Dor de Endometriose: Como Tratar?

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De acordo com dados da Associação Brasileira de Endometriose, estima-se que essa doença atinge de 10% a 15% das mulheres brasileiras em idade fértil, ou seja, cerca de 6 milhões de mulheres entre 15 e 45 anos. 

A endometriose é uma doença inflamatória crônica e pode aparecer desde a primeira menstruação.  Em alguns casos, ela é assintomática, em outros, pode gerar dores que variam de leves a intensas, causando desde desconfortos até a incapacidade para trabalhar e estudar.  

Para te ajudar a entender melhor, confira mais informações sobre alguns tratamentos alternativos para a dor de endometriose, recomendados por médicos e fisioterapeutas! 

Como é a endometriose? 

A endometriose ocorre quando células semelhantes às do endométrio se instalam em locais fora do útero. Causando danos a essas estruturas.  

O endométrio é a mucosa que reveste o útero e é estimulado pela ação do estradiol durante o ciclo menstrual. Quando a gestação não ocorre, ele descama, originando o sangue menstrual. 

As células da endometriose também são estimuladas pela ação do estradiol, porém, por se localizarem fora da cavidade uterina, não são eliminadas durante a menstruação. Tal fato explica o caráter progressivo dos sintomas. 

Os sintomas mais comuns são 

  • cólicas inicialmente restritas ao período menstrual, com caráter progressivo, podendo se estender durante todo o ciclo,  
  • Dores durante a relação sexual  
  • Sangramento nas fezes durante o ciclo menstrual  
  • alterações urinárias durante o ciclo, entre outros.  

A gravidade e extensão da doença nem sempre é proporcional à intensidade dos sintomas.  

 Como funciona o tratamento convencional para endometriose?

O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico.

Geralmente a cirurgia é indicada quando os sintomas não são controlados com tratamento medicamentoso, ou quando a doença atinge órgãos que ofereçam maior risco, como intestino e trato urinário.

O tratamento medicamentoso consiste no bloqueio do ciclo menstrual com pílulas contraceptivas, anel ou adesivo hormonal, agonistas de GnRH, e em alguns casos com sistema intrauterino liberador de levonorgestrel, popularmente conhecido como DIUs medicados.

Quando a cirurgia é indicada, ela consiste na retirada das lesões visíveis de endometriose, com equipe multidisciplinar a depender dos órgãos acometidos. 

Durante a menopausa, com a queda dos hormônios femininos a doença tende a regredir. Na vigência de terapia de reposição hormonal, prioriza-se o uso de progestagenios contínuos associados aos demais hormônios.  

Porém um ponto importante no tratamento consiste no controle da dor dessas pacientes.  

Tratamentos alternativos para dor de endometriose

É importante frisar que os tratamentos alternativos devem ser utilizados em conjunto aos tratamentos convencionais, visto que, tem como função auxiliar no controle dos sintomas da endometriose, e não no tratamento da doença.

Quando falamos dos tratamentos alternativos para controle da dor da endometriose, os mais comuns são: 

  • acupuntura; 
  • produtos fitoterápicos; 
  • exercícios fisioterapêuticos, liberação miofascial, Neuroestimulação elétrica transcutânea, entre outros 

Conheça a seguir a característica de cada um deles para amenizar as dores da endometriose: 

Acupuntura

A acupuntura faz parte da medicina tradicional chinesa e consiste na introdução de agulhas pela pele, em pontos específicos, com a finalidade de estimular terminações nervosas a mandar diferentes estímulos ao sistema nervoso central. Existem estudos que associam a acupuntura com a diminuição das dores e da inflamação local além de aliviar possíveis efeito colaterais dos tratamentos convencionais.  

Fisioterapia pélvica

A fisioterapia pélvica é muito utilizada no tratamento da endometriose, principalmente em pacientes que apresentam dores durante a relação sexual, e pacientes que foram submetidas a cirurgia.

Os estímulos são prescritos pelo fisioterapeuta especializado, de acordo com os sintomas e locais acometidos pela doença, e eles variam desde exercícios localizados, liberação miofascial e estímulos elétricos.

Em alguns casos, a dor gênito pélvica durante a relação sexual pode persistir mesmo após tratamento cirúrgico, por contrações involuntárias da musculatura da vagina que estão associadas a memória dolorosa. O acompanhamento e tratamento fisioterápico nesses casos, tem extrema importância, na reabilitação dolorosa dessas pacientes, e na melhora da propriocepção.

A endometriose é uma doença física e mentalmente desgastante, e o tratamento multidisciplinar tende a estar relacionada com melhores resultados.

Mudanças nos hábitos de vida, como alimentação adequada, com foco em alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, além da prática regular de atividades físicas estão relacionados com uma melhora significativa e mais rápida dos sintomas.

Quer saber mais sobre endometriose e fertilidade? Leia também o artigo sobre a relação entre endometriose e a falha de FIV. 

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