretamente no óvulo, aumentando as chances de gravidez.
E então, você já tinha ouvido falar da teratozoospermia? A boa notícia é que, mesmo quem for acometido com essa condição pode realizar o sonho de se tornar pai por meio da reprodução assistida.
Para saber mais sobre o assunto, confira este outro artigo que explica tudo sobre a FIV.