Fertilização In Vitro e Inseminação Artificial: Entenda a Diferença

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Os tratamentos de reprodução assistida podem ajudar desde casais que estão com dificuldade para engravidar até casais homoafetivos e pessoas que desejam realizar uma produção independente.

Ao entrar em contato com o tema, muitas vezes pela primeira vez, descobrem que o universo de possibilidades é mais vasto do que imaginavam e acabam ficando com muitas dúvidas. Uma das mais comuns, certamente, é sobre qual é a diferença entre fertilização in vitro e inseminação artificial. Leia o artigo para entender o assunto!

O que são tratamentos de reprodução assistida?

Os tratamentos de reprodução assistida (TRA) são técnicas que auxiliam casais ou indivíduos a conceber uma criança quando enfrentam dificuldades ou mesmo tem impossibilidade de engravidar de forma natural. 

Essas técnicas envolvem a manipulação de óvulos e espermatozoides em laboratório, e incluem uma série de procedimentos e possibilidades diferentes, que vão desde as mais básica (inseminação artificial e relação sexual programada) até as mais complexas, que podem envolver não apenas a fertilização in vitro, mas também procedimentos de congelamento de óvulos, doação de óvulos e até mesmo útero de substituição.

Dr. Eduardo

 

 

“O grande segredo dos tratamentos de reprodução assistida é a personalização para adequar as necessidades e anseios de todos. As pessoas têm quadros clínicos e pensamentos diferentes.” (Dr. Eduardo Miyadahira, Ginecologista e Obstetra, especialista em Reprodução Humana da clínica VidaBemVinda).

 

 

Quais são as diferenças entre a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação artificial?

A fertilização in vitro, conhecida pela sigla FIV, e a inseminação artificial, também chamada de inseminação intra-uterina, são métodos de reprodução assistida que possuem processos e aplicações. Entenda essas diferenças:

Indicação

A inseminação intra-uterina é mais comumente indicada para casais com infertilidade de causa desconhecida ou problemas relacionados aos espermatozóides, como baixa contagem e dificuldade de mobilidade.

A FIV, por sua vez, é frequentemente recomendada para casais com casos de infertilidade mais complexos, como obstrução das trompas, endometriose avançada ou mesmo falta de sucesso após uma ou mais tentativas de inseminação. 

Processo

A inseminação artificial é um procedimento mais simples do que a FIV. Nela, o espermatozóide é coletado e preparado em laboratório e, depois, inserido diretamente no útero da mulher durante o período fértil. O objetivo é facilitar sua chegada ao óvulo. 

Já a fertilização in vitro é um método mais complexo que envolve várias etapas, a saber: estimulação dos ovários femininos por meio de medicação,  coleta de óvulos,  fertilização em laboratório para criar os embriões e implantação dos embriões no útero. 

Número de embriões gerados

Na FIV, geralmente são fertilizados múltiplos óvulos para aumentar as chances de sucesso.  O objetivo é ter um maior número de embriões. Atualmente, na maior parte dos tratamentos, apenas um embrião é transferido ao útero, o que reduz a chance de gêmeos.

Já na inseminação artificial, as chances de gestação múltipla são maiores ou iguais às de engravidar naturalmente. Ocorre que caso haja estimulação ovariana, a formação de embriões não é controlada e não se sabe quantos embriões são formados..

Custos

Devido ao nível de complexidade e de processos que fazem parte do tratamento, a FIV é um método mais caro que a inseminação artificial. Dessa forma, é importante ter uma avaliação completa para saber qual o tipo de tratamento será melhor para o seu caso. 

Taxa de sucesso

As taxas de sucesso da FIV são superiores às da inseminação artificial, embora ambas dependam, também, da idade e da saúde geral da paciente. 

De maneira geral, para uma mulher saudável com até 35 anos, as taxas de sucesso da inseminação são de 10 a 20%, enquanto as da FIV chegam a 50% por embrião implantado.

Para finalizar, é importante entender também que a fertilização in vitro é um procedimento de reprodução assistida que abraça diversas outras peculiaridades, como a utilização de óvulos congelados, a gestação a partir de ovodoação e até mesmo o rastreio de embriões para evitar doenças hereditárias, portanto, é um tratamento mais amplo. 

Se interessou pelo assunto e está pensando em qual é a opção que faz mais sentido para o seu caso? Nós, da equipe VidaBemVinda, estamos à disposição para ajudar. Acesse a página de tratamentos em nosso site para obter mais informações e não hesite em entrar em contato! 

Dr. Eduardo

Por Dr. Eduardo Miyadahira

Ginecologista e Obstetra, especialista em Reprodução Humana. Fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da FMUSP. É membro da Sociedade Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (SOGESP) e European Society of Human Reproduction and Embryology (ESHRE).

25 de jun de 2024
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