Receptividade Endometrial: O Que Isso Significa?
Receptividade endometrial – entenda sua relevância para a concepção, métodos de avaliação para melhorar essa condição, aumentando as chances...
A fertilização in vitro (FIV) é um dos principais tratamentos de reprodução humana assistida. Nele, a fecundação ocorre em laboratório, o que permite superar uma série de fatores de infertilidade feminina e masculina.
Existem alguns protocolos desenvolvidos especificamente para pessoas que passaram por alguma falha no procedimento, como é o caso do DuoStim. Você já ouviu falar? Continue a leitura do artigo para aprender:
Antes de explicar o que é o DuoStim, é importante retomar os passos iniciais da fertilização in vitro. O primeiro passo é a estimulação ovariana, que consiste na otimização do ciclo menstrual por meio da administração de hormônios que permitirão recrutar o potencial de folículos disponíveis naquele mês. Com isso, é possível coletar o maior número de óvulos, lembrando que eles ficam dentro dos folículos.
Em meados de 2015, especialistas em reprodução assistida de uma clínica italiana desenvolveram um novo protocolo: o DuoStim. Nessa técnica, ocorre uma dupla estimulação do ovário em um intervalo de um ciclo menstrual. Dessa maneira, é possível coletar mais óvulos em um curto intervalo de tempo.
O processo inicia no dia da menstruação da paciente. A seguir é feita a estimulação ovariana e aproximadamente 12-14 dias após, a coleta de óvulos. Aqui começa a grande diferença, 5 dias após a primeira coleta de óvulos, inicia-se novamente as medicações de estimulação ovariana que irão findar em uma nova coleta de óvulos.
Baseado na premissa de que quanto mais óvulos, mais embriões e maior a chance de obter os embriões euploides, ou seja, os embriões que tem análise genética (chamada PGTa) normal e grandes chances de implantação, o DuoStim é uma estratégia que atende muito bem essa demanda…
Em geral, o DuoStim clássico conta com duas estimulações na fase folicular. Provavelmente isso não representa uma grande diferença nos resultados, mas algumas pacientes respondem melhor ao tratamento na fase lútea ou na segunda estimulação.
Alguns protocolos começam a estimulação na fase lútea, bloqueando a hipófise com outros medicamentos além do antagonista do GNRH. A segunda estimulação é feita sequencialmente à fase lútea. Do ponto de vista endócrino e fisiológico todo o processo ocorre na mesma fase.
A experiência italiana é que mais ou menos 70% das mulheres têm uma resposta melhor na segunda estimulação. Isso torna o tratamento mais atraente, mas não é uma realidade para todas. Algumas pacientes respondem mal à dupla estimulação e, talvez, fazer ciclos separados seja uma alternativa mais interessante. Esses pontos precisam ser avaliados individualmente com o especialista em reprodução assistida.
O DuoStim foi originalmente desenvolvido para pacientes com baixa reserva ovariana ou que tiveram poucos óvulos em estimulações anteriores para a FIV, ou seja, é ideal para pacientes com poucos óvulos ou para aquelas que tiveram uma resposta baixa, tendo em vista o resultado esperado.
Os principais resultados com o DuoStim foram trabalhos publicados na Itália, país que tem um público com idade em torno de 38 e 39 anos, portanto, já busca fazer o tratamento com PGTA — teste genético pré-implantacional para detectar aneuploidias (alterações cromossômicas no embrião).
Os especialistas em reprodução humana italianos publicaram os resultados da primeira estimulação em termos de:
Após a primeira estimulação, do ponto de vista estatístico, não houve muita diferença, havendo uma tendência maior a gerar mais embriões euploides na última leva. Ao final das duas estimulações, chegou a alcançar-se, em 70% das vezes, ao menos um embrião euploide — cromossomicamente normais.
Isso é muito interessante porque, ao combinar fatores como baixa reserva ovariana e idade reprodutiva materna avançada, a probabilidade de ter um embrião ou blastocisto euploide é maior com a dupla estimulação.
É comum casais passarem por diversos ciclos de estimulação para ter, talvez, um embrião normal que pode ter chance de nascer vivo. Então, poder contar com um protocolo que, em um mês, é possível dobrar, ou mais, a taxa de embriões cromossomicamente normais pode ser atraente para o casal que já veio com falha em outros ciclos de FIV.
Isso porque o protocolo do DuoStim permite que os óvulos da paciente sejam coletados duas vezes em um mês, garantindo o dobro de óvulos em comparação à estimulação normal, ganhando tempo, o que favorece, também, mulheres que querem engravidar após os 35 anos.
A chave para o sucesso desse protocolo é personalização e individualização do tratamento, aspectos que devem ser avaliados na hora de escolher a clínica em que você irá confiar. Essa não é uma escolha simples, por isso, preparamos um material gratuito para te ajudar a encontrar os melhores especialistas em reprodução humana assistida. Baixe agora mesmo o e-book!
Por Dr. Renato Bussadori Tomioka
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