Inseminação Artificial ou FIV: Qual a Melhor Opção Para Casais Homoafetivos?

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Os avanços na área da reprodução assistida ao longo das últimas décadas não apenas tornaram possível a realização do sonho do filho biológico para casais heterossexuais com problemas de fertilidade mas, também, para casais homoafetivos.

Em meio às diferentes opções de tratamentos disponíveis, no entanto, é muito comum que a comunidade LGBTQIAP+ tenha dúvidas a respeito de qual é a mais adequada para cada caso. 

Leia este artigo para entender como funcionam a inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV) e as particularidades de cada uma delas para saber qual é a melhor opção para você.

O que é a inseminação artificial?

Também conhecida como inseminação intrauterina, a inseminação artificial é um procedimento de reprodução assistida relativamente simples, que envolve a introdução do esperma diretamente no útero da mulher, no momento adequado do ciclo menstrual.

O que é a fertilização in vitro?

A fertilização in vitro (FIV), por sua vez, é um tratamento de reprodução assistida mais complexo, no qual os óvulos são coletados e fertilizados em laboratório, fora do corpo, e os embriões resultantes são transferidos para o útero. 

Entenda as principais diferenças entre inseminação artificial e fertilização in vitro

Embora o objetivo de ambos os procedimentos seja viabilizar a fecundação, ou seja, o encontro do óvulo com o espermatozóide, a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro funcionam de formas bastante diferentes.

Enquanto na inseminação o espermatozóide é introduzido na cavidade uterina após um tratamento de estimulação ovariana, para que, então, a fecundação ocorra de forma espontânea dentro da tuba uterina, na FIV essa fecundação é externa e, então, é seu fruto (o embrião) que é inserido no útero.

Para entender mais sobre o assunto, assista ao vídeo do Dr. Oscar Duarte, especialista em reprodução humana da VidaBemVinda. 

O que é melhor para casais homoafetivos: inseminação artificial ou fertilização in vitro?

Quando se trata da escolha do tratamento de reprodução assistida para um casal heterossexual, a avaliação da opção mais adequada depende apenas do estado de saúde e do problema de fertilidade encontrado em um ou em ambos.

Já o cenário de um casal homoafetivo tem outras particularidades:

Casais homoafetivos do sexo feminino

Quando se tratam de duas mulheres cis, é possível optar pela inseminação artificial ou fertilização in vitro, em ambos os casos recorrendo à doação de sêmen.

Para que a inseminação tenha boas taxas de sucesso, no entanto, é preciso garantir que a mulher que irá gestar não tenha endometriose grave, tenha tubas uterinas livres e preferencialmente tenha menos de 37 anos de idade

Tendo isso em vista, uma série de exames deve ser realizada, entre eles a histerossalpingografia, para entender se a inseminação é realmente uma boa alternativa ou não. 

No entanto, é sempre importante reiterar que a fertilização in vitro, procedimento no qual a fecundação ocorre em laboratório, tem maior chance de sucesso por tentativa. 

Além disso, a fertilização in vitro tem outro diferencial bastante relevante, que é o de possibilitar a gestação compartilhada. Nesse caso, uma parceira doa os óvulos, que são fecundados externamente, e quem recebe o embrião para gestar é a outra. 

Inseminação Artificial ou FIV: Gestação Compartilhada

Em casais homoafetivos compostos por mulheres trans, a FIV é a única alternativa disponível, contando também com um útero de substituição. A ovodoação — processo de doação de óvulos — viabiliza a fecundação, e uma mulher cis recebe o embrião em seu útero. 

Vale ressaltar que a doação de óvulos e do útero não pode ter caráter comercial. Além disso, a pessoa que irá gestar deve pertencer à família de uma das parceiras, em parentesco consanguíneo de até quarto grau.

Casais homoafetivos do sexo masculino

Assim como os casais homoafetivos compostos por mulheres trans, para os compostos por dois homens cisgêneros a fertilização in vitro com útero de substituição é a única opção possível de tratamento de reprodução assistida, sendo necessário também recorrer a um óvulo doado.

Inseminação Artificial ou FIV: Casal do Sexo Masculino

Já os casais compostos por homens transgêneros podem optar pela inseminação intrauterina ou FIV, sendo que também é possível optar pela gestação compartilhada. Contudo, é preciso recorrer aos bancos de sêmen para conseguir uma amostra, além de interromper o uso da testosterona pelo menos 3 meses antes do início do tratamento e durante toda a gestação. 

Ainda está em dúvida? Não tem problema! O mais indicado é contar com a orientação de um especialista em reprodução assistida para analisar o seu caso de forma individual, esclarecer todas as questões envolvidas e recomendar a melhor opção. A equipe VidaBemVinda está à sua disposição, basta agendar a sua consulta!

Equipe

Por Equipe Vida Bem Vinda

06 de maio de 2024
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