É Possivel Melhorar a Qualidade dos Óvulos? Entenda
Melhorar a qualidade dos óvulos é um objetivo importante para quem deseja engravidar e preservar a fertilidade. Neste artigo,...
Quando uma mulher inicia sua vida sexual, seja na adolescência ou já na vida adulta, fala-se tanto sobre a contracepção que cria-se o imaginário de que engravidar é muito simples. Falar sobre contracepção é, de fato, extremamente importante – mas, igualmente importante, é entender sobre o funcionamento da fertilidade feminina e da saúde reprodutiva como um todo.
Isso porque a maternidade é o sonho de muitas mulheres e o caminho até ela nem sempre é simples, especialmente em idades mais avançadas, o que afeta tanto a quantidade quanto a qualidade dos óvulos. É nesse cenário que a ovodoação surge como uma possibilidade transformadora.
Neste artigo, vamos explicar rapidamente o que é o tratamento de ovodoação e, principalmente, quais os papéis da doadora e da receptora de óvulos. Boa leitura!
A ovodoação é um procedimento de reprodução assistida em que os óvulos de uma mulher saudável são coletados para serem fertilizados em laboratório e, posteriormente, transferidos para o útero de outra mulher, chamada receptora. Esse método é indicado quando a receptora enfrenta dificuldades para engravidar devido à baixa qualidade ou quantidade de óvulos, idade avançada ou condições genéticas que poderiam ser transmitidas ao bebê.
O processo começa com a estimulação ovariana da doadora, que recebe medicamentos para produzir múltiplos óvulos maduros. Após a coleta, os óvulos passam pelo processo de fertilização, geralmente por meio da técnica de fertilização in vitro (FIV), e os embriões formados são preparados para a transferência ao útero da receptora. Todo o procedimento é acompanhado por médicos especialistas em reprodução assistida para garantir segurança e eficácia.
Além da função biológica, a ovodoação também tem um grande impacto emocional, oferecendo a oportunidade de maternidade para mulheres ou casais que, de outra forma, teriam poucas chances de ter um filho biológico. É um ato que combina ciência, esperança e solidariedade.
Na ovodoação, duas mulheres desempenham papéis centrais: a doadora e a receptora de óvulos. Cada uma cumpre funções específicas, e o sucesso do procedimento depende do entendimento e preparo de ambas. A seguir, detalhamos o que envolve cada papel.
A doadora de óvulos é a mulher que fornece os óvulos para a fertilização e posterior transferência ao útero da receptora. Para ser doadora, é necessário ter boa saúde geral, idade geralmente entre 18 e 35 anos, exames médicos e genéticos dentro dos padrões exigidos e avaliação psicológica para garantir que a decisão seja consciente e voluntária.
Além de atender a esses critérios, a doadora passa por um processo de estimulação ovariana, acompanhamento médico constante e a coleta dos óvulos, que ocorre de forma minimamente invasiva.
O papel da doadora é, portanto, fundamental, pois sem seus óvulos o procedimento de ovodoação não seria possível. Trata-se de um gesto de solidariedade, que permite a outra mulher realizar o sonho da maternidade.
A receptora é a mulher que recebe os óvulos doados para que possa gerar o bebê. A ovodoação é indicada em casos como falência ovariana precoce, baixa reserva ovariana, idade avançada, menopausa precoce ou risco de transmissão de doenças genéticas.
O papel da receptora envolve preparar o útero para receber os embriões, acompanhar todo o processo de transferência e realizar os cuidados pós-procedimento para aumentar as chances de gestação. Embora não forneça os óvulos, sua participação é igualmente essencial, pois o sucesso da ovodoação depende do preparo e acompanhamento adequados durante todas as etapas.
Um aspecto importante da ovodoação é que, embora os óvulos sejam fornecidos por outra mulher, a receptora que carrega a gestação é legal e biologicamente reconhecida como mãe da criança. Isso significa que ela será responsável pelo bebê desde a gravidez, incluindo cuidados durante a gestação, parto e criação.
Essa característica diferencia a ovodoação do método de útero de substituição (ou gestação de substituição), na qual a mulher que carrega o bebê não tem vínculo genético nem é considerada mãe legal da criança, já que o óvulo utilizado pode ser da mãe intencional ou de uma doadora. Na ovodoação, por outro lado, a gestante é a mãe tanto no aspecto legal quanto emocional, criando um vínculo direto e exclusivo com o bebê desde a concepção.
Portanto, a ovodoação não altera o papel materno da mulher que recebe os óvulos: ela é mãe da criança, vivendo toda a experiência da gestação e assumindo a maternidade plena após o nascimento, com todos os direitos e responsabilidades legais e afetivos que isso envolve.
A doação de óvulos no Brasil é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e deve seguir regras específicas para garantir segurança e ética no processo. A principal delas é o anonimato entre doadora e receptora, ou seja, nenhuma das partes tem acesso à identidade da outra. A única exceção ocorre quando há parentesco de até 4º grau entre elas, como primas, tias ou irmãs.
Além disso, a doação deve ser voluntária, sem caráter comercial, e as clínicas precisam seguir protocolos rígidos de seleção e acompanhamento médico. Essas normas asseguram que o tratamento seja conduzido de forma legalizada, protegendo tanto a doadora quanto a receptora e a criança que será gerada.
Existe ainda a possibilidade da ovodoação compartilhada, em que a receptora custeia parte do tratamento da doadora em troca de receber os óvulos excedentes obtidos no processo de estimulação ovariana. Essa prática é permitida no Brasil e regulamentada pelo CFM, tornando o tratamento mais acessível financeiramente para a receptora, ao mesmo tempo em que beneficia a doadora que deseja realizar sua própria fertilização in vitro.
A ovodoação é uma técnica de reprodução assistida que transforma vidas, permitindo que mulheres e casais realizem o sonho da maternidade mesmo diante de desafios biológicos. Entender o papel da doadora e da receptora, bem como a diferença entre ovodoação e gestação de substituição, é essencial para que todo o processo seja conduzido de forma segura, ética e consciente.
É fundamental que esse tratamento seja realizado em clínicas especializadas, que sigam todas as normas legais e médicas, garantindo não apenas a saúde da doadora e da receptora, mas também o bem-estar da criança que será gerada. Optar por um acompanhamento profissional de qualidade faz toda a diferença para o sucesso do procedimento e para a tranquilidade emocional de todas as partes envolvidas.
Quer entender mais sobre isso? Então leia o nosso artigo completo sobre como escolher a melhor clínica de ovodoação.
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