Como eu sei se sou infértil?

Compartilhe este post

Muitos casais acreditam que é fácil ter um filho e ficam surpresos quando a mulher não engravida logo após os primeiros meses de tentativas. A chance de engravidar a cada ciclo menstrual é, em média, de 20% para um casal fértil.

E mesmo quando tudo é normal, pode levar um longo período até o casal conseguir engravidar. Para você ter uma ideia, oito a nove em cada dez mulheres conseguem engravidar no primeiro ano de tentativas, em média.

Assim, após 12 meses de relações sexuais sem métodos anticoncepcionais, o casal deve procurar ajuda especializada para saber os motivos da dificuldade de engravidar. No entanto, se a mulher tiver 35 anos ou mais, histórico de ciclos menstruais irregulares, ovários policísticos, doença inflamatória pélvica, ou peritonite causada por apendicite e o homem tiver histórico de inflamação/infecção nos testículos ou criptorquidia (testículo dentro da cavidade abdominal, fora da bolsa testicular), a avaliação deve começar antes, após 6 meses de tentativas sem sucesso.

Como aumentar as chances de concepção?

O óvulo só será fecundado pelo espermatozoide no momento da ovulação, que ocorre apenas uma vez em cada ciclo menstrual. No entanto, a relação sexual e a ovulação não precisam ser exatamente no mesmo dia, pois um espermatozoide saudável pode sobreviver por mais de 3 dias dentro do corpo da mulher e os óvulos vivem cerca de 12 a 24 horas após a ovulação.

Quando o ciclo da mulher é regular, geralmente tem 28 dias e a ovulação ocorre no 14° dia. É fácil saber esse dia e programar a data da gravidez quando o ciclo é regular, mas isso fica imprevisível se o ciclo for irregular. Os sinais de ovulação são: muco cervical (secreção que parece “clara de ovo”), dor ou desconforto abdominal (conhecida como “dor do meio do ciclo”) e aumento da libido.

Após a ovulação, o espermatozoide com melhor movimentação (motilidade) e formato (morfologia) deve fertilizar o óvulo dentro da tuba uterina, que permite a formação do zigoto, o início do embrião. A partir daí, o embrião se desenvolve em várias células e a tuba o transporta para a cavidade uterina, no endométrio. É lá que o embrião se implanta e começa a formar as células da placenta, que produzem o beta HCG.

Como investigar a infertilidade?

Os exames vão variar conforme o caso, mas podem consistir em:

Avaliação da ovulação:

A história clínica já denuncia se a mulher ovula ou não. Mulheres com ciclos regulares normalmente ovulam. Quando a menstruação é irregular e ocorrem atrasos, a ovulação é rara. Em tratamentos para infertilidade, a ovulação é acompanhada por meio de ultrassom transvaginal.

Dosagens hormonais:

Os principais hormônios envolvidos no ciclo menstrual são FSH, estradiol, LH, e progesterona. Com os dois primeiros, podemos medir indiretamente a reserva ovariana, ou seja, a quantidade e possível qualidade dos óvulos, além de avaliar se houve ovulação com a progesterona dosada na fase correta. Outros hormônios podem interferir no ciclo, como a prolactina e os hormônios da tireoide. Um exame cada vez mais utilizado, o hormônio anti-mülleriano, tem a função de medir a reserva ovariana de uma maneira mais acurada. Ele é produzido pelos folículos pré-antrais e antrais nos ovários: quanto maior o nível, maior a reserva.

Histerossalpingografia:

É uma radiografia com contraste do útero e das tubas uterinas (trompas de Falópio). Envolve a injeção de um contraste hidrossolúvel através do colo uterino e radiografias sequenciais para avaliar a passagem do líquido pela cavidade uterina e tubas. É o principal exame para detectar alterações tubárias, como obstruções e dilatações.

Espermograma:

Trata-se da análise do sêmen, habitualmente colhido por masturbação. Mostra o número de espermatozoides por mililitro (concentração), a motilidade (grau de movimentação) e a morfologia (porcentagem de espermatozoides com formato normal). É o principal exame para o homem, devendo ser realizado em laboratório de confiança, já que a falta de cuidados, como a demora para analisar o sêmen e o descuido na visualização, pode alterar o resultado final.

Outros:

Rastreamentos para doenças infecciosas, trombofilias e alterações genéticas também são solicitados na investigação. A histeroscopia pode ser um exame muito útil quando se suspeita de alterações uterinas e da cavidade endometrial.

Se o casal desconfia que é infértil, o primeiro passo é procurar um especialista em infertilidade que irá começar a investigação com a consulta detalhada e exames pertinentes para cada caso.

Você tem dúvidas sobre o assunto? Desconfia que é infértil? Deixe um comentário ou envie uma mensagem que nós responderemos.

Vida Bem Vinda

Por Vida Bem Vinda Master

12 de mar de 2014
Compartilhe este post

Os comentários estão desativados.

Artigos relacionados