Tradicionalmente, as pessoas olham e se preocupam com aspectos muito discutidos e conhecidos da saúde: coração, sangue, ossos e pele são alguns dos focos de prevenções e cuidados diários.
Poucos, porém, são os avisos para cuidarmos da saúde da nossa fertilidade.
Geralmente as pessoas confiam que, quando quiserem, conseguirão engravidar, e simplesmente não olham para a questão até que ela se torne um problema. É como se engravidar fosse parte natural da vida de todas as mulheres, que decidem se querem e quando querem, e têm seu desejo atendido naturalmente.
Mas não é tão simples: de cada seis casais que tentam durante 12 ciclos, um não consegue engravidar. E é então que as pessoas passam a se preocupar com as condições da saúde que envolvem e interferem no sistema reprodutor.
As dificuldades podem surgir por uma variedade de fatores – candidatas a mães que são mais velhas (do ponto de vista reprodutivo) tendem a encarar mais obstáculos. Itens como o estilo de vida (alimentação, tabagismo, etilismo, uso de drogas, sedentarismo), ambiente em que vive e demais condições médicas também pesam nos resultados.
O impacto da idade é bastante discutida pelos especialistas. A fertilidade declina conforme a idade avança, e ela se torna, assim, uma das causas fundamentais de problemas para engravidar.
A época mais indicada para engravidar é durante os vinte a trinta anos, mas as mudanças da sociedade moderna no estilo de vida das mulheres fazem com que elas posterguem a maternidade. Em muitos países, a idade média para ter filhos é aos 30, ou 30 e poucos anos.
O envelhecimento do organismo é irreversível, e o relógio biológico não vai retroceder. Por isso, as mulheres que nem pensam em engravidar hoje, mas sabem que um dia vão desejar um bebê, podem tomar algumas iniciativas para proteger e cuidar de seus sistemas reprodutores.
Atitudes básicas e benéficas à saúde em geral, como administrar o peso, praticar exercícios e consumir alimentos saudáveis, são também indicadas para manter a fertilidade.
Também é preciso considerar que algumas condições podem surgir no caminho, como endometriose ou problemas na ovulação, mas elas podem e devem ser tratadas e acompanhadas o quanto antes.
As principais dicas oferecidas por especialistas são:
· Mantenha uma dieta equilibrada com proteína, carboidratos de baixo índice glicêmico (integrais) e fibras;
· Exercícios por 30 minutos, três vezes por semana, já ajudam a manter o bom funcionamento do organismo;
· Confira com seu médico a possibilidade de começar a tomar ácido fólico cerca de três meses antes de começar a tentar a gestação. Ele deve ser mantido até o terceiro mês de gravidez;
· Evite o álcool em excesso;
· Não fume nem use drogas;
· Restrinja a cafeína do seu dia a dia;
· Converse sempre com seu ginecologista para verificar sua reserva ovariana (quantidade de óvulos), através de ultrassom e exames hormonais.
· Fique atenta à idade: a partir dos 32 anos a fertilidade começa a cair, e a queda é mais acentuada a partir dos 37 anos.
Repense seu modo de vida, mantenha cuidados básicos com a saúde e o organismo e frequente seu médico regularmente para identificar o mais cedo possível problemas que podem no futuro interferir na fertilidade, mas que são possíveis de serem resolvidos.
Todos os cuidados e precauções com o seu corpo hoje serão colhidos amanhã, com o sistema reprodutor trabalhando de forma eficaz e proporcionando uma gestação saudável e segura a você e a seu futuro bebê.