As 6 perguntas mais frequentes sobre congelamento de óvulos

Compartilhe este post

Hoje em dia as mulheres estão muito mais ativas no mercado de trabalho. Estão pensando mais em ter uma carreira estável antes de formar uma família e ter filhos. Por causa disso, se tornou muito comum ver gestantes com idades acima de 35 anos.

E uma técnica bastante utilizada por diversas mulheres modernas que querem ter filhos no futuro é o congelamento de óvulos.

O que é o congelamento de óvulos?

Quando a mulher nasce, ela vem com um número limitado de óvulos, cerca de 1 a 2 milhões. Além disso, eles começam a perder mais qualidade depois dos 35 anos, o que pode dificultar engravidar ou mesmo impossibilitar uma gestação com o nascimento de um bebê saudável, aumentando também o risco de abortamento. Assim, o congelamento de óvulo visa à preservação da quantidade e qualidade das células reprodutivas, mesmo que os óvulos venham a ser utilizados anos depois.

Após uma estimulação hormonal, é agendada a coleta de óvulos. Com a paciente sedada, os óvulos são retirados com a ajuda de uma agulha acompanhada de um ultrassom. Depois disso, eles irão para uma espécie de incubadora para finalizar o processo de maturação durante 2 a 3 horas.

O procedimento final é a seleção dos óvulos que estão devidamente maduros para uma futura fertilização in vitro. Estes irão para um tanque de nitrogênio líquido que está numa temperatura de -196°C e permanecem congelados.

As principais dúvidas sobre congelamento de óvulos

Muitas pessoas possuem diversas dúvidas sobre esse tipo de técnica e congelar os óvulos é algo de muita responsabilidade. Abaixo, vamos esclarecer as maiores dúvidas que costumam aparecer:

1. Quem pode ou deve fazer?

Várias são as mulheres que podem fazer esse procedimento e outras que, por motivo de saúde, precisam fazer caso ainda queiram ter filhos:

  • Pessoas com sinais, sintomas ou risco de menopausa precoce (ex.: mãe que teve menopausa antes dos 40 anos);
  • Pacientes que começarão um tratamento oncológico com quimioterapia ou radioterapia;
  • Mulheres com endometrioma nos ovários e serão submetidas a cirurgia, que tem um risco aumentado para queda da reserva de óvulos;
  • Mulheres que ainda não pensam em engravidar nesse momento ou que ainda estão à procura de um parceiro para isso.

2. Como é feito?

O processo se baseia na menstruação. Normalmente, fazemos um ultrassom no começo do ciclo menstrual para verificar o número e tamanho dos folículos nos ovários. Se estiver tudo adequado, iniciamos a estimulação ovariana com hormônios injetáveis por via subcutânea. Durante essa etapa, fazemos cerca de 3 ultrassons de controle para avaliar o crescimento dos folículos. Isso pode ser acompanhado por exames de sangue também. Ao final de 10-12 dias, os folículos devem estar com tamanhos adequados para aplicar a última injeção e agendar a coleta de óvulos 35 horas depois.

No dia da coleta, a paciente deve estar em jejum de 8 horas pois o procedimento é feito com sedação (anestesia geral leve), e dura cerca de 30 minutos. Logo após a coleta, a mulher volta para um quarto, toma um desjejum e pode voltar para casa, ficando em repouso neste dia. Os óvulos coletados são avaliados e os maduros são criopreservados. Todo o processo dura cerca de 2 semanas.

 

 

3. Por quanto tempo os óvulos podem ficar congelados?

Por tempo indeterminado. Atualmente, usamos a técnica de vitrificação, que é um congelamento ultrarrápido, em que os óvulos entram em contato com o nitrogênio e são prontamente congelados. Isso permite uma maior eficiência e maior taxa de sobrevivência, mesmo após anos.

4. O congelamento pode acelerar a chegada da menopausa?

O procedimento apenas estimula os folículos (que contém os óvulos) que seriam perdidos naquele ciclo e, portanto, não consome mais óvulos da paciente.

5. Até que idade posso congelar meus óvulos?

Não há um limite estabelecido. Porém, é importante saber que as chances de sucesso são maiores se o procedimento for realizado até os 35 anos de idade, quando os óvulos ainda tem qualidade média muito boa. Veja que não existe idade ideal para tomar a decisão, pois depende de uma série de fatores, incluindo a reserva ovariana (quantidade) e presença de outras doenças. Mas é evidente que quanto antes, melhor. O procedimento feito após os 40 pode não ter boas chances de sucesso na implantação e gestação por conta do envelhecimento natural do óvulo. No entanto, há alguns relatos de casos de mulheres que congelaram após os 40 anos e tiveram sucesso, engravidando e tendo bebês saudáveis. Por isso, não se deve limitar o uso da técnica baseado apenas na idade, mas deve-se conversar bastante com a paciente para que se entenda as verdadeiras chances de sucesso, caso a caso. Se você tem mais de 35 anos, pensa em ter filhos no futuro, mas não imagina isso acontecer nos próximos 2 anos, converse com um especialista. Avalie sua reserva de óvulos e entenda as chances de acordo com a idade, pois esse é o principal fator prognóstico.

6. Caso eu não queira mais o óvulo, como fazer?

Você pode simplesmente descartá-lo, ou pode doá-lo para pesquisas ou para ser utilizado por outra mulher (caso tenha até 35 anos). Para isso, você precisa assinar um termo de consentimento informando o seu desejo.

Ainda ficou com alguma dúvida? Faça a sua pergunta nos comentários para que possamos te ajudar!

Compartilhe este post

Os comentários estão desativados.

Artigos relacionados