Receptividade Endometrial: O Que Isso Significa?
Receptividade endometrial – entenda sua relevância para a concepção, métodos de avaliação para melhorar essa condição, aumentando as chances...
Em um mundo onde as mulheres estão cada vez mais focadas em suas carreiras e desenvolvimento pessoal, a decisão de quando ter filhos tornou-se uma questão complexa. O congelamento de óvulos surge como uma solução inovadora, permitindo que as mulheres tenham mais controle sobre seu planejamento familiar sem comprometer a saúde reprodutiva. Este artigo explora o que é o congelamento de óvulos, como funciona e as opções disponíveis para preservar a fertilidade feminina, abordando desde os aspectos técnicos até as implicações emocionais e sociais desse processo.
Para mulheres que desejam ter uma gravidez após os 30 anos, surgem algumas dúvidas, como o risco de não conseguir engravidar ou o risco desta gravidez ter problemas.
A explicação é simples: os óvulos, assim como os neurônios, não se multiplicam após o nascimento. Seu número só reduz com os anos, até se esgotarem. Assim, quanto maior a idade, menor a quantidade e pior a qualidade dos óvulos.
Só para termos uma idéia, a fase em que a mulher tem a maior quantidade de óvulos é quando ainda está no útero de sua mãe, por volta do 5º mês de gestação. Neste período, chega a ter mais de 6 milhões de óvulos. No entanto, ao nascer, esta quantidade já diminuiu para cerca de 1 milhão e, quando menstrua pela primeira vez, tem armazenado em seus ovários, cerca de 400 mil óvulos.
A menopausa, que ocorre em média aos 52 anos, reflete o fim da reserva ovariana de uma mulher e significa que ela não poderá mais ter filhos com seus próprios óvulos. No entanto, bem antes disso, ocorre uma redução importante na chance de engravidar, bem como um aumento do risco de abortamento, reduzindo sua chance de ter filhos.
Assim, quando a mulher acredita que ultrapassará o limite seguro para engravidar, quais são as opções que tem para preservar sua fertilidade?
Até pouco tempo atrás, as únicas opções que as mulheres tinham para preservar sua fertilidade eram o congelamento de embriões ou o congelamento de parte do ovário.
A primeira opção, apesar de bem estabelecida, apresenta uma clara desvantagem: a necessidade de um parceiro disposto a participar do tratamento ou a escolha de um doador de sêmen, sendo que ambas podem gerar dúvidas e angústias no futuro.
A segunda opção, o congelamento de parte do ovário, apresenta como desvantagens a necessidade de uma cirurgia para retirada do tecido; e consequente redução da reserva de óvulos durante este procedimento (fato que estaríamos justamente tentando evitar) e a incerteza de que este ovário congelado poderá ser aproveitado, já que o sucesso deste tratamento ainda não está comprovado.
No entanto, atualmente, temos uma opção promissora: o congelamento de óvulos. Este processo, que estava sendo desenvolvido há algum tempo sem sucesso, ganhou impulso com o surgimento de uma nova forma de congelamento: a vitrificação. Nesta técnica, os óvulos são congelados com uma velocidade extremamente rápida, o que reduz os danos causados durante o processo. Atualmente, conseguimos cerca de 90 a 95% de sobrevivência dos óvulos vitrificados.
As etapas para realizar a vitrificação são:
Quando (ou se) a mulher decidir usar seus óvulos, estes são descongelados e fertilizados com espermatozóides. Os embriões formados são transferidos no útero e o teste de gravidez é feito em aproximadamente 11 dias.
O custo do congelamento de óvulos varia conforme a clínica e a complexidade do tratamento. Entre em contato com a Vidabemvinda para saber mais informações sobre os valores do tratamento.
As chances de engravidar com óvulos congelados dependem principalmente da idade da mulher no momento do congelamento. Óvulos congelados em uma idade mais jovem têm maiores chances de sucesso em tratamentos futuros de fertilização. Estatisticamente, mulheres que congelam seus óvulos antes dos 35 anos têm uma probabilidade significativamente maior de concepção bem-sucedida.
O congelamento de óvulos é geralmente um procedimento seguro, com riscos mínimos. Os possíveis efeitos colaterais incluem desconforto leve após a coleta dos óvulos e, raramente, a síndrome da hiperestimulação ovariana. A técnica de vitrificação atual reduz significativamente o risco de danos aos óvulos durante o processo de congelamento.
A melhor idade para congelar óvulos é antes dos 35 anos, pois a qualidade e a quantidade dos óvulos começam a diminuir com a idade. Congelar óvulos nessa fase da vida oferece uma maior garantia de preservar óvulos de alta qualidade, aumentando as chances de uma futura gravidez bem-sucedida.
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O AUTOR
Dr. Lucas Yamakami é médico formado pela Universidade de São Paulo (USP) com residência em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas de São Paulo. Atualmente é médico da Clínica de Reprodução Humana Vida Bem Vinda e Médico Assistente do Hospital das Clínicas, atuando neste serviço junto ao Centro de Reprodução Humana Mário Covas. Possuí Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e é membro da American Society of Reproductive Medicine (ASRM) e da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP).
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