Certamente, uma dieta pouco equilibrada não é a causa da endometriose, e adotar uma dieta correta não vai garantir sua cura imediata.
No entanto, os especialistas sabem que ela tem um papel fundamental em como nosso organismo funciona, em como nos sentimos no dia a dia e influencia em sua capacidade de se proteger melhor das ameaças e se tornar mais forte para enfrentar as doenças.
A mulher tem que ter a consciência de que uma mudança em seu cardápio dificilmente ocorrerá, com sucesso, de forma instantânea – trata-se de mudar a cultura de como se alimentar. Aos poucos, entender que determinados alimentos prejudicam a saúde como um todo, além de causar obesidade, e retirá-los com determinação do cardápio.
É preciso sinalizar, ainda, que dietas devem ser personalizadas: por isso, não se arrisque adotando o cardápio desenhado para outra pessoa. Os sintomas de duas pacientes podem ser totalmente diferentes, e a alimentação influenciará aí também. O ideal é procurar um nutricionista que, junto com o ginecologista, poderá definir os melhores alimentos a serem ingeridos por você.
A endometriose se caracteriza por uma doença que tem a presença do endométrio – o tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, se alastrando para outros órgãos como trompas, ovários, intestinos e bexiga. Por isso, é essencial adotar uma dieta anti-inflamatória, pois ela aliviará os sintomas e contribuirá para uma melhor qualidade de vida.
O fato é que a alimentação pode ajudar a diminuir ou mesmo aumentar a inflamação, e por isso influenciar nos sintomas. Por isso, há alguns alimentos que podem ser inicialmente banidos pelas pacientes – todos os alimentos processados e refinados devem ser evitados:
· Refeições prontas;
· Refrigerantes, bebidas energéticas, chá preto, chocolate e álcool;
· Carnes fritas, defumadas ou processadas;
· Pastéis;
· Refeições feitas com farinha branca, açúcar, adoçantes artificiais ou gorduras saturadas;
· O glúten, proteína encontrada nos grãos, é difícil de digerir, e muitas pacientes indicam aumento de dor quando de sua ingestão;
· Alimentos que levam lactose, sobretudo os laticínios;
· O excesso de óleos, por mais que “pareçam” saudáveis, como o de canola, milho e soja, exercem uma ação inflamatória.
Recomenda-se que a mulher com endometriose consuma:
· Para substituir os laticínios, leite de amêndoa, de coco ou de arroz e queijo de cabra;
· O cálcio pode vir dos vegetais e folhas verdes, amêndoas, salmão e brócolis;
· Alimentos com alto teor de ômega 3: sementes de linhaça, de chia, sardinhas e anchovas;
· As boas fontes de fibras solúveis: maçãs, peras, ameixas, feijões, ervilhas e cereais integrais.
É essencial que seu ginecologista e seu nutricionista façam um planejamento adequado de sua alimentação, que será baseado em todas as condições que sua saúde apresenta. Em seguida, você deve ter a força de vontade de adotar e manter esse cardápio.
Com o tempo, haverá o alívio dos sintomas, para o que os alimentos influenciam completamente. Com menos dor e indisposição, há mais ânimo para seguir com o tratamento e buscar a cura. A boa alimentação pode mudar sua vida, por completo. Pense nisso e fale com seu médico.