A jornada para a maternidade e a paternidade nem sempre é tão simples, especialmente para os casais que enfrentam desafios relacionados à fertilidade. A boa notícia é que a medicina reprodutiva tem evoluído muito nos últimos anos e os avanços têm proporcionado cada vez mais possibilidades, que atendem às mais variadas configurações de família e saúde reprodutiva.
A variedade de opções que existem atualmente, inclusive, deixam até mesmo os pacientes em dúvida em relação a qual é o método reprodutivo mais adequado para cada caso. O ideal, é claro, é realizar acompanhamento com um médico especialista para indicar a melhor opção, conforme o perfil e o histórico do paciente e da família – mas ter conhecimento sobre as diversas possibilidades é sempre benéfico.
Leia este artigo para conferir os métodos de reprodução assistida disponíveis atualmente e entender como funciona cada um deles.
O que são métodos de reprodução assistida?
Métodos de reprodução assistida são técnicas médicas que ajudam casais ou indivíduos a gerar filhos quando existe a dificuldade em conceber naturalmente, pelos mais variados motivos.
Existem diferentes possibilidades, cada uma com suas próprias indicações e procedimentos específicos, que podem ser usados para tratar uma variedade de situações que vão desde problemas de fertilidade e rastreamento para doenças genéticas até produção independente.
Conheça os diferentes métodos de reprodução assistida
Entenda cada um dos métodos de reprodução assistida, dos mais simples aos mais complexos, e não hesite em consultar um especialista para entender qual é o mais indicado para o seu caso:
Relação sexual programada
A relação sexual programada é a técnica médica de menor complexidade em reprodução assistida. Nesse método, o ciclo menstrual da mulher é cuidadosamente acompanhado por meio de ultrassons seriados, permitindo identificar o período ideal para a concepção.
Quando necessário, pode-se associar o uso de doses baixas de medicações complementares, além de vitaminas para o casal, para potencializar as chances de sucesso.
O método de relação sexual programada é indicado, normalmente, para casais que estejam apresentando certa dificuldade de engravidar, mas que contam com tubas uterinas e sêmen saudáveis.
Mulheres acima dos 35 anos também podem tentar essa opção, mas têm chances mais limitadas de sucesso.
Inseminação intrauterina (ou inseminação artificial)
O método de média complexidade em reprodução assistida, a inseminação intrauterina, também conhecida como inseminação artificial, consiste na introdução de espermatozóides previamente preparados em laboratório, diretamente no útero da mulher durante o período fértil.
O processo inicia com uma pequena estimulação ovariana na paciente, sendo assim, baixas doses de medicamentos são aplicados diariamente e acompanhados via ultrassom seriados para a evolução de um ou dois folículos, sendo as casinhas dos óvulos.
No momento indicado, o sêmen é coletado e processado em laboratório para separar os espermatozoides mais saudáveis. Estes são, então, inseridos suavemente no útero da mulher por meio de um cateter fino, no dia mais propício para acontecer a fecundação.
O procedimento de inseminação artificial pode ser realizado com sêmen do parceiro ou com sêmen doado e seu sucesso depende de uma série de fatores como a idade da mulher, a qualidade do esperma e a saúde do útero.
Lembre-se: apesar de simples, é fundamental que o método seja realizado por profissionais em clínicas especializadas em fertilidade. Embora venha aparecendo como uma alternativa mais econômica, a inseminação caseira não é recomendada por médicos e autoridades sanitárias por motivos tanto de saúde quanto legais.
Fertilização in vitro (FIV)
A fertilização in vitro (FIV) é o método de reprodução assistida de maior complexidade e mais conhecido. Realizado em laboratório, o procedimento envolve a coleta dos óvulos após estimulação, a coleta do sêmen e, então, sua fertilização em ambiente controlado para que o embrião seja formado e, no momento adequado, implantado no útero.
O processo começa de forma semelhante ao da inseminação intrauterina, com a estimulação dos ovários por meio de medicamentos. Na fase certa do ciclo, que deve ser estritamente monitorado pelos especialistas, eles são coletados por meio de um procedimento minimamente invasivo chamado aspiração folicular.
Em paralelo, os espermatozoides também são coletados e preparados em laboratórios. Em seguida, combinados com os óvulos em uma placa de cultura.
Os embriões formados são monitorados de perto para ser possível determinar sua qualidade e desenvolvimento e, então, o de maior qualidade é selecionado para ser transferido para o útero — sendo que os demais podem ser congelados para uso futuro.
Após a transferência, é feito um acompanhamento para verificar se a gravidez foi bem sucedida.
Particularidades dos métodos de reprodução assistida
Embora os métodos de reprodução assistida sejam, efetivamente, a inseminação intrauterina ou a fertilização in vitro, existem diferentes técnicas que podem ser combinadas a esses métodos, dependendo da particularidade do caso e da configuração familiar. Entenda:
Doação de sêmen
Quando há dificuldades significativas de fertilidade masculina, como a ausência de espermatozóides viáveis (condição conhecida como azoospermia), ou nos casos de produção independente feminina e tratamentos para casais de mulheres, a doação de sêmen torna-se uma alternativa viável e segura para realizar o sonho da concepção.
A escolha do doador pode ser feita em um banco de sêmen por meio de informações sobre suas características biológicas e o material pode ser utilizado tanto para inseminação artificial quanto para fertilização in vitro.
- Leia também: Dicas importantes para utilização de sêmen de doador
Doação de óvulos
A doação de óvulos, por sua vez, é uma opção para mulheres que não os produzem, seja por conta da idade avançada ou por outras questões de saúde, com a retirada prévia dos ovários.
No processo, uma mulher saudável em idade fértil fornece seus óvulos para serem utilizados por outra mulher. De acordo com a legislação brasileira, essa doação deve ser voluntária, sem fins lucrativos e anônima.
Essa possibilidade também pode ser utilizada por homens que desejam seguir com uma produção independente ou casais de homens, mas, nesses casos, é preciso contar também com um útero de substituição.
Útero de substituição
Popularmente conhecido como “barriga de aluguel”, o útero de substituição é uma oportunidade de indivíduos impossibilitados de gestar pela ausência ou problemas de saúde relacionados a este órgão;
O procedimento é regulamentado de maneira bastante cuidadosa no Brasil, por meio da Resolução nº 1957/2010 do Conselho Federal de Medicina, para garantir a segurança e o bem-estar de todas as partes envolvidas.
A gestação via útero de substituição é viabilizada por meio da fertilização in vitro.
Utilização de óvulos congelados
Por fim, nos últimos anos aumentou-se muito a procura pela técnica do congelamento de óvulos como método de preservação da fertilidade feminina. Mulheres vêm recorrendo cada vez mais a essa opção, seja por desejarem adiar o momento da maternidade ou mesmo para proteger sua fertilidade antes de realizar tratamentos de saúde como a quimioterapia.
Ao resolver utilizar seus óvulos congelados, uma mulher deve recorrer ao método da fertilização in vitro, seja com sêmen do parceiro ou com sêmen doado.
- Leia também: Quando congelar os óvulos? Entenda o assunto
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