Bancos de Sêmen Para Casais Homoafetivos — Entenda Como Funciona

Compartilhe este post

A utilização de bancos de sêmen para casais homoafetivos ajuda a realizar o sonho dessas pessoas de terem filhos. O conceito de família atualmente é muito mais abrangente do que o padrão heteronormativo e consanguíneo, de afinidade apenas por laços de sangue. E isso se deu graças à luta por direitos iguais para todos, que tem gerado grandes discussões e avanços no Brasil, possibilitando que casais homoafetivos tenham a opção de formar uma família.

O combate ao preconceito ganha cada dia mais importância, resultando em conquistas expressivas para os movimentos sociais e a inclusão social de grupos historicamente marginalizados, como negros e homossexuais.

Após anos de um incansável debate sobre a pluralização da concepção de família, o casal homoafetivo finalmente conquistou o direito de união estável assegurado pelo Supremo Tribunal Federal. Com isso, uma nova realidade surge: a ampliação de alternativas para conceber um filho biológico.

Neste artigo abordaremos os métodos de concepção que utilizam bancos de sêmen para casais homoafetivos, além de pontuar possibilidades para casais heterossexuais. Aprenda tudo sobre o assunto!

 

Como funcionam os bancos de sêmen para casais homoafetivos?

O banco de sêmen no Brasil é onde são armazenadas as amostras de material biológico (espermatozóides) de doadores voluntários. Diferente do banco internacional, em que os homens recebem dinheiro pela doação do sêmen. O sêmen armazenado nas devidas condições tem validade de até 30 anos para ser doado.

Esse tipo de serviço é muito utilizado por casais heterossexuais que sofrem com a infertilidade masculina, mas também é uma alternativa muito usada por mulheres que desejam realizar uma gestação independente (maternidade solo) e por casais homoafetivos de mulheres.

No Brasil, as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) exigem que a doação de sêmen não tenha caráter lucrativo, além de ser obrigatório o anonimato do doador, que não pode ser um parente ou pessoa conhecida do casal. Exceção se faz para parentes de até quarto grau, que a Resolução do CFM de 2021 possibilitou a doação de sêmen não anônima , desde que não incorra em consanguinidade.

Quem pode ser doador de sêmen?

Para doar material genético para os bancos de sêmen para casais homoafetivos  e também heterossexuais, além de serem saudáveis, os voluntários precisam ter entre 18 e 50 anosEstão excluídos homens que tenham Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) ou doenças congênitas e genéticas.

Para garantir a qualidade dos bancos de sêmen, os homens passam por testes de triagem, incluindo exames clínicos e laboratoriais.

 

Quais são as características do banco de sêmen brasileiro?

A garantia do anonimato é uma regra, por isso o cadastro dos possíveis candidatos têm algumas restrições. Para a escolha do sêmen, são informadas características físicas gerais sobre o doador, como altura, cor dos olhos, peso, cor e tipo de cabelo, tipo sanguíneo, cor da pele e estrutura óssea.

Alguns dados pessoais também são fornecidos, como profissão, religião e hobby. O casal terá acesso apenas à ficha médica dos doadores, jamais à identidade civil.

 

Como utilizar bancos de sêmen estrangeiros?

Os bancos de sêmen americanos possuem um relatório mais detalhado, contemplando todas as informações pertinentes ao doador e alguns deles com teste expandido para mais de 300 doenças genéticas

Outra questão que influencia a escolha de um sêmen estrangeiro é a quantidade de amostras disponíveis no exterior. Como no Brasil a doação do sêmen deve ser em caráter voluntário, há menos material disponível. 

Neste contexto, a importação de sêmen estrangeiro passa a ser um recurso cada vez mais realizado pelas famílias brasileiras. Segundo dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o uso de espermatozoides de banco de sêmens internacionais aumentou 541% no Brasil, em 2020.

 

Reprodução Assistida para casais homoafetivos

O procedimento de inseminação intrauterina  para casais homoafetivos femininos é possível com a utilização de banco de sêmen. Para sua realização, é feita uma indução da ovulação com medicamentos hormonais e, no momento próximo da ovulação, o sêmen descongelado e preparado  é injetado diretamente no endométrio , camada interna do útero.  O teste de gravidez é realizado após 15 dias da inseminação. 

 

Qual outro método utiliza bancos de sêmen para casais homoafetivos?

A fertilização in vitro (FIV) é uma outra possibilidade de tratamento para casais homoafetivos femininos. 

A gravidez compartilhada é uma opção muito procurada por casais de mulheres que pretendem ter um filho biológico, possibilitando que ambas as mães participem do processo. Enquanto uma parceira doará o óvulo, a outra será responsável por gestar. A decisão da doadora do óvulo e de quem vai engravidar depende da vontade das parceiras e algumas condições de saúde.

Na FIV, os espermatozoides também são fornecidos por um banco de sêmen. O embrião é formado com a junção do óvulo de uma das parceiras com o espermatozoide doado. A transferência embrionária pode ser realizada na mesma parceira que doou o óvulo ou na sua cônjuge , conhecido como gestação compartilhada ou método ROPA (recepção dos óvulos da parceira). O teste de gravidez é realizado de 9-11 dias após a transferência embrionária.  

Agora que conhece mais sobre os bancos de sêmen para casais homoafetivos, entre em contato com a VidaBemVinda para saber mais detalhes sobre a reprodução assistida para casais de mulheres e casais de homens!

 

Compartilhe este post

Os comentários estão desativados.

Artigos relacionados