Se você está tentando engravidar de forma natural há um ano ou mais, provavelmente vem enfrentando um cansativo sentimento de frustração a cada mês que menstrua. Mas você não está sozinha, pois há uma enorme quantidade de pessoas que enfrentam problemas de infertilidade e lidam diariamente com a dor de não conseguir concretizar seu sonho de ampliar a família e perpetuar. Graças aos avanços da medicina, atualmente é possível tentar driblar a infertilidade e alcançar uma gravidez saudável.
As chamadas Técnicas de Reprodução Assistida (TRA), são um conjunto de tratamentos médicos que visa aumentar a taxa de gravidez no menor tempo possível. Incluem a Fertilização in vitro, a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) e transferência de embriões (TE) e transferência de embriões congelados (TEC ou FET, sigla em inglês para frozen embryo transfer). Essas técnicas também se aplicam a doação de óvulos e casos de útero de substituição, conhecida equivocadamente como “barriga de aluguel”. Cerca de 99% dos ciclos de reprodução realizados por TRA são de Fertilização in vitro com transferência de embriões a fresco ou congelados.
A FIV tem ajudado inúmeros casais a engravidarem, mesmo depois de tanto desgaste emocional em tentativas prévias mal sucedidas. As TRAs podem ser recomendadas quando outros tratamentos (como a inseminação intra-uterina) não tiveram sucesso ou quando há grave fator de infertilidade masculina, endometriose grave ou obstrução tubária.
Assim como as tentativas naturais, as terapias de infertilidade geram diversas emoções. A espera, a incerteza e as exigências de tratamento podem levar a sentimentos de frustração, confusão e ressentimento. Por isso é importante informar-se sobre sua saúde: quanto mais você sabe sobre os exames e tratamentos, menos ansiedade e preocupação sobre sua condição e a do parceiro.
A maioria dos centros de tratamentos de fertilização possui uma equipe profissional multidisciplinar. Durante o ciclo de tratamento muitos membros da equipe, além de seu médico individual, vão participar e cuidar de você. Os procedimentos avançados de infertilidade exigem tempo e energia, assim como um forte compromisso emocional e financeiro. Todos da equipe certamente farão todos os esforços para tornar o momento mais fácil e confortável quanto seja possível.
O sucesso dos tratamentos de Reprodução Assistida pode variar de acordo com diversos fatores. A idade da mulher é o mais importante quando são usados seus próprios óvulos. As taxas de sucesso caem conforme a idade avança, especialmente depois dos 35 anos. Além disso, também é a partir dos 35, e especialmente quando ultrapassa os 40 anos (e em diante), que aumenta o risco de aborto espontâneo, geralmente decorrente de malformações e alterações genéticas dos embriões.
As taxas de sucesso também variam de acordo com o número de embriões transferidos. No entanto, a transferência de vários embriões de uma só vez não aumenta de forma significativa a chance de nascimento com sucesso, mas pode aumentar o risco de uma gravidez múltipla e suas complicações: prematuridade, restrição de crescimento fetal, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, entre outras. O número de embriões permitidos para cada transferência varia com a idade da mulher: até 35 anos, até 2 embriões; 36 a 39 anos, até 3 embriões; 40 anos ou mais, até 4 embriões.
Em média, as taxas de gestação variam de mais de 50% para mulheres jovens, até menos de 5% para mulheres com mais de 42 anos de idade. Como cada casal tem suas características, as taxas de sucesso também mudam de acordo com os fatores de infertilidade. A melhor forma de conhecer suas chances de engravidar a partir da Reprodução Assistida é através de um minucioso acompanhamento médico especializado. Isso ajudará a determinar as melhores tecnologias que se empregam ao seu caso, assim como o número ideal de embriões a transferir, com base nas suas características específicas, como idade, histórico anterior de Fertilização in vitro, condições sociais e familiares, aceitação de ter gêmeos e os riscos envolvidos.
Os pacientes podem necessitar de alguns ciclos de tratamento para ter um bebê. As taxas de sucesso permanecem relativamente constantes ao longo de vários ciclos, mas a taxa de gravidez cumulativa ao final de dois ou mais tratamentos é cada vez maior.
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