Receptividade Endometrial: O Que Isso Significa?
Receptividade endometrial – entenda sua relevância para a concepção, métodos de avaliação para melhorar essa condição, aumentando as chances...
Enfrentar dificuldade para engravidar é uma grande angústia para quem deseja ter um filho. Pode haver ansiedade, sentimento de impotência, dúvida por não entender as causas e a culpa por achar que reprodução é algo natural, portanto, deveria ser fácil.
Se você está passando por isso, o primeiro passo é entender que a gravidez depende de diversos fatores, alguns deles até genéticos que não podem ser controlados. No entanto, isso não significa que você não possa fazer nada para realizar o seu sonho de ser mãe ou pai.
Neste artigo, iremos esclarecer sete causas de dificuldade para engravidar e mostrar as alternativas disponíveis para quem enfrenta desafios reprodutivos. Boa leitura!
Embora pareça simples, para que a gravidez ocorra, uma série de processos deve acontecer corretamente:
Assim, é normal que um casal saudável demore até um ano para conseguir a tão sonhada concepção e que dois em cada 10 casais tenham algum problema na hora de ter um filho.
Confira aqui quais os motivos que podem fazer com que você tenha dificuldade para engravidar:
A endometriose é uma doença que não tem cura, mas que pode ser controlada. Nessa condição, as células do endométrio — camada que reveste o útero internamente — estão presentes em outros locais do corpo, como tubas, ovários, intestino, bexiga, parede abdominal etc.
Quando acometem o peritôneo (fina camada que reveste os órgãos abdominais) e tubas uterinas, os focos de endometriose induzem um processo inflamatório que acaba dificultando o espermatozoide de encontrar o óvulo ou o embrião de chegar ao útero, aumentando inclusive o risco de uma gravidez ectópica.
Você pode aprender mais sobre a relação entre endometriose e infertilidade no vídeo da doutora Fernanda Ramos, da Clínica VidaBemVinda:
Vale ressaltar que mulheres com fluxos menstruais intensos e longos acompanhados de muita cólica podem ter endometriose, devendo passar por uma avaliação médica. Outros sinais e sintomas são:
O estresse é inimigo de toda a saúde e não poderia ser diferente com a fertilidade. O cortisol — hormônio do estresse — consegue alterar o eixo dos hormônios menstruais, o que impede a ovulação, tornando os ciclos mais longos. Com menos ovulações, o casal pode enfrentar dificuldade para engravidar.
Na infertilidade, o excesso de peso muitas vezes se associa com a síndrome dos ovários policísticos, que chega a atingir 10% de todas as mulheres ao redor do mundo.
Nessa condição, o organismo produz muita testosterona — hormônio masculino — desregulando o ciclo menstrual, aumentando a quantidade de pelos no corpo e no rosto e deixando a pele mais oleosa.
Com ciclos irregulares, a mulher deixa de ovular mensalmente, o que reduz a chance de gravidez.
Já mulheres muito magras, com IMC abaixo de 18 kg/m², como muitas atletas, possuem um nível de gordura corporal baixo, o que prejudica a produção dos hormônios que controlam a ovulação.
Assim, o ideal é que a mulher mantenha um peso saudável e pratique exercícios físicos regularmente, mas sem exageros.
Embora o ciclo menstrual já seja compreendido, é muito difícil determinar com certeza o momento da ovulação apenas com a tabelinha.
Medidas como análise do muco cervical (parecido com uma “clara de ovo”) ajuda no processo, mas podem acabar tornando a relação sexual uma tarefa obrigatória e não um momento de prazer para o casal.
Dessa forma, o ideal é que o casal mantenha relações frequentes, cerca de uma vez a cada dois dias na semana até o dia da ovulação, para aumentar a chance de encontro do óvulo com o espermatozoide.
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) não tratadas podem provocar um quadro de inflamação em toda a pelve — doença inflamatória pélvica (DIP) — que causa dificuldade para engravidar.
E no homem não é diferente. A gonorreia, por exemplo, pode provocar uma obstrução do sistema ductal e impedir a saída dos espermatozoides.
Os fatores de infertilidade masculina são responsáveis por pelo menos 30% dos casos de infecundidade, podendo haver baixa concentração de espermatozoides (oligozoospermia) ou redução na motilidade desses (astenozoospermia).
A varicocele é uma das causas mais comuns, provocando uma dilatação das veias que drenam os testículos e um consequente aumento da temperatura no escroto e acúmulo de radicais livres de oxigênio, prejudicando a produção de espermatozoides. Mas infecções, malformações congênitas, toxinas e uso de determinadas podem levar ao mesmo problema.
Para saber se você enfrenta infertilidade ou entender os motivos que podem estar causando a dificuldade de engravidar, é preciso agendar uma consulta com um especialista em reprodução humana. Ele, além de esclarecer as causas, pode indicar o melhor tratamento para o seu caso.
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Formada pela Faculdade de Medicina da UNICAMP, realizou Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Centro de Atenção Integral à Mulher (CAISM) da UNICAMP. Possui título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela TEGO, concedido pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Atualmente, é pós-graduanda pela Faculdade de Medicina da UNICAMP e médica na Clínica VidaBemVinda.
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