O Que É Gravidez Ectópica? Entenda Tudo Sobre o Assunto

Você sabe o que é gravidez ectópica e quais são os sintomas que podem indicar essa condição? Também conhecida como gravidez tubária, trata-se de um problema que atinge cerca de 3 a 5% das gestações.

Quando não diagnosticada precocemente, essa gestação pode resultar em grandes riscos para a vida da gestante. Por esse motivo, é fundamental que você possa entender como ela acontece e como é possível identifica-la.

Continue a leitura e descubra o que é gravidez ectópica, quais são os principais e os tratamentos indicados.

O que é gravidez ectópica?

A gravidez ectópica é uma condição que ocorre quando o embrião se fixa e começa a se desenvolver fora do útero. Por algum motivo, isso acontece porque o embrião não é capaz de se mover pelas tubas uterinas (previamente conhecidas como trompas de Falópio) e alcançar o útero, instalando-se fora do tecido que reveste o útero por dentro, chamado endométrio.

Apesar de o mais comum ser esse tipo de gestação acontecer nas tubas uterinas , há casos onde a gestação também pode ocorrer no colo do útero, ovário ou na cavidade abdominal da mulher.

Como o embrião não é capaz de receber os nutrientes necessários fora do útero e não existir condições para que o saco gestacional se desenvolva, a gravidez ectópica precisa ser interrompida de modo que a saúde da mulher seja preservada..

Quais são os sintomas e sinais de alerta de uma gravidez ectópica?

Dependendo do local onde o embrião se instala, a gravidez ectópica pode não apresentar sintomas ou causar apenas sintomas leves. Por esse motivo, muitas vezes essa condição é descoberta apenas durante exames de ultrassonografia de rotina ou nas consultas pré-natal.

Para que seja possível identificar, os principais sintomas e sinais de alerta que indicam essa condição são os seguintes:

• sangramento vaginal irregular;
• sangramento vaginal aquoso ou com tonalidade amarronzada;
• dor na região lombar;
• dores abdominais;
• cólica apenas em um lado no pé da barriga;
• sensibilidade nas mamas.

O crescimento do embrião pode levar ao rompimento dos vasos sanguíneos da Trompa de Falópio, levando a um quadro de hemorragia que coloca em risco a vida da mulher. Além da hemorragia, os sintomas mais graves que indicam o rompimento das trompas incluem sensação de dor intensa e repentina na parte inferior da barriga, dor no ombro e desmaio.

Quando isso acontece, é necessário buscar o atendimento de emergência o mais rápido possível para dar início ao tratamento médico.

Quais são os fatores de risco de uma gravidez ectópica?

Alguns fatores aumentam os riscos de desenvolver uma gravidez com essa condição. São eles:

• casos anteriores de gravidez ectópica;
• idade acima de 35 anos;
• endometriose;
• doença pélvica inflamatória;
• infecção sexualmente transmissível;
• cirurgia abdominal;
• cirurgia tubária prévia;
• histórico familiar;
• tratamentos de infertilidade;
• uso de DIU (Dispositivo Intrauterino);
• tabagismo.

Não é possível prevenir a ocorrência da gravidez ectópica em gestações naturais e, por esse motivo, é importante estar sempre atenta aos sinais. Para pacientes que já tiveram gestação ectópica e não estão mais conseguindo engravidar, a fertilização in vitro pode ser uma opção para conseguir uma gravidez evolutiva dentro do útero.

Quanto mais rápida ela for identificada, menores serão os riscos para a saúde e também menor o sofrimento psicológico ao passar por esse tipo de gestação. Além disso, a identificação prévia aumenta as chances de a mulher vir a ter dificuldade de engravidar.

“O local correto para a gestação se implantar é dentro do útero. Quando isso não ocorre, chamamos de gestação ectópica. É uma situação que pode trazer risco de hemorragia e infertilidade futura e, por isso, deve ser prontamente atendida e seguida por um médico especialista.” (Dr. Oscar Duarte Filho – Atualmente é médico e diretor da Clínica VidaBemVinda e do LabForLife).

Quantas semanas dura uma gravidez ectópica?

Em geral, a gravidez ectópica pode se desenvolver entre 6 a 8 semanas de gravidez. A partir disso, tanto o embrião quanto o saco gestacional se desenvolvem a um ponto em que não suportam mais permanecer na trompa e, assim, podem se romper se não houver tratamento.

Caso o médico desconfie de um quadro de gravidez ectópica, é feita uma avaliação dos sintomas e do histórico de saúde da mulher. A confirmação do diagnóstico acontece por meio de exames com Beta hCG, ultrassonografia transvaginal ou ao procedimento de laparoscopia ginecológica.

Como seguir com o tratamento de gravidez ectópica?

O tratamento deve ser indicado pelo obstetra, o que pode acontecer com o uso de medicamentos ou cirurgia.

No primeiro caso, o médico pode prescrever o uso do metotrexato, sendo indicado para a mulher que pretende engravidar no futuro. Em geral a paciente toma uma dose única do medicamento, o que também pode ser administrado via injeção intramuscular.

Já a cirurgia é a mais indicada para os casos de gravidez ectópica. A laparotomia, por exemplo, é um procedimento que exige menos tempo de internação e recuperação. Porém, quando há uma lesão irreparável na trompa, é necessário remover uma parte ou totalmente por meio de um procedimento chamado salpingectomia.

Agora você já sabe o que é gravidez ectópica e como essa condição se desenvolve. Caso suspeite que está passando por esse tipo de gestação, informe o seu médico ou procure um pronto-atendimento o quanto antes para que seja feita uma avaliação! 

Aproveite para saber mais sobre como a cirurgia de laparoscopia pode ser usada no tratamento de gravidez ectópica e outras condições.