Receptividade Endometrial: O Que Isso Significa?
Receptividade endometrial – entenda sua relevância para a concepção, métodos de avaliação para melhorar essa condição, aumentando as chances...
Existe infertilidade primária e secundária. A primeira, é quando um casal enfrenta dificuldades para ter o primeiro filho, enquanto a segunda está relacionada às tentativas de engravidar pela segunda vez.
Alguns hábitos podem prejudicar a saúde reprodutiva de quem está em busca da tão sonhada gestação. Se esse é o seu caso, continue lendo o artigo para saber quais são eles e como ter uma vida mais saudável que vai aproximar você do seu propósito.
A infertilidade primária e secundária podem aparecer por diversos fatores, como problemas genéticos, doenças pré-existentes ou idade.
Todas essas questões não estão sob nosso controle, mas existem alguns hábitos que podem afetar o potencial reprodutivo de quem sonha em ter um filho e prejudicar, inclusive, os resultados dos tratamentos de reprodução humana assistida.
Conhecê-los e saber como mudá-los é importante para ter uma rotina alinhada ao que você deseja. Vamos lá?
A dieta é um ponto-chave para homens e mulheres que desejam ter um filho. O sobrepeso é um problema, mas a desnutrição também é. A alimentação está totalmente relacionada à função reprodutiva, pois, quando ela não é balanceada, ocorre um desequilíbrio hormonal.
São essas substâncias que regulam diversos processos de produção e maturação das células reprodutivas, por isso, precisam ser liberadas nos momentos certos e nas proporções necessárias. Caso contrário, a fertilidade pode ser prejudicada.
No caso das mulheres, por exemplo, aquelas que apresentam excesso de peso possuem níveis mais altos de estrogênio, o que provoca uma desregulação do ciclo menstrual. Além disso, a lipotoxicidade causada pela obesidade causa uma resistência a insulina e desenvolve um estado pré-inflamatório, o que também leva a um desequilíbrio hormonal. Tudo isso impacta a receptividade endometrial e a implantação do embrião.
Além disso, a alimentação é fonte de nutrientes que garantem o funcionamento normal do organismo e promovem o combate a radicais livres que também prejudicam a fertilidade feminina e masculina.
O ideal aqui é encontrar o equilíbrio e ter uma alimentação balanceada. Esses hábitos, mais do que aumentarem as chances de concepção, também garantem uma gestação mais saudável, evitando doenças como hipertensão e diabetes.
Quer continuar aprendendo sobre esse assunto? Então confira o podcast “Dieta da fertilidade: existe?”
Você deve estar se perguntando: como assim atividade física faz mal a ponto de causar infertilidade primária e secundária?
Mas, aqui, estamos falando do excesso. O exercício moderado, com duração de até uma hora, cerca de três vezes por semana, é bastante benéfico para a saúde reprodutiva.
Estudos mostraram que pessoas que já apresentam sinais de infertilidade têm duas vezes mais chance de engravidar se realizam alguma atividade física moderada, que pode ser até uma caminhada pelas ruas do seu bairro.
O exercício extenuante pode bloquear funções hormonais importantes para a regulação do ciclo menstrual e da produção de testosterona. Com isso, a produção e qualidade das células reprodutivas são prejudicadas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da população mundial sofre com o estresse. Esse problema, além de prejudicar o organismo de diversas maneiras, também causa o desequilíbrio de hormônios importantes para a função reprodutiva.
Pessoas que procuram as técnicas de reprodução assistida também precisam ficar atentas ao controle do estresse, porque o tratamento por si só pode gerar muita angústia e ansiedade, o que pode prejudicar as taxas de sucesso.
Cuidar da saúde mental é fundamental em qualquer contexto, especialmente, na pré-concepção. Por isso, procure formas de gerenciar o estresse, como práticas meditativas, yoga ou procure ajuda profissional. Afinal, ter uma mente saudável vai ser ainda mais importante quando você for cuidar do seu bebê.
Um importante hábito causador da infertilidade primária e secundária é o tabagismo. A substância por si só prejudica o sistema respiratório, cardiovascular, mas a saúde sexual e reprodutiva não fica de fora.
O cigarro tem relação com a diminuição da contagem dos espermatozoides, motilidade e morfologia, caindo a qualidade espermática, podendo dificultar a fertilização, ou seja, o grande vilão da fertilidade masculina.
Saiba mais sobre o assunto assistindo ao vídeo:
O abuso de álcool pode causar infertilidade primária e secundária porque também desequilibra a produção e liberação dos hormônios sexuais. Além disso, nos homens, pode reduzir a motilidade e qualidade dos espermatozoides.
O ideal é que quem quer engravidar cesse ou, pelo menos, reduza ao máximo o consumo da substância. No caso de quem irá gestar, além de contribuir para as taxas de sucesso da concepção, serve como uma preparação para a gestação, já que durante esse período a ingestão de álcool é proibida, pois prejudica o desenvolvimento do feto.
O excesso de cafeína está relacionado à infertilidade primária e secundária nas mulheres, de acordo com a Food and Drug Administration (FDA). Contudo, o maior problema é durante a gravidez, pois essa substância pode levar a partos prematuros, abortos, feto natimorto ou baixo peso ao nascer.
Por isso, é interessante reduzir o consumo de café e outras bebidas que contenham a substância – como chá-mate e coca-cola – no período de pré-concepção. Afinal, esse é o momento de se preparar para a gestação.
Manter uma rotina saudável é fundamental para ter mais chances de sucesso na fertilização, especialmente, se a futura mamãe tiver mais de 40 anos.
Quer continuar lendo sobre esse assunto? Então confira também o artigo sobre como ter uma gravidez tardia saudável e descubra que, com alguns cuidados especiais, você pode sim realizar o seu sonho de ser mãe!
Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Pérola Byington. Possui o título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e é especialista em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas da FMUSP.
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