Ovorecepção — Entenda a Técnica com Maior Sucesso na FIV
A Fertilização In Vitro é um dos principais tratamentos de reprodução assistida. Leia o artigo para saber mais sobre...
Veja no artigo quais tratamentos de reprodução assistida auxiliam os casais homoafetivos que desejam ter um filho e desmistifique algumas questões!
A reprodução assistida e a união homoafetiva passou a ser uma realidade em 2013, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) viabilizou que essas técnicas poderiam também beneficiar os casais da comunidade LGBTQIA+.
Ainda existem muitas dúvidas a respeito do assunto e, para esclarecê-las, criamos este artigo com as informações mais importantes. Confira!
Tratando-se de reprodução assistida e união homoafetiva, existem muitas dúvidas a respeito das opções disponíveis e como funciona os tratamentos. Veja as principais abaixo!
As técnicas de reprodução assistida beneficiam casais homoafetivos tanto femininos quanto masculinos. Os homens, podem contar com a Fertilização in Vitro (FIV), sendo necessário recorrer a uma doadora de óvulos que pode ser do banco de doação ou de uma parente, conforme foi recentemente estabelecido pelo CFM.
Além disso, é preciso de um útero de substituição, ou seja, uma pessoa que irá gestar o bebê, que deve ser uma parente do casal de até 4º grau. Lembrando que não pode ter caráter comercial. Essa pessoa irá receber um acompanhamento psicológico para ter todo o suporte necessário durante a gestação.
Na FIV, a fecundação ocorre em laboratório, incubando os espermatozoides de um dos parceiros ─ não é permitido misturar os sêmens ─ com o óvulo da doadora. Após o desenvolvimento do embrião, que leva de três a cinco dias, ele será transferido para o útero de substituição.
Os casais homoafetivos femininos podem optar entre duas técnicas de reprodução assistida:
Na IA, são feitos vários exames para verificar se as pacientes possuem condições para gestar, como é o caso da histerossalpingografia, que analisa se as tubas uterinas não estão obstruídas. Além disso, é preciso que a parceira que irá gestar preferencialmente tenha até 37 anos, para melhores taxas de sucesso.
Feito isso, a parceira que estiver mais apta para engravidar precisará realizar o tratamento de estimulação ovariana para crescimento dos folículos ovarianos. Esse crescimento é acompanhado por ultrassom e com o tamanho adequado é feito o gatilho para ovulação e inseminação com o sêmen de um doador ocorre após 36 horas.
No caso da IA, ele é preparado, concentrando os espermatozoides móveis, para, posteriormente, introduzi-los na cavidade uterina da paciente, para que a fecundação ocorra naturalmente.
Já na FIV, as pacientes também precisam realizar exames para avaliar fatores como a reserva ovariana, e recorrer à doação de sêmen. Como a fecundação ocorre em laboratório, os óvulos de uma das parceiras precisam ser coletados.
Para isso, a parceira escolhida também deve realizar o tratamento de estimulação ovariana e, quando os folículos estiverem desenvolvidos, é feita a coleta dos óvulos, que serão fertilizados no laboratório com os espermatozoides.
Quando o embrião se desenvolver, o que leva cerca de três a cinco dias, ele será transferido para o útero, e aqui existem duas opções:
Obrigatoriamente, o sêmen vem de doação anônima, que pode ser de um banco nacional ou internacional. Todo o processo é mediado pela clínica de reprodução humana.
Sim! Desde que preencha os critérios necessários para ovodoação, uma ou as duas podem doar óvulos. Funciona assim, a paciente doa os seus óvulos para outra que precise e, em contrapartida, tem parte do seu tratamento custeado pela receptora. Nesse caso, a doação é anônima
A reprodução assistida e a união homoafetiva é uma conquista muito importante para a comunidade LGBTQIA+ e, hoje, além de poder contar com essas técnicas, o registro do bebê no nome de ambos os responsáveis é muito mais fácil do que era antes.
A clínica responsável pelo tratamento emite um relatório com os dados do procedimento. Este documento precisa de reconhecimento de firma de todos os envolvidos.
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Por Dra. Fernanda Imperial Carneiro Liez
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