Quero Engravidar: Qual Vitamina Devo Tomar? Entenda A Relação Das Vitaminas Com A Fertilidade
Quero engravidar: qual vitamina devo tomar? Saiba quais vitaminas são fundamentais antes de engravidar e como elas impactam a...
Os anticoncepcionais revolucionaram o mundo feminino. A partir do momento em que chegaram ao mercado, a mulher ganhou controle sobre a sua vida e o seu futuro. Hoje, milhões usam a pílula para evitar uma gravidez indesejada. Mas, se o intuito é engravidar depois de muito tempo fazendo uso do medicamento, quando parar o anticoncepcional para engravidar?
Essa é uma dúvida bastante comum e que está na mente de muita gente. Até porque esse tempo é bastante relativo e varia de uma pessoa para outra e, principalmente, de acordo com o tipo de método utilizado. Há quem consiga engravidar logo na primeira tentativa após parar de tomar a pílula, há quem precise de mais tempo.
É importante notar que existem diversos tipos de anticoncepcionais: pílulas orais (com um ou dois hormônios – as mais comuns), adesivos (Evra), anel vaginal (Nuvaring), dispositivos intrauterinos (DIU de cobre, Mirena, Skyla), injetáveis mensais e trimestrais. Falaremos da pilula anticoncepcional neste post!
A pílula combinada é feita a partir de estrogênio e progesterona, sendo a imensa maioria composta por pílulas com hormônios sintéticos, e a sua principal função é impedir que a ovulação aconteça. Essa combinação hormonal inativa a hipófise, e assim evita que o folículos dominante cresça, inibindo a ovulação. Além disso, a pílula torna o muco do colo uterino mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides; e deixa o endométrio inóspito para a implantação do embrião.
Quanto tempo pode levar até eu conseguir engravidar?
No geral, a mulher passa a ter ciclos ovulatórios já no primeiro mês de pausa da pílula. Mas é importante ficar atenta: algumas mulheres têm os ciclos menstruais falsamente “normais” com a pílula, devido à “regulação”, e quando param de tomar, os ciclos ficam irregulares, tanto por dificuldade de ovular (como na síndrome de ovários policísticos), quanto por redução da reserva de óvulos (baixa reserva ovariana). Se você fez a pausa e o ciclo está irregular, é interessante conversar com um especialista.
Existe um período médio em que a gravidez pode acontecer após a interrupção da pílula. A maoria costuma engravidar até 6 meses, sendo que 85% das mulheres engravidarão após 12 meses de tentativas de relações sexuais após a pausa da pílula.
O seu corpo se “desacostumou” a produzir o estrogênio e a progesterona nos ovários, já que esses dois hormônios eram ingeridos oralmente, na pílula. Quando você para de tomá-los, a hipófise passa a produzir adequadamente FSH (que estimula os ovários) e LH (que induz a ovulação e liberação do óvulo pelo ovário), tornando o ciclo menstrual regular. No momento em que esses dois hormônios chegam a uma taxa ideal na corrente sanguínea, há a estimulação para que o ovário comece a produção de estrogênio e progesterona. Isso induz à ovulação e também prepara o útero para a fecundação. A questão é que o efeito da pilula dura alguns dias e, por isso, pode tomar um tempo para que o organismo volte a ciclar.
Como você pode ver, existe toda uma readaptação pela qual não só o sistema reprodutor precisa passar, mas também outras partes do corpo, como a hipófise.
Isso é um mito que acabou se espalhando. Ainda que você as use por muitos anos de forma ininterrupta, não há nenhuma comprovação de que elas possam reduzir a fertilidade da mulher. A taxa hormonal das pílulas atualmente é baixa, o que permite ao corpo voltar ao seu estado normal no momento em que elas deixam de ser ingeridas.
Como foi visto mais acima, a maioria das mulheres pode levar até 1 ano para conseguir engravidar. Não existe um momento exato de quando parar o anticoncepcional para engravidar, e sim uma média na qual você pode se basear para começar a tentativa de ter um bebê.
Se você conseguiu engravidar depois de passar anos tomando a pílula, deixe o seu depoimento aqui informando em quanto tempo isso aconteceu e como foi o processo!
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Por Dra. Fernanda Imperial Carneiro Liez
Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Formada pela Faculdade de Medicina do ABC. Fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Especialização em Reprodução Humana no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP).
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