Saiba Tudo Sobre a Ovodoação: Vantagens e Desafios da Doação de Óvulos

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A ovodoação é um processo fundamental no campo da reprodução assistida, permitindo que mulheres com baixa reserva ovariana ou dificuldades para engravidar possam realizar o sonho de ser mães. No entanto, embora a prática seja comum em muitos países, ainda existem muitas dúvidas e mitos sobre o que envolve a doação de óvulos. 

Continue a leitura desse artigo para entender mais sobre os prós e contras da ovodoação, explorar os principais questionamentos que surgem sobre o assunto, como as chances de engravidar com óvulo doado, os custos envolvidos, e os impactos psicológicos desse processo tanto para a doadora quanto para a receptora.

Além disso, entenda como o processo de doação de óvulos ocorre no Brasil, quais são os requisitos legais, e como a ovodoação pode ser a solução para várias mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar. Boa leitura! 

O que é a doação de óvulos? Como funciona?

 A ovodoação é um gesto de generosidade que possibilita a realização do sonho de muitas mulheres que desejam ser mães. 

Esse procedimento de reprodução assistida envolve a doação de óvulos de uma mulher saudável para outra, oferecendo uma chance de engravidar quando desafios como baixa qualidade ou quantidade de óvulos, condições genéticas ou a idade tornam isso difícil.

A ovodoação é realizada principalmente por meio da técnica de fertilização in vitro (FIV). Nesse procedimento, os óvulos da doadora são fertilizados com o esperma do parceiro da receptora ou com esperma doado, dependendo da necessidade de cada caso. 

O embrião formado é então transferido para o útero da receptora, visando ajudá-la a realizar o sonho de uma gestação bem-sucedida. O processo de ovodoação envolve várias etapas, que são cuidadosamente coordenadas por médicos especialistas em reprodução assistida. 

A seguir, confira o passo a passo de procedimento esse é realizado:

Passo 1 – Seleção e preparação da doadora

A primeira fase do processo envolve a seleção de uma doadora. Para ser considerada doadora, a mulher precisa ser saudável, ter idade inferior a 35 anos, e passar por uma avaliação detalhada, que inclui exames médicos e genéticos para garantir a compatibilidade com a receptora. 

Além disso, a doadora deve ter um bom estado de saúde física e mental. A compatibilidade de tipo sanguíneo entre a doadora e a receptora também é levada em consideração nesse primeiro passo.

Passo 2 – Estimulação ovariana

Após a primeira fase, a doadora passa por um tratamento hormonal para estimular os ovários a produzirem múltiplos óvulos de boa qualidade. Esse tratamento dura entre 10 a 14 dias e é monitorado com exames de ultrassom e coleta de sangue.

Durante esse período, a mulher recebe hormônios que aumentam a produção de óvulos e ajudam a amadurecer os folículos que os contêm.

Passo 3 – Coleta dos óvulos

Após a estimulação ovariana, os óvulos são coletados por via de um procedimento minimamente invasivo chamado aspiração folicular. Esse procedimento é feito sob sedação e dura apenas alguns minutos. A coleta é realizada por meio de uma agulha inserida na vagina, guiada por ultrassom.

Passo 4 – Fertilização em laboratório

Após a coleta, os óvulos são fertilizados no laboratório com os espermatozóides selecionados previamente, podendo ser  do parceiro da receptora ou de um banco de sêmen.. O embrião resultante é monitorado até que ele atinja o estágio adequado para a transferência ou congelamento. 

Passo 5 – Transferência do embrião

Após a fertilização, um ou mais embriões são transferidos para o útero da mulher receptora. Esse procedimento é realizado de forma simples, similar a um exame ginecológico e geralmente não necessita de internação ou anestesia. ne

HPasso 6 – Acompanhamento pós-transferência

Após a transferência do embrião, a mulher receptora deve aguardar cerca de 10 a 14 dias para realizar um exame de gravidez, que confirmará ou não o sucesso da fertilização. Caso a gravidez seja confirmada, o acompanhamento médico continua para garantir a evolução saudável da gestação.

Um dado bem importante sobre a doação de óvulos é que, conforme a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, a ovodoação no Brasil é regulamentada por normas rigorosas para garantir tanto a segurança das doadoras quanto das receptoras. 

As mulheres que se tornam doadoras de óvulos devem passar por uma série de testes para garantir a saúde e a compatibilidade com a receptora. A SBRA também destaca a importância do acompanhamento psicológico tanto para as doadoras quanto para as receptoras, uma vez que o processo pode ter implicações emocionais significativas. 

Ovodoação: quais são as principais vantagens? 

Como já citamos anteriormente, a ovodoação tem se mostrado uma solução eficaz para muitas mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar devido à baixa qualidade ou quantidade de óvulos.

Mas, além de ser uma opção importante no tratamento da infertilidade, a ovodoação oferece uma série de benefícios tanto para as receptoras quanto para as doadoras. 

Confira a seguir alguns dos principais prós desse procedimento.

1. Alta taxa de sucesso em fertilização

Um dos maiores benefícios da ovodoação é a taxa de sucesso significativamente mais alta quando comparada a outros tratamentos de fertilização. 

Segundo um estudo publicado na revista Human Reproduction em 2016, a taxa de sucesso de gestação por ovodoação pode atingir até 55% dependendo da idade da receptora e da qualidade dos óvulos da doadora. Ou seja, a utilização de óvulos de doadoras jovens e saudáveis, especialmente mulheres com até 35 anos, é um fator chave. 

De acordo com dados da SBRA, mulheres acima de 40 anos que querem engravidar e que enfrentam dificuldades devido à redução natural da reserva ovariana, apresentam uma chance significativamente maior de ter sucesso ao utilizar óvulos doados, quando comparadas ao uso de seus próprios óvulos. Essa taxa é um reflexo direto da qualidade dos óvulos da doadora.

2. Possibilidade de ser mãe para mulheres com baixa reserva ovariana

A ovodoação é uma das principais opções para mulheres com baixa reserva ovariana ou óvulos de qualidade reduzida. 

Em muitos casos, mulheres com idade avançada ou que passaram por tratamentos como a quimioterapia podem não ter óvulos viáveis para a fertilização.
Por isso, a recepção de óvulos oferece a oportunidade de alcançar uma melhor qualidade embrionária e aumentar as chances de gestação. Com o acompanhamento especializado, é possível construir um caminho personalizado rumo à realização do sonho de mãe. 

3. Menos risco de falhas no tratamento

Ao utilizar óvulos de uma doadora jovem e saudável, a receptora tem uma maior chance de sucesso no tratamento de fertilização in vitro (FIV).  

Como já citamos anteriormente, mulheres com mais de 40 anos geralmente enfrentam desafios significativos devido à qualidade reduzida dos seus óvulos, o que pode resultar em falhas no processo de fertilização. 

Com óvulos doados, as chances de sucesso aumentam consideravelmente, e as mulheres podem evitar vários ciclos frustrantes de tratamentos sem sucesso. 

4. Maior controle sobre o processo

Como você pode conferir anteriormente no passo a passo do processo, a ovodoação é cuidadosamente monitorada por uma equipe médica experiente, o que dá ao tratamento um acompanhamento mais assertivo. 

Além disso, como o processo é bem documentado e transparente, muitas mulheres se sentem mais seguras e informadas ao longo de todas as etapas, desde a escolha da doadora até o acompanhamento da gestação. Isso também se aplica ao apoio psicológico, que muitas clínicas oferecem tanto para doadoras quanto para receptoras. 

 Já falamos desse assunto anteriormente, caso seja necessário esse tópico, seria interessante falar de todas as possibilidades, inclusive para casais homoafetivos masculinos que utilizam óvulos doados para útero temporário. 

E quais são os principais desafios da ovodoação?

Apesar dos diversos benefícios que a ovodoação oferece, também existem alguns desafios  que precisam ser considerados por quem está pensando em seguir por esse caminho.

1. Processo físico e emocional para a doadora

Para as mulheres que decidem ser doadoras de óvulos, o processo não é simples e envolve uma série de etapas físicas e emocionais. 

A doadora precisa passar por estimulação ovariana, que envolve a administração de hormônios para estimular a produção de múltiplos óvulos. Essa fase pode gerar efeitos colaterais como inchaço, cólicas, e alterações hormonais, o que pode causar leves desconfortos.

Além disso, o aspecto emocional também pode ser um desafio. Embora as doadoras não tenham a intenção de criar um vínculo com o filho gerado, o processo de doação pode gerar questionamentos sobre o impacto dessa ação no futuro. 

Por isso, o acompanhamento psicológico é essencial para lidar com as implicações emocionais desse processo.

2. Custos elevados do tratamento

A ovodoação pode ser uma solução para muitas mulheres, mas os custos envolvidos no processo podem ser um obstáculo. 

O valor pode variar de clínica para clínica, mas geralmente inclui o pagamento pela doadora, os exames necessários, os medicamentos, e o processo de fertilização. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), os custos da FIV com óvulos doados podem ser até 50% mais caros do que o tratamento convencional. 

Para muitas famílias, isso pode significar um gasto significativo, tornando a opção inacessível sem algum tipo de financiamento ou apoio.

3. Implicações psicológicas para a receptora

Embora a ovodoação ofereça uma chance de gestação, o processo pode ser emocionalmente desafiador para a mulher receptora. Algumas mulheres podem enfrentar dificuldades relacionadas à aceitação da ideia de gerar um filho sem contribuir geneticamente para a criança.

No entanto, é importante destacar que, mesmo com óvulos doados, a mãe contribui significativamente para o desenvolvimento fetal através da epigênese. A epigênese é um processo em que a mãe transmite informações epigenéticas ao filho através da placenta, influenciando o desenvolvimento genético e a saúde da criança. Essa troca sanguínea e epigenética cria uma conexão profunda entre mãe e filho.

Portanto, é fundamental que as receptoras também recebam acompanhamento psicológico para lidar com essas questões emocionais.

9 fatos sobre a doação de óvulos: esclarecendo mitos e dúvidas sobre a ovodoação

Até agora você já pode perceber que o tratamento envolve várias etapas que podem gerar dúvidas, especialmente sobre os riscos e as implicações emocionais.

Para esclarecer essas e outras questões, preparamos uma lista com 10 fatos importantes sobre a doação de óvulos, desmistificando os principais mitos e explicando como a ovodoação realmente funciona. 

1. Quais são os requisitos para ser uma doadora? 

Para ser uma doadora de óvulos, é necessário atender a critérios médicos específicos, com o objetivo de garantir a segurança e a eficácia do procedimento. As doadoras em potencial geralmente são mulheres saudáveis, com até 35 anos de idade, que não possuam doenças genéticas conhecidas e apresentem uma boa reserva ovariana.

Além disso, a equipe realiza uma série de exames para avaliar a compatibilidade com a receptora, incluindo fatores como tipo sanguíneo e características físicas. Também são levados em consideração os hábitos de vida, como alimentação, atividade física e histórico de saúde, para assegurar que ela esteja apta a realizar a doação de óvulos.

2. Quais são as imposições legais para a doação de óvulos? 

No Brasil, a doação de óvulos é regulamentada por normas específicas do Conselho Federal de Medicina (CFM), estabelecidas pela Resolução CFM nº 2.168/2017, que visa garantir a segurança tanto da doadora quanto da receptora, além de assegurar que o processo ocorra de maneira ética e voluntária.

Conforme as normas do CFM, a doação de óvulos é um procedimento anônimo, ou seja, a doadora e a receptora não podem conhecer a identidade uma da outra, e o tratamento deve ser realizado sem qualquer tipo de troca comercial entre as partes. A doação é sempre um ato altruísta e sem fins lucrativos. 

Essas regras são importantes para preservar a privacidade e a integridade emocional de todos os envolvidos. No entanto, uma exceção existe para o denominado “doação compartilhada”. 

Nessa modalidade, a mulher em tratamento de Fertilização in vitro (FIV) pode doar uma parte dos seus óvulos para outra mulher e, em contrapartida, pagar um valor reduzido pelo tratamento. 

Essa prática, autorizada pelo CFM pela mesma resolução, visa tornar os tratamentos de fertilização mais acessíveis para mulheres que não têm óvulos viáveis para a fertilização, sem comprometer a segurança do processo. No entanto, a doação ainda precisa ser cuidadosamente regulamentada para garantir que o processo continue ético e seguro.

3. O que acontece com os óvulos doados?

A ovodoação é realizada por meio da técnica de Fertilização in vitro (FIV), que envolve várias etapas cuidadosas para garantir o sucesso do tratamento, como já detalhamos anteriormente. 

Após a coleta, os óvulos são levados para o laboratório, onde são fertilizados com os espermatozoides selecionados, seja do parceiro da receptora ou do banco de sêmen.

Em casos de doação compartilhada, onde a mulher que está em tratamento também doa parte dos seus óvulos, metade dos óvulos é fertilizada com os espermatozoides do parceiro da doadora, e a outra metade com os do marido da receptora ou congelados para serem usados posteriormente

4. As doadoras dos óvulos sentem dor?

A doação de óvulos é um procedimento que envolve a estimulação ovariana com hormônios controlados no acompanhamento médico. Como esses hormônios são semelhantes aos que o corpo feminino já produz naturalmente, os efeitos colaterais podem ser parecidos com os sintomas do período pré-menstrual, como cólicas e sensação de peso no abdômen.

É comum que as doadoras sintam algum desconforto durante o tratamento, principalmente no local das injeções, mas esse incômodo é geralmente de curta duração. 

O processo de coleta em si é minimamente invasivo e realizado sob sedação, o que ajuda a minimizar qualquer dor ou desconforto durante o procedimento. Durante o procedimento, já é administrado medicação para auxiliar na recuperação. 

5. É verdade que as doadoras que não conseguem ter filhos após o tratamento?

Não é verdade! Após participar de um processo de ovodoação, a mulher preserva totalmente sua capacidade de ter filhos no futuro, sem qualquer diminuição. Isso ocorre porque os óvulos coletados durante o procedimento seriam descartados pelo organismo naturalmente, mesmo sem qualquer tipo de estimulação hormonal. 

A ovodoação utiliza óvulos que seriam perdidos no ciclo natural, garantindo que a fertilidade da doadora não seja afetada. Além disso, o tratamento é cuidadosamente monitorado por médicos especialistas, que ajustam o protocolo de estimulação para proteger a saúde reprodutiva da mulher. 

Segundo o estudo “Impactos da doação de óvulos na saúde da mulher”, atualizado em 2023 da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, quando realizado em clínicas especializadas e seguindo os protocolos adequados, o processo de doação de óvulos não compromete a capacidade da doadora de engravidar futuramente.

6. Para quem são destinados os óvulos?

Os óvulos doados através da ovodoação são destinados a mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar devido a problemas relacionados à quantidade e/ou qualidade reduzida de seus próprios óvulos. 

O procedimento oferece uma solução segura para alcançar a maternidade enquanto minimiza os riscos de doenças genéticas na próxima geração. As principais razões que levam mulheres a buscar a ovodoação incluem:

  • tratamentos médicos anteriores: o uso de quimioterapia ou radioterapia pélvica para o tratamento de câncer pode comprometer a qualidade dos óvulos;
  • intervenções cirúrgicas: cirurgias ovarianas ou condições médicas que afetam os ovários podem reduzir a fertilidade;
  • idade materna avançada: a idade é um dos fatores mais comuns. A partir dos 35 anos, a reserva ovariana começa a diminuir de forma mais acentuada, e a qualidade dos óvulos também se reduz com o passar dos anos;

Com os avanços nas técnicas de reprodução assistida, os riscos de gravidez múltipla na ovodoação diminuíram bastante. Isso porque as clínicas hoje priorizam a qualidade dos embriões e não a quantidade, focando em transferências mais seguras e planejadas.

Ainda assim, quando mais de um embrião é transferido, a chance de uma gravidez gemelar pode variar entre 20% e 30% – uma probabilidade maior do que em gestações naturais.

Para reduzir esse risco, muitas clínicas seguem diretrizes recomendadas por sociedades como a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e a American Society for Reproductive Medicine (ASRM), que indicam a transferência de um único embrião (SET – Single Embryo Transfer) em casos favoráveis.

Se você está considerando a ovodoação, converse com seu médico sobre o número ideal de embriões a serem transferidos. Esse cuidado ajuda a garantir uma gestação mais tranquila e segura.

7. A ovodoação pode ser feita com óvulos congelados?

Sim, a ovodoação também pode ser realizada com óvulos congelados, uma técnica que tem se tornado cada vez mais comum em tratamentos de reprodução assistida. O congelamento de óvulos, conhecido como vitrificação, é um processo que preserva os óvulos em condições ideais para uso futuro, garantindo sua qualidade.

Essa opção é especialmente vantajosa porque permite maior flexibilidade para o planejamento do tratamento. A receptora não precisa estar sincronizada com o ciclo menstrual da doadora, o que facilita a logística do procedimento. 

Além disso, clínicas que trabalham com bancos de óvulos congelados podem oferecer uma ampla seleção de doadoras, aumentando as chances de encontrar uma compatível com as características desejadas.

8. Qual a diferença entre a doação compartilhada e a doação de óvulos convencionais?

A ovodoação pode ser realizada por meio de duas modalidades principais, a doação compartilhada e a doação de óvulos convencionais. Ambas têm o mesmo objetivo de ajudar mulheres com dificuldades de engravidar, mas diferem em seus aspectos práticos e organizacionais. Confira a seguir as principais diferenças sobre cada uma das doações 

Doação compartilhada

Na doação compartilhada, a doadora também está em tratamento de fertilidade, seja para uma  fertilização in vitro (FIV) para engravidar ou até mesmo para preservação da fertilidade, apenas seguindo com o congelamento dos óvulos. 

Durante o procedimento, parte dos óvulos coletados é destinada ao seu tratamento, enquanto a outra parte é doada para uma receptora. Esse tipo de doação de óvulos permite que a doadora reduza os custos do seu próprio tratamento, já que a receptora contribui financeiramente para o processo.

Essa modalidade é vantajosa para ambas as partes, uma vez que a doadora consegue viabilizar seu tratamento com custos reduzidos, enquanto a receptora tem acesso a óvulos de boa qualidade para a realização de seu sonho de ser mãe. 

Doação convencional

Já na doação convencional, por outro lado, envolve a participação de uma doadora exclusivamente para o propósito de doar óvulos, sem a intenção de engravidar no momento. Nesse caso, os óvulos são coletados e destinados inteiramente à receptora. 

As doadoras na modalidade convencional podem ser selecionadas por bancos de óvulos ou clínicas especializadas, garantindo uma ampla compatibilidade com as características desejadas pela receptora, como tipo sanguíneo e fenótipo.

9. Quais são os principais impactos psicológicos da ovodoação?

A ovodoação é um tratamento único e altruísta, que vai além dos aspectos biológicos e traz consigo questões emocionais importantes tanto para doadoras quanto para receptoras.

Para as doadoras, o processo envolve o desejo de ajudar outras famílias, algo que pode despertar reflexões sobre o impacto positivo de sua contribuição. Já para as receptoras, superar a ausência do vínculo genético pode ser desafiador no início, mas com apoio emocional, torna-se uma jornada de amor e construção familiar.

O acompanhamento psicológico é essencial para todas as partes envolvidas, ajudando a alinhar expectativas, fortalecer vínculos e transformar o tratamento em uma experiência leve e significativa. A Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) recomenda esse suporte para garantir bem-estar e segurança emocional a todos os envolvidos.

A ovodoação é, acima de tudo, um ato de generosidade e esperança, permitindo que famílias superem barreiras biológicas e vivenciem o sonho da parentalidade.

Para entender melhor os desafios emocionais relacionados à infertilidade e aos tratamentos de reprodução assistida, assista à live com a psicóloga Juliana Tfauni e o Dr. Renato Tomioka. 

Como a doação de óvulos pode impactar sua vida pessoal e familiar?

Até aqui você já pode perceber que a ovodoação não apenas transforma a vida das receptoras que realizam o sonho da maternidade, mas também pode impactar de maneira significativa a vida das doadoras e de seus familiares. Além dos benefícios evidentes, existem desafios emocionais e sociais que devem ser considerados.

De acordo com um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida em 2023, muitas mulheres relatam sentimentos de satisfação e realização ao contribuir para o sonho de maternidade de outra pessoa. 

Já outra pesquisa publicada no Journal of Assisted Reproduction and Genetics em 2019 destacou que 85% das receptoras relataram sentir maior segurança emocional ao formar laços com a criança após um acompanhamento psicológico adequado. 

A decisão de participar de um processo de ovodoação é transformadora mas requer informação e suporte especializado. 

Se você tem interesse em conhecer mais sobre a ovodoação ou deseja se sentir mais confiante antes de tomar sua decisão, contar com uma equipe de profissionais especializados pode ajudar a esclarecer dúvidas e orientar o caminho. Converse com a equipe Vida Bem-Vinda para saber mais sobre o processo.

Vida Bem Vinda

Por Vida Bem Vinda Master

20 de dez de 2024
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