Para mulheres que lutam contra a infertilidade, a tecnologia da reprodução assistida, incluindo a Fertilização in vitro (FIV), pode ser uma solução para a concepção. Mas mesmo essa opção não garante o sucesso absoluto, e pesquisadores concluíram que a deficiência da vitamina D, um esteróide produzido na pele à exposição solar, pode ser um fator importante para o resultado positivo.
Desde a década passada, o número de casos de reprodução assistida dobrou, e nos Estados Unidos cerca de 2% dos nascimentos já ocorrem através dessas práticas.
Um estudo realizado por médicos italianos constatou que mulheres com níveis suficientes de vitamina D tiveram o dobro de chances de engravidar e de gerar embriões saudáveis durante a FIV.
A vitamina D, cada vez mais, está sendo associada com a fertilidade, além dos seus já conhecidos benefícios, como por exemplo o fortalecimento dos ossos e auxílio no controle da diabetes.
Com tamanha importância para a reprodução e para a saúde em geral, o aumento dos níveis da vitamina D torna-se essencial para todas as mulheres (e homens) dispostos a conceber.
Conheça as fontes da vitamina e as quantidades necessárias para atingir os níveis adequados:
A principal fonte da Vitamina D é uma alimentação adequada associada à exposição solar. Um adulto saudável precisa consumir, em média, 5 microgramas por dia de Vitamina D e garantir uma exposição à luz solar de 20 minutos por dia, sem o uso de protetor solar. Evite os horários entre 10h e 17h.
Principais alimentos contendo vitamina D e suas quantidades:
Alimentos ricos em vitamina D | Porção (g) | Quantidade de vitamina D (mcg) |
Óleo de fígado de bacalhau | 13,5 | 34 |
Óleo de salmão | 13,5 | 13,6 |
Ostras cruas | 100 | 8 |
Peixes | 100 | 2,2 |
Leite fortificado | 244 | 2,45 |
Ovo cozido | 50 | 0,65 |
Carnes (frango, peru, porco) e vísceras | 100 | 0,3 |
Manteiga | 13 | 0,2 |
Carne bovina | 100 | 0,18 |
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Os laticínios são especialmente importantes porque são alimentos ricos em vitamina D e cálcio, que são dois nutrientes fundamentais para a saúde dos ossos.
Também comercializada em forma de cápsulas ou óleo, é importante destacar que o excesso de vitamina D só ocorre por meio da suplementação. Isto porque os alimentos não contam com grandes quantidades da substância e a obtenção dela por meio dos raios solares é regulada pela pele, que cessa a produção da vitamina quando atinge os valores necessários.
Porém, o excesso por meio dos suplementos, sem a orientação médica, pode ser perigoso. Há risco de ocorrer a elevação da concentração de cálcio no sangue, o que pode provocar a calcificação de vários tecidos, sendo os rins os mais afetados.
A suplementação deve sempre seguir acompanhada de uma dieta balanceada e uma boa hidratação, para manter o equilíbrio do organismo da futura mãe e os tecidos do embrião.
A dosagem de vitamina D é simples, através de exame de sangue. O ideal é que os níveis estejam acima de 30 ng/mL. Caso esteja baixa, a reposição deve ser orientada pelo médico.
Existem hoje no mercado brasileiro algumas formulações de vitamina D, como gotas e comprimidos. É muito comum vermos casais que fizeram o exame e estavam com níveis baixos da vitamina, e passaram na farmácia e compraram por conta própria, usando uma dose bem menor do que o ideal.
A Sociedade Americana de Endocrinologia indica realizar uma dose de “ataque” com doses maiores (cerca de 50.000 UI por semana) por 8 semanas. Depois dessa fase, fazemos uma manutenção com dose menor, cerca de 1.000 a 2.000 UI por dia, de acordo com os níveis. Pacientes obesas devem usar o dobro da dose.
A ingestão de Vitamina D deve ser suficiente desde o momento em que se tenta engravidar até a amamentação. Sol, alimentação ou suplementação, seja qual for a fonte, é importante manter os níveis elevados da Vitamina D para a manutenção da saúde em pais e filhos.