Receptividade Endometrial: O Que Isso Significa?
Receptividade endometrial – entenda sua relevância para a concepção, métodos de avaliação para melhorar essa condição, aumentando as chances...
Por muito tempo as mulheres se sentiram pressionadas a engravidar, mesmo sem estarem prontas. Com isso, objetivos profissionais e pessoais eram deixados de lado para ser mãe antes dos 40 anos.
Felizmente, a realidade para quem sonha com a maternidade não é mais essa. Com o avanço da medicina reprodutiva, é possível ter controle sobre qual é o melhor momento para ter um filho.
O congelamento de óvulos é um tratamento que permite retirá-los e preservá-los em laboratório para serem utilizados posteriormente. Continue a leitura do artigo para entender:
O congelamento de óvulos é uma técnica que permite a retirada de óvulos diretamente do ovário da mulher e a criopreservação dos mesmos para uso no futuro.
Com os avanços da ciência da fertilidade nos últimos anos, o processo de congelamento e descongelamento é feito de forma extremamente segura, garantindo a integridade de cerca de 90% dos óvulos.
O congelamento dos óvulos é feito pela técnica de vitrificação, que impede a formação de cristais de gelo dentro das células e evita qualquer dano. Uma vez congelados, os óvulos ficam metabolicamente inativos, paralisados no tempo, podendo ser mantidos nesse estado por vários anos.
Após procurar a clínica e passar por uma avaliação médica, a mulher é submetida a um tratamento que estimula o desenvolvimento dos folículos (estruturas que contém os óvulos). Assim, ao invés de produzirem apenas um óvulo como no ciclo menstrual normal, os ovários vão produzir mais, sendo que o número depende da reserva ovariana de cada mulher.
A estimulação ovariana normalmente se inicia entre o segundo e o terceiro dia do ciclo menstrual, e dura cerca de 14 dias, sendo utilizados medicamentos injetáveis por via subcutânea. Durante este período, são realizados cerca de quatro ultrassons, para verificar o crescimento dos folículos.
Ao final desta etapa, utiliza-se a última injeção e a coleta dos óvulos é agendada 35/36 horas depois. Esta coleta é feita no laboratório de reprodução humana, sob sedação e jejum de 8 horas. Após esse processo, os óvulos são processados no laboratório, passam pelo congelamento e são armazenados em nitrogênio líquido.
No dia da coleta, a mulher deve ficar em repouso após a punção folicular em casa e pode voltar às atividades habituais no dia seguinte. A menstruação após a coleta de óvulos retorna em cerca de uma semana e os ciclos voltam ao normal.
Congelar óvulos representa uma série de vantagens para as mulheres que desejam ser mãe:
Os melhores resultados são alcançados congelando os óvulos antes dos 35 anos. Isso porque até essa idade observa-se uma boa qualidade e quantidade de óvulos.
Após essa fase da vida, o potencial reprodutivo da mulher cai rapidamente, com isso, existem menos gametas, e aqueles que lá estão podem apresentar problemas, o que não é o ideal para a fecundação.
Entenda melhor sobre preservação da fertilidade feminina no vídeo a seguir:
Não. Ao nascer a mulher possui mais de um milhão de óvulos nos ovários, ou seja, muito mais do que o necessário para que ela tenha quantos filhos deseje. Mas por um processo degenerativo natural, todos os meses diversos folículos são destruídos naturalmente, com apenas um óvulo sendo liberado.
Portanto, existe uma perda de óvulos constante, desde o período intraútero, mesmo antes do nascimento. A mulher que usa pílula ou bloqueia o ciclo menstrual não evita essa perda, pois os folículos que entram em atresia (morte celular) são, na imensa maioria, insensíveis a hormônios.
O que acontece no ciclo de congelamento de óvulos é que esses folículos não são destruídos naturalmente, fazendo com que diversos óvulos se formem para a coleta. Ou seja, deixamos de perder aqueles folículos/óvulos que já seriam perdidos num ciclo natural e, portanto, a estimulação com hormônios não “gasta” mais a reserva de óvulos da mulher.
Inicialmente o congelamento de óvulos era recomendado para mulheres com condições médicas cujo tratamento comprometeria a fertilidade.
Assim, aquelas com câncer que seriam submetidas a quimioterapia, que receberiam radioterapia pélvica ou que realizariam cirurgia nos ovários devido a cistos ou endometriose poderiam ficar inférteis após o tratamento e tinham assim a opção de preservar a fertilidade por meio da criopreservação.
Atualmente, o congelamento de óvulos é uma opção também para mulheres saudáveis que simplesmente não desejam engravidar no momento, mas querem manter essa opção em aberto para o futuro, sem terem que lidar com a queda natural da fertilidade.
É o que chamamos de Preservação da Fertilidade Social. O processo pode ser feito em mulheres de todas as idades, mas o ideal é que ele seja feito o quanto antes para que óvulos de melhor qualidade sejam coletados. As taxas de sucesso com óvulos congelados após os 37 anos são muito menores.
O processo de congelamento e descongelamento de óvulos possui taxas de sucesso próximas a 90%. No entanto, a chance de, após o descongelamento, ocorrer uma gravidez, depende de diversos fatores relacionados ao processo de fertilização in vitro de cada clínica, à qualidade dos óvulos e do sêmen e à saúde da mulher no momento da gravidez.
Apesar disso, milhares de mulheres já engravidaram com óvulos previamente congelados e algumas clínicas relatam uma taxa de sucesso de 60%, bem maior do que chance de gravidez em um ciclo natural.
O congelamento de óvulos é feito em uma clínica de reprodução assistida. O primeiro passo é marcar uma consulta com um especialista. Falando com um médico, você pode tirar todas as suas dúvidas e entender com mais detalhes como funciona o procedimento.
Se você quer preservar a sua fertilidade e ser mãe apenas no momento que desejar, preencha o formulário abaixo para agendar uma consulta com os especialistas da VidaBemVinda:
Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia e em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Atualmente é médico e diretor da Clínica VidaBemVinda e do LabForLife.
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