Este artigo foi originalmente publicado no blog Criobanco e reproduzido aqui com permissão. Acesse o conteúdo original.
É chegada a hora do nascimento do bebê. Um misto de alegria e apreensão toma conta da gestante, que em breve terá seu filho nos braços. Nesse momento entra em cena um dos principais profissionais de uma sala de parto: o médico anestesista, responsável por avaliar alguns sinais da paciente que serão importantes para escolha do tipo de anestesia a ser aplicada, tais como: o estágio do trabalho de parto, o tamanho e a posição do bebê e a frequência das contrações uterinas.
Basicamente, existem dois tipos de anestesia: a analgesia para o parto normal, e a anestesia para a cesárea. Para o parto normal, a analgesia promove um alívio da dor, sem perda de movimentação. Já na cesárea, a anestesia é feita na região lombar entre duas vértebras, com bloqueio de toda a sensibilidade e movimentação. “A anestesia para parto normal visa ao alívio da dor com preservação da força (contração) muscular voluntária, ou seja, diminuição da sensibilidade dolorosa com mínimo bloqueio motor”, explica o médico anestesista André Gottardi.
A anestesia pode ser regional ou geral. A regional é considerada o método mais eficaz para o controle da dor durante o trabalho de parto e é a mais utilizada na cesárea, possibilitando que a mãe fique acordada para acompanhar o nascimento do filho. Existem três diferentes técnicas de anestesia regional: peridural, raquidiana e duplo bloqueio.
Na peridural é utilizada uma quantidade bem maior de medicamento anestésico, administrada continuamente por um cateter nas costas da gestante, durante o tempo que for necessário. Já na raquidiana o volume de anestesia é menor, mas com ação praticamente imediata e é dada de uma vez só, com duração limitada.
O anestesista, para analgesia do parto, normalmente opta pela peridural, que pode ser por uma injeção única de anestésico em baixas concentrações no espaço peridural ou injeções repetidas conforme a necessidade por via de um cateter instalado no espaço peridural. Pode também ser feita analgesia via raquidiana com a injeção de anestésico de baixa concentração no espaço subaracnóideo, técnica pouco usada.
Dependendo da situação, do nível de dor e do estágio do trabalho de parto, o anestesista pode preferir realizar o duplo bloqueio, quando é administrada, ao mesmo tempo, a peridural e uma dose pequena da raquidiana. Com isso, a raquidiana alivia a dor instantaneamente e a peridural garante a durabilidade do efeito.
Em raros casos, quando há alguma contraindicação para o uso da peridural ou da raquidiana, a exemplo do baixo número de plaquetas ou cesáreas emergenciais, o médico pode optar pela anestesia geral. Enfim, o que importa é optar pela forma que vai ajudar a futura mamãe a ter menos dor no momento mágico da chegada do seu bebê.