Receptividade Endometrial: O Que Isso Significa?
Receptividade endometrial – entenda sua relevância para a concepção, métodos de avaliação para melhorar essa condição, aumentando as chances...
Apesar do nome parecer moderno, a inseminação artificial (também conhecida como inseminação intrauterina) já vem sendo utilizada há mais de 200 anos como tratamento para casais inférteis. No final do século XVIII, um cirurgião britânico orientou um homem com hipospádia (malformação da uretra que pode dificultar a ejaculação adequada) a colher o sêmen para depois introduzi-lo na vagina da esposa com uma seringa. Funcionou! Naturalmente, as técnicas evoluíram e hoje em dia o sêmen é injetado diretamente dentro do útero após ser processado em laboratório. Em meados do século XX, os métodos de congelamento de espermatozoides se aprimoraram, o que permitiu a formação de bancos de sêmen. Assim, atualmente a inseminação intrauterina pode ser feita com espermatozoides do próprio marido ou de um doador anônimo.
A ideia é simples: possibilitar que os espermatozoides cheguem com facilidade às tubas uterinas para que ocorra a fertilização dos óvulos no momento programado. Assim, é fundamental que as tubas não tenham obstruções e que o sêmen seja desprovido de alterações graves. É um tratamento intermediário em Reprodução Humana, sendo mais barato e menos invasivo que outras tecnologias como a fertilização in vitro, tornando-se muito interessante quando indicado corretamente.
Quando o casal infértil é candidato à inseminação intrauterina?
As principais indicações são:
Quais são as etapas da inseminação artificial?
Inicialmente, o casal deve passar por uma avaliação composta pelo exame clínico, exames laboratoriais e de imagem, incluindo histerossalpingografia e ultrassonografia. Segue-se então:
No geral, as taxas de gravidez por tentativa variam de 5 a 20%, dependendo de fatores como idade materna, tempo de infertilidade, entre outros. Cerca de 10% das gestações são gemelares.
O papel da inseminação artificial nos dias de hoje
Quando bem indicada, a inseminação intrauterina pode beneficiar alguns casais selecionados, realizando o maravilhoso sonho de ter um filho, com menores custos e procedimentos mais naturais.
O AUTOR
Dr. Renato Tomioka é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com residência em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas de FMUSP, onde foi também médico Preceptor (chefe dos residentes) da Disciplina de Ginecologia. Possui Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) e Título de especialista em Endoscopia Ginecológica (Videolaparoscopia e Histeroscopia), ambas pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). É membro da American Society of Reproductive Medicine (ASRM), da European Society of Human Reproduction and Embryology (ESHRE), da American Association of Gynecologic Laparoscopists (AAGL) e da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP).
Atualmente é médico da Clínica VidaBemVinda e colaborador do Centro de Reprodução Humana Mário Covas do Hospital das Clínicas.
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