Fatores emocionais têm sabidamente grande impacto para a saúde, e desempenham um papel importante em nosso equilíbrio mental e estado de espírito.
Ânimo, positividade e confiança em nosso dia a dia fazem a diferença para alcançarmos nossos objetivos e vivermos com mais qualidade de vida.
Alguns fatores emocionais e ambientais são conhecidos por terem o poder de modificar algumas reações fisiológicas, como no caso das mulheres esquimós, que deixam de menstruar e ovular durante longos e escuros invernos, ou de jovens mulheres que apresentam distúrbios no ciclo menstrual após experiências negativas, como o término de um relacionamento.
Quadros emocionais confusos podem influenciar o período menstrual, portanto todas as mulheres que estão tentando engravidar devem prestar atenção nas condições que geram estresse em suas vidas, para que possam “preparar o terreno” para uma gestação saudável e harmônica.
Muitas pacientes que estão em tratamento para infertilidade questionam até onde o estresse pode influenciar o tratamento, e se de alguma maneira podemos culpar algum fator emocional pelo insucesso de um ciclo.
Será que algum quadro emocional negativo pode realmente atrapalhar?
FIV e o estresse
Quando se trata da FIV (fertilização in vitro), podemos assegurar que o estresse desempenha um papel menor, já que a indução da ovulação é feita através de medicamentos.
Nada pode ser 100% livre dos efeitos do estresse, mas as técnicas da FIV garantem que qualquer estado emocional, por mais negativo que seja, não interfira no resultado do procedimento.
O investimento emocional e financeiro necessários à FIV causa estresse em muitos casos, por isso é sempre importante se preparar emocionalmente para essa jornada, para que o processo seja o mais tranquilo possível e não cause nenhum trauma ou impressão negativas para todos os envolvidos.
A FIV exige alguns controles rigorosos, como evitar cafeína e álcool em excesso, dormir bem, usar os medicamentos nos horários corretos, mas estas medidas não devem ser encaradas como regras absolutas, e sim medidas de prevenção para maximizar a eficência do tratamento.
Em algumas situações, a FIV se torna muito pesada â em casos de fracasso em um ciclo por exemplo â e a ideia de recomeçar para algumas mulheres pode ser bastante desanimadora. Nestes casos, aconselhamos a busca de auxíio profissional de um terapeuta.
A maioria das pacientes em tratamento para infertilidade se sentem fragilizadas, e culpadas por achar que a falha será delas se algo não der certo.
A melhor maneira de remediar esse estado é prová-las com muita informação sobre o tratamento, os medicamentos utilizados, os procedimentos em laboratório, para que se sintam seguras e estabeleçam vínculos com a equipe medica, sabendo que o estado emocional não representa ameaças no caso da FIV.
Devemos ter em mente que sá podemos viver bem quando nossa cabeça está bem, e assim podemos lidar com as adversidades inevitáveis da vida.
Problemas todos nós temos, mas é a habilidade para lidar com eles que nos difere e nos capacita a sermos responsáveis.
Pensando em maternidade, nenhuma mulher gostaria de gerar um filho em um ambiente desequilibrado, que não tenha condições de receber uma criança e ter as rotinas adaptadas para criar um filho.
Por isso a decisão de ter filhos deve ser sensata e desejada, pois devemos nos preparar em todos os sentidos, e nosso estado emocional deve acompanhar e querer essas mudanças para que a vida seja bem vinda!