Como o câncer de mama pode afetar a fertilidade

Compartilhe este post

A mais feminina das cores, o rosa inspira a delicadeza e a sensibilidade. E nos mês de outubro, o rosa ganha ainda mais vida, abrindo caminhos para a conscientização e prevenção do câncer mais comum entre as mulheres.

Neste mês, o mundo todo fica mais colorido. A mobilização se espalha a cada ano e as campanhas expandem os alertas para prevenções e tratamentos. Se diagnosticado precocemente, o câncer de mama pode ser tratado, com chances de cura que chegam até 90%. Assim, é cada vez mais frequente conhecermos mulheres que sobreviveram ao câncer de mama e hoje tem uma família constituída.

O Outubro Rosa chega para compartilhar as emoções sobre os desafios de quem enfrenta bravamente as duras realidades da doença. Ele emociona, motiva e educa. E, de tanto insistir, acaba vencendo a falta de esclarecimentos e a cada dia mais e mais vitórias são celebradas.

CAUSAS E SINTOMAS

Causas

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células tumorais, tanto do ducto mamário quanto dos glândulas mamárias. O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão câncer de mama até os 90 anos de idade.

Sintomas

O sintoma mais comum do câncer de mama é o aparecimento de nódulo na mama. Os nódulos geralmente são indolores, e se apresentam tanto endurecidos e irregulares como macios e arredondados. Ou seja, o câncer de mama normalmente não doi e pode gerar poucos sintomas. Portanto, é importante fazer uma boa rotina ginecológica e procurar um ginecologista ou mastologista se tiver suspeita.

Outros sinais de câncer de mama incluem:

  • inchaço em parte da mama;

  • irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;

  •  dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);

  •  vermelhidão ou descamação do mamilo ou da pele da mama;

  •  saída de secreção avermelhada ou translúcida (que não leite) pelo mamilo;

  •  nódulos (linfonodos) nas axilas

 CÂNCER DE MAMA E FERTILIDADE

A forma que o câncer de mama pode afetar a fertilidade baseia-se em três fatores: o tipo de tratamento oncológico utilizado, tipo e estágio do tumor e idade da paciente.

TIPO DE TRATAMENTO – Nem todos os tipos de tratamento afetam a fertilidade. Se a paciente precisar somente de cirurgia e radiação (radioterapia), o tratamento não terá impacto na fertilidade. O mesmo não pode ser dito sobre a quimioterapia, que oferece risco (40% a 80%, segundo a FertileHope) de insuficiência ovariana (menopausa precoce), devido aos medicamentos utilizados no tratamento. Existem vários mecanismos que explicam a toxicidade de alguns quimioterápicos, que acabam destruindo os folículos (que contém óvulos) nos ovários.

TIPO E ESTÁGIO DA DOENÇA – O estágio da doença e o tipo de tumor existente definem o tipo de tratamento. Quanto mais tardio o diagnóstico, maiores as chances da quimioterapia ser a única opção, inclusive antes de uma cirurgia. Tumores mais invasivos requerem quimioterapia sistêmica, o que compromete o corpo todo, incluindo os ovários. Nódulos menores e definidos têm menores chances de se espalhar (metástades) e podem ser tratados de forma menos agressiva.

O tipo do tumor define as opções de tratamento, alguns casos podem ser tratados com medicamentos à base de hormônios (ex.: tamoxifeno), mas uma porcentagem dos tumores pode ser insensível aos hormônios (estradiol e progesterona), quando a hormônioterapia não tem efeito.

IDADE DA PACIENTEA idade tem grande importância na fertilidade. Se a paciente tem por volta de 32 anos, a sua fertilidade já está em declínio. A quimioterapia pode acelerar o processo de consumo dos óvulos e induzir a menopausa, particularmente em mulheres com mais de 40 anos.

Se você foi diagnosticada com a doença e pretende ter filhos, é prudente procurar o seu médico para avaliar e definir o tratamento adequado para o seu caso. Hoje existem algumas opções de preservação da fertilidade feminina, sem que haja um atraso no tratamento oncológico.

Há muito a celebrar quando o assunto é medicina reprodutiva. Os avanços da medicina e as possibilidades de planejar um futuro para quem deseja ter filhos após a superação da doença aumentam a cada dia. É possível lutar contra a doença e manter vivo o sonho de uma vida saudável com planos para o futuro.

Vida Bem Vinda

Por Vida Bem Vinda Master

09 de out de 2014
Compartilhe este post

Os comentários estão desativados.

Artigos relacionados

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.

Abaixo o arquivo com toda política de privacidade