A infertilidade é uma condição do sistema reprodutivo que prejudica a concepção, geralmente diagnosticada quando um casal vem tentando engravidar sem sucesso por, pelo menos, um ano. Aproximadamente 80% dos casais têm dificuldades para engravidar por uma combinação destes problemas:
1. O homem não tem espermatozoides em boa quantidade ou qualidade
2. A mulher tem problemas na ovulação ou com seus óvulos
3. As tubas uterinas (trompas de falópio) estão alteradas ou obstruídas.
Engravidar nem sempre é fácil, pois depende de vários fatores:
• Espermatozoides móveis, com formato adequado e em quantidade suficiente
• Óvulos de boa qualidade
• Tubas uterinas pérvias (permeáveis)
• Capacidade do espermatozoide em fertilizar o óvulo quando se encontram nas tubas (fertilização)
• Capacidade do óvulo fertilizado se desenvolver em embrião e fixar-se no útero da mulher
• Capacidade do endométrio (camada interna do útero) permitir que o embrião se fixe.
• Embrião com boa qualidade
• Ambiente hormonal feminino adequado (níveis de estradiol e progesterona).
Um terço dos casos de infertilidade relaciona-se com problemas masculinos, um terço com problemas femininos, e em um terço dos casos ambos são responsáveis. Em aproximadamente 10% dos casos de infertilidade, a causa não é encontrada, o que é conhecida como Infertilidade sem causa aparente (ISCA, ou infertilidade inexplicada).
A infertilidade masculina
As alterações do sêmen mais comuns são a oligozoospermia (baixa concentração de espermatozoides), azoospermia (ausência de espermatozoides), astenozoospermia (baixa motilidade, grau de movimentação dos espermatozoides) e teratozoospermia (espermatozoides malformados). As principais causas incluem varicocele (varizes nas veias dos testículos), caxumba testicular (orquite viral), criptorquidia (testículos fora da bolsa), cirurgias prévias, tumores testiculares, uso de anabolizantes e drogas como cocaína e maconha, obesidade, tabagismo, entre outros. Em alguns casos, a infertilidade masculina pode ser causada por uma doença genética.
A infertilidade feminina
Um dos principais fatores é algum distúrbio nos ovários, seja pela síndrome de ovários policísticos, em que as mulheres não ovulam, ou pela baixa reserva ovariana, quando a quantidade e qualidade dos óvulos estão reduzidas, geralmente em mulheres com idade avançada. Outras causas incluem tubas uterinas obstruídas, decorrente de doença inflamatória pélvica ou endometriose, principalmente. A idade da mulher é um fator importante, porque o número e a qualidade dos óvulos declinam conforme a mulher envelhece, especialmente a partir dos 37 anos.
Recomenda-se que mulheres com menos de 35 comecem a testar sua fertilidade depois de tentar engravidar sem sucesso por 12 meses, enquanto mulheres com 35 anos ou mais devem investigar depois de tentar engravidar por 6 meses sem sucesso.
Antes de fazer um tratamento, você precisará descobrir a causa do problema e o que você está tratando. Para isso, veja os próximos passos:
Passo 1 – O médico deve investigar:
• Histórico menstrual
• Antecedentes de doenças e cirurgias
• Uso de medicamentos
• Hábitos e estilo de vida (tabagismo, consumo de drogas, álcool e cafeína)
• Medicamentos utilizados.
Em seguida, será realizado um exame físico de ambos os parceiros para determinar o estado geral de saúde e avaliar distúrbios físicos que podem causar infertilidade.
Se nenhuma causa for determinada, então podem ser recomendados exames mais específicos.
Passo 2 – O parceiro é examinado:
O teste de fertilidade masculina inicial inclui uma contagem de espermatozoides, e uma análise do sêmen.
Passo 3 – A mulher é examinada:
Os exames iniciais em mulheres se concentram em saber se e quando ela ovula. Estes testes podem incluir:
• Função ovariana com exame de sangue no 3° dia do ciclo
• Hysterosalpingograma (raio-X ou ultra-som) e laparoscopia para avaliar a desobstrução das tubas uterinas.
Passo 4 – Tratar a infertilidade:
Depois desses exames, geralmente há informações suficientes sobre a razão para a infertilidade e como tratá-la. Seu médico fornecerá as melhores opções para cada caso.
Em qual passo você está? Compartilhe sua experiência conosco.