Receptividade Endometrial: O Que Isso Significa?
Receptividade endometrial – entenda sua relevância para a concepção, métodos de avaliação para melhorar essa condição, aumentando as chances...
Para muitos casais que enfrentam dificuldades para engravidar, a reprodução assistida é a solução para realizar o sonho de ter um filho. Porém, os métodos geram algumas dúvidas. Qual a diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV)? Em quais casos são indicados? Como é feito cada tratamento?
De modo geral, os tratamentos de reprodução humana são divididos em duas vertentes, alta e baixa complexidade. Essa classificação se dá pela forma como ocorre a fecundação, e mais especificamente, onde ela ocorre.
Nos tratamentos de baixa complexidade — coito programado e inseminação artificial, ou intra-uterina — a união do óvulo e do espermatozoide ocorre na tuba uterina. Já na fertilização in vitro, como o próprio nome já define, ocorre em laboratório, com auxílio de um embriologista, por isso, é denominado como um procedimento de alta complexidade.
Quer entender melhor sobre este assunto? Então continue a leitura para aprender:
A inseminação artificial é um tratamento de reprodução assistida de baixa complexidade. Nesse procedimento, que ocorre durante o período fértil da mulher, os espermatozoides são depositados dentro do útero (por isso, também recebe o nome de inseminação intrauterina), de modo a ficar o mais próximo possível dos óvulos. A fertilização ocorrerá naturalmente na tuba uterina da paciente.
Antes de realizar a inseminação propriamente dita, é feita uma indução da ovulação por meio de medicamentos hormonais administrados via oral e/ou injetáveis, pois ter mais de um óvulo pronto para ser fecundado aumenta as chances de gravidez. Essa etapa dura cerca de 12 dias.
É feito o controle da ovulação por ultrassonografias e eventualmente dosagens de hormônios no sangue, pois não se deve realizar a inseminação quando mais de três folículos ovarianos se desenvolvem ao mesmo tempo, a fim de evitar uma gestação gemelar — ou seja, de gêmeos.
No dia da inseminação, o parceiro precisa chegar à clínica cerca de duas horas antes do procedimento para realizar a coleta da amostra de sêmen. Ela será processada e os melhores espermatozoides serão selecionados e capacitados para aumentar as chances de fecundação.
Após a inseminação, aguarda-se duas semanas para realizar o teste de gravidez. Caso o resultado não seja positivo, todo o processo pode ser repetido novamente no mês seguinte. Recomendamos realizar até três ciclos de inseminação e, em caso de insucesso, aconselhamos tentar a fertilização in vitro.
A fertilização in vitro é um procedimento de alta complexidade utilizado para tratar diversos casos de infertilidade, como problemas nas tubas uterinas, alterações graves no espermograma, endometriose grave, idade materna avançada, baixa reserva ovariana e casos com óvulos congelados. É o tratamento de reprodução assistida com maiores chances de gravidez.
Para você compreender melhor como funciona a FIV, separamos o tratamento em três etapas:
À semelhança da inseminação artificial, realiza-se a indução da ovulação com medicamentos por via oral e/ou injetáveis e controla-se a resposta da paciente por ultrassonografias seriadas (cerca de 3 ou 4 no total) e dosagens hormonais no sangue.
A diferença nesta etapa é que na fertilização in vitro não há um limite máximo de óvulos a partir do qual o tratamento precise ser cancelado. Pelo contrário, os estudos mostram que quanto mais óvulos, maiores as chances de gravidez acumuladas pelo casal. Essa etapa dura cerca de 12 dias.
A segunda etapa ocorre no período fértil da paciente, quando é realizada a coleta dos óvulos por via transvaginal sob anestesia. Um procedimento que leva cerca de 20 minutos e não necessita de internação hospitalar. A mulher terá alta cerca de uma hora após a coleta.
Nesse mesmo dia, é realizada a fertilização in vitro propriamente dita. O procedimento consiste na colocação dos espermatozoides próximos do óvulo (fertilização in vitro clássica) ou diretamente dentro do óvulo (ICSI), com intuito de formar embriões. O profissional que realiza esse procedimento é o embriologista.
Após fertilizados, os óvulos ficam em cultivo no laboratório de três a sete dias. Nesse período, os embriões são classificados de acordo com a sua morfologia (aspecto do embrião ao ser analisado no microscópio) e carga genética (nos casos em que se opta por fazer o teste genético pré-implantacional).
Por fim, a terceira etapa consiste na transferência dos embriões, que pode ser feita a fresco (no mesmo ciclo em que os óvulos foram colhidos) ou descongelados (em ciclos posteriores).
Esse procedimento se assemelha a um exame ginecológico convencional. Um cateter será introduzido pelo colo do útero, que permitirá a colocação do embrião dentro da cavidade uterina para que ele possa se implantar.
No tratamento de fertilização in vitro, a única etapa que ocorre naturalmente é a implantação do embrião, que acontece dois a três dias após a transferência. Nove dias depois da transferência, já é possível fazer o teste de gravidez.
A principal diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro é o local da fecundação e onde é formado o embrião.
Na inseminação artificial, o encontro das células reprodutivas ocorre na tuba uterina, bem como a formação do embrião, assim como em uma gravidez natural. Já na FIV, os óvulos e espermatozoides são captados, e a união dos gametas ocorre em laboratório, da mesma forma que o desenvolvimento embrionário inicial.
Vale ressaltar que a inseminação artificial depende de que as trompas não tenham obstrução e que o homem que irá fornecer o sêmen tenha, pelo menos, cinco milhões de espermatozoides móveis.
Por isso, as indicações principais são alterações seminais leves e infertilidade sem causa aparente. Também é uma alternativa para casais homoafetivos femininos e para mulheres que queiram ser mãe solo.
Já a fertilização in vitro é uma alternativa não só para essas situações, como também para os casos de:
As chances de sucesso também são diferentes. No geral, calculamos que a fertilização in vitro possa oferecer o dobro ou até três vezes mais chances de sucesso por tratamento em comparação com a inseminação intra-uterina.
A fertilização tem cerca de três vezes mais chances de sucesso que a inseminação. Por isso, é o tratamento da medicina reprodutiva escolhido pela maior parte dos pacientes. Além disso, comparada à inseminação, a fertilização in vitro funciona melhor para mulheres que querem engravidar após os 35 anos e casais com tempo de infertilidade superior a três anos.
Outra diferença entre a fertilização in vitro e a inseminação artificial é que a primeira permite deixar embriões congelados, o que possibilita novas tentativas de gestação no futuro, sem precisar repetir todo o tratamento novamente.
Ainda existem outras diferenças entre inseminação artificial e fertilização in vitro:
Para aprender mais sobre o assunto, assista também ao vídeo a seguir, no qual a embriologista da VidaBemVinda, Mariana Piccolomini, explica mais detalhes sobre a diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro:
De modo geral, inseminação artificial só é indicada quando os pacientes atendem aos seguintes critérios:
Contudo, a indicação do tratamento será realizada por especialista em reprodução assistida após uma avaliação criteriosa dos fatores que podem impactar as chances de sucesso do. Porém, no final, a decisão é sempre do casal ou da mulher que busca a gestação solo, avaliando chances de sucesso, custos, e vantagens e desvantagens de cada um dos tratamentos.
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Formada pela Faculdade de Medicina da UNICAMP, realizou Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Centro de Atenção Integral à Mulher (CAISM) da UNICAMP. Possui título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela TEGO, concedido pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Atualmente, é pós-graduanda pela Faculdade de Medicina da UNICAMP e médica na Clínica VidaBemVinda.
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