Reversão de Vasectomia: Entenda Essa Possibilidade
A reversão de vasectomia é uma possibilidade real para homens que desejam ter filhos novamente. Neste artigo, você vai...
É muito provável que você tenha ouvido na infância aquele velho conselho de avó: “cuidado para a caxumba não descer”. Embora pareça crendice popular, essa preocupação tem fundamento médico e gera muitas dúvidas, especialmente para quem sonha em aumentar a família. Afinal, a conexão entre caxumba e infertilidade é um mito ou uma realidade que deve nos manter alerta?
Vamos explicar exatamente como esse vírus atua no organismo e o que você precisa saber para proteger sua saúde reprodutiva.
A resposta direta é: nem sempre. Dizer que todo mundo que teve caxumba ficará estéril é um mito. No entanto, é verdade que a doença pode ser um fator de risco para a fertilidade, dependendo da idade em que a pessoa foi infectada e da gravidade da inflamação.
A caxumba é uma infecção viral que afeta principalmente as glândulas parótidas (salivares). O problema real acontece quando o vírus se espalha pela corrente sanguínea e atinge os testículos ou os ovários, uma condição que exige atenção médica, mas que não significa, obrigatoriamente, o fim do sonho de ter filhos.
A relação entre caxumba e infertilidade é muito mais comum nos homens do que nas mulheres. Quando um homem contrai a caxumba após a puberdade, existe um risco estimado entre 20% e 30% de ocorrer a orquite, que é a inflamação dos testículos.
Essa inflamação pode causar inchaço e dor, mas o maior “desafio” ocorre após a fase aguda: a atrofia testicular. Isso pode prejudicar a produção de espermatozoides, resultando em azoospermia (ausência de espermatozoides) ou baixa qualidade seminal.
Se notar sinais diferentes no corpo e tiver histórico da doença, principalmente se for um homem, vale a pena investigar, pois essa pode ser uma das causas da infertilidade masculina.
Se a atrofia testicular já estiver instalada, não existe um remédio para reverter o tamanho do testículo ou “curar” a lesão física. Porém, isso não é sinônimo de impossibilidade de gravidez. Em muitos casos, a produção de espermatozoides é afetada apenas parcialmente ou em um só testículo, mantendo a viabilidade reprodutiva do homem.
Sim, a reprodução assistida é uma excelente aliada! Mesmo em casos severos em que a caxumba e infertilidade parecem ter fechado as portas, a medicina reprodutiva oferece caminhos.
Por meio de técnicas como a Fertilização In Vitro (FIV), é possível captar espermatozoides diretamente dos testículos (caso eles não estejam presentes na ejaculação) e realizar a fecundação.
Se você está enfrentando dificuldades para engravidar, saiba que o diagnóstico de orquite por caxumba não é uma sentença final.
Embora se fale muito dos homens, as mulheres também podem ter os órgãos reprodutores afetados. A inflamação dos ovários, chamada de ooforite, acontece em cerca de 5% dos casos de caxumba em mulheres adultas.
A boa notícia é que, diferentemente dos homens, a ooforite raramente leva à esterilidade permanente. O corpo feminino tende a se recuperar melhor dessa inflamação, mas o acompanhamento ginecológico é indispensável para monitorar qualquer alteração.
Fique atenta aos sintomas de infertilidade e mantenha seus exames em dia.
A prevenção é a melhor estratégia e ela é feita de forma simples: vacinação. A vacina Tríplice Viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) deve ser tomada ainda na infância, mas adultos que não foram imunizados também podem e devem se vacinar.
Além disso, se você contrair caxumba, o repouso absoluto e o acompanhamento médico imediato ajudam a reduzir as chances de o vírus migrar para o sistema reprodutor.
Entender a relação entre a doença e a saúde reprodutiva é o primeiro passo para buscar soluções. Se o diagnóstico de infertilidade é uma preocupação para o casal, saiba que existem tratamentos modernos e humanizados prontos para ajudar vocês a realizarem esse sonho.
Quer saber quais são as opções mais indicadas para o fator masculino? Confira nosso artigo completo sobre o que é infertilidade masculina e quais os tratamentos disponíveis.

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