Idade, sedentarismo, etnia e condição socioeconômica podem ter relação com o aparecimento da endometriose. Acredite. Mesmo ainda sem comprovação científica, pesquisas mostram que alguns fatores e comportamentos podem estimular o desenvolvimento da doença.
Para entender melhor do que se trata a doença, é preciso primeiro entender o processo que se realiza no corpo da mulher, mensalmente.
Endométrio é uma camada de tecido que se forma dentro do útero e que é eliminada durante a menstruação. Após cada menstruação, um novo tecido se forma e o processo se repete, do mesmo jeito. A endometriose é a presença desse tecido fora do útero.
E quando a paciente desenvolve essa doença, o endométrio pode se instalar em outros órgãos, como trompas e ovários, e podendo afetar até mesmo o intestino, causando dores fortes abdominais.
Conheça, a seguir, os grupos que estão mais sujeitos ao aparecimento da endometriose e entenda as razões.
Hereditariedade
A predisposição genética é apontada por estudos para o desenvolvimento da endometriose. Há relatos de índices de 4 a 6% de casos na família de pessoas que desenvolveram a doença. Além da carga genética, estilos de vida semelhantes entre pessoas da mesma família podem explicar a incidência do problema.
Condição socioeconômica e escolaridade
Mulheres com maior grau de instrução e melhor condição econômico-financeira, de acordo com alguns estudos, estão entre as que mais desenvolvem a endometriose.
A explicação pode estar no fato de estas mulheres estarem mais expostas a altos níveis de estresse, o que pode resultar em distúrbios imunológicos e criar ambiente propício ao desenvolvimento da endometriose.
Outra explicação pode estar no fato de estas mulheres buscarem atendimento e diagnósticos mediante os primeiros sintomas de dor e infertilidade. E, ainda, há uma tendência de mulheres com mais estudos e melhores condições financeiras de adiarem a decisão de ter filhos em razão da carreira profissional.
Fase reprodutiva
O período de maior incidência de casos de endometriose é a idade reprodutiva, ou seja, entre a primeira e a última menstruação, também conhecido por menacme. Especialmente entre as adolescentes, pesquisam mostram que aquelas que têm fortes cólicas menstruais e não respondem a tratamentos especializados, acabam por desenvolver a endometriose.
Etnia
A maior incidência de casos de endometriose está entre as mulheres brancas, embora a etnia ainda não possa ser considerada, do ponto de vista da Ciência, um fator de risco. Há também muitos casos entre mulheres orientais, mas, da mesma forma, sem comprovações científicas suficientes para afirmar se tratar de um grupo de risco.
Sedentarismo
O sedentarismo tem explicado o aparecimento de diversas doenças nos humanos. E a endometriose parece não fugir à regra. A prática regular de exercícios físicos, desde cedo, contribui para a prevenção do problema.
Exercícios aeróbicos também auxiliam no combate à doença, ao estimular a produção de endorfina; esta, por sua vez, diminui a produção de estrógenos ovarianos, que são alimento da endometriose. O exercício aeróbico também aumenta a imunidade feminina, combatendo a evolução da doença.
Menos gestações e mais tardias
Mulheres modernas, em geral, adiam a decisão de ter filhos, e quando os têm, são em menor número do que há uma ou duas décadas. Essas medidas podem representam fatores de risco para o aparecimento da endometriose. A explicação está na presença dos estrógenos – hormônio contrário à progesterona, que predomina durante a gravidez.
Importante lembrar sempre que a melhor arma contra a doença é a informação e a prevenção. Agora que você já conhece alguns dos fatores que contribuem para o aparecimento da endometriose, fique atenta e cuide-se!
Busque uma vida saudável, com alimentação correta e mantenha a prática de exercícios físicos entre suas prioridades. E não se esqueça: a consulta regular e a conversa aberta com seu médico de confiança sobre o aparecimento de quaisquer sintomas são de grande importância sempre.
Assista um vídeo interessante sobre a Endometriose AQUI.