Os sintomas surgem – cólicas, dores durante a relação sexual, dificuldade ou dor para urinar ou evacuar, sangramento excessivo na menstruação, cansaço, inchaço abdominal, diarreia e náuseas, além da infertilidade. A paciente quer saber: o que ela tem é endometriose?
Quanto antes se confirma a doença, maiores são as chances de se tratar adequadamente e buscar novamente a qualidade de vida, sem dores e indisposição.
Porém, a endometriose pode demorar para ser diagnosticada: ela pode, facilmente, ser confundida com outras condições, causando mais ansiedade e apreensão na mulher. De fato, ela se “instala” no organismo de forma bastante sutil, o que dificulta inicialmente sua identificação e, em uma segunda etapa, sua confirmação.
Há, inclusive, relatos de pacientes que não apresentaram nenhum sintoma sequer, atrasando ainda mais o diagnóstico. Ela consegue ganhar espaço no organismo sem deixar rastros.
A paciente com sintomas também não está livre de esperar um bom tempo pela confirmação da endometriose. Isso porque os sintomas aqui descritos são bem genéricos, e podem facilmente ser confundidos com outras doenças.
A cólica ou a dor pélvica muitas vezes são consideradas normais do período menstrual. É comum ouvirmos que “ter cólicas menstruais é normal”. As alterações para urinar ou evacuar acabam assimiladas a algo pontual, causado por má alimentação, cansaço ou outra atividade fora da rotina que a paciente tenha vivido. Ainda, as dores na relação sexual são confundidas com falta de lubrificação vaginal.
Sintomas “comuns”
O que pode atrasar e muito a identificação da endometriose é, por vezes, a nossa crença de que “isso que estamos sentindo não é nada”.
Não é raro a mulher sentir alguma indisposição em seu aparelho reprodutor, abdome ou alguma irregularidade intestinal, por exemplo. Todos esses fatores são minimizados pela sociedade, e a crença de que isso é comum demais para ir ao médico é passada de mãe para filha.
Ou seja, porque acreditamos que nada disso pode ser sinal de algo sério, passamos a vida nos autodiagnosticando e diagnosticando outras mulheres, e classificando a dor para urinar como uma cistite, porque simplesmente é mais fácil assim.
Porém, apenas um especialista pode realmente confirmar o que cada sintoma pode significar na saúde da mulher, e deixar de lado essa questão pode fazer a paciente pagar um preço alto e até mesmo, lidar com a infertilidade, simplesmente porque não acreditou que aquele sintoma pequeno poderia ser sinal de algo mais complexo.
É preciso deixar claro que não existem sintomas “comuns”. Se são sintomas, já bastam para que a paciente procure por um médico e tente identificar o mais cedo possível o que está causando aquilo. Dor, ardência, sangramento, diarreia, nada disso pode ser considerado como algo “normal, que vai passar”.
Se você sentiu algo diferente, ou percebeu que seu organismo está respondendo de outra forma aos mesmos estímulos, procure um médico. Aproveite essa vantagem e saia na frente na luta contra a doença!