FIV – A gama de emoções

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Procriação: dar continuidade ao ciclo da vida através de nossos descendentes. Esse é um dos maiores desejos da humanidade.

Essa capacidade natural exerce enorme pressão aos casais que encontram dificuldades para ter filhos, e com o passar do tempo, sensações de angústia, medo e ansiedade se tornam emoções frequentes naqueles que buscam respostas e soluções para conseguir engravidar.

A introdução da Fertilização in vitro (FIV) há mais de 30 anos tornou possí­vel o sonho da concepção para milhões de pessoas que de outra forma não teriam chance.

A decisão mais difícil para um casal disposto a realizar a FIV está  vinculada a força do desejo de ter filhos. O processo exigirá comprometimento, equilíbrio emocional para o caso de um teste negativo ou sucesso e principalmente apoio mútuo entre o casal.

A FIV nos traz muitos dados animadores, ao mesmo tempo que nos traz a realidade sobre as chances de insucesso. As reações e emoções são inúmeras e intensas, como veremos abaixo:

  • Lidar com a ansiedade. Procedimentos e prazos exigem certa paciência e cautela.

  • Receptividade às novas informações.

  • Viver a bagagem emocional (vergonha, culpa, ansiedade, depressão, raiva) que acompanha o processo durante os tratamentos da infertilidade.

  • Adaptações a novos ambientes, muitos casais têm que viajar para longe para encontrar um lugar confiável para o seu tratamento.

  • Mudanças na rotina e a distância da família e amigos.

  • Reações emocionais imprevisí­veis que os medicamentos para a infertilidade podem causar nas mulheres.

  • Estresse familiar, necessidade de suporte emocional.

  • Gerenciar as finanças e custos do procedimento.

Casais reagem de maneiras diferentes ao tratamento. Uma paciente relatou que a fase de estimulação do seu segundo ciclo foi a mais estressante:

“Uma das coisas mais difíceis foi o turbilhão de sentimentos ao esperar pelos ní­veis de estradiol. Seriam suficientes? Haveria um bom número de óvulos? Para mim, esse foi o momento mais estressante.”€

A mãe de um bebê de um mês de idade através de FIV nos contou que a espera foi o pior momento:

“€œA expectativa entre cada fase foi difí­cil. Esperar pelo resultado do teste de gravidez me deixou muito ansiosa!”€

Felizmente, ela teve um bom número óvulos, teve duas transferências embrionárias e pôde congelar o restante, dando a luz à  uma menina saudável.

Em contrapartida, uma mãe de gêmeos relatou:

“€œEu estava a ponto de desistir, e encontrei esperanças na FIV. Fiquei tão entusiasmada que não senti o tempo passar.”

O estresse que acompanha o tratamento não pode ser totalmente eliminado, mas pode ser amenizado por uma equipe médica que auxilie a suavizar e humanizar o processo. Um ambiente onde os casais podem encontrar outros no mesmo processo, conversar sobre o assunto é encorajador e reduz a ansiedade.

ɉ fundamental manter atitude positiva durante o tratamento, pois na FIV todos os testes são feitos antes da concepção, ou seja, nenhuma paciente realiza o tratamento se não houver chances reais de concepção.

ɉ quase impossí­vel evitar a montanha russa de emoções, mas o importante é manter uma relação saudável entre o casal. Para a grande maioria, todo esse esforço vale a pena. Prepare-se para uma jornada que irá exigir maturidade. Toda a dificuldade traz a chance de fortalecer o casal e a família, que irá valorizar a vida e os sonhos.

Vida Bem Vinda

Por Vida Bem Vinda Master

30 de set de 2014
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