A Robótica é uma área do conhecimento que, nos últimos tempos, trouxe avanços interessantes à cirurgia minimamente invasiva moderna, integrando a engenharia da computação com destreza cirúrgica.
Trata-se de uma tecnologia que nos permite realizar movimentos extremamente precisos e delicados, associados a uma visão 3D e de alta resolução (full HD) do campo cirúrgico, conferindo maior segurança e eficiência ao procedimento.
O cirurgião opera sentado num console e os “braços” robóticos são acoplados à paciente por meio de pequenos trocartes, por onde introduzimos as pinças cirúrgicas.
Quem opera a paciente é o médico, de modo que o robô apenas traduz os movimentos do cirurgião para as pinças. Os principais diferenciais da cirurgia robótica são a visão tridimensional em alta resolução e a flexibilidade de movimentos nas pontas dos instrumentos, o que não é possível com a laparoscopia.
Para realizar cirurgias robóticas, é necessário que o cirurgião passe por um treinamento e, dessa forma, obtenha uma certificação específica.
Dr. Renato Tomioka é licenciado pela Intuitive Surgical® (Da Vinci System) para realizar cirurgias robóticas no Brasil. Assim como a laparoscopia, a robótica nos permite realizar todas as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas.
A Cirurgia Robótica é uma técnica minimamente invasiva que permite ao médico realizar diversos procedimentos complexos com maior controle e precisão do que as técnicas convencionais. Na realidade, o médico continua sendo o cirurgião; não é um robô quem opera. O robô é composto por “braços”, aos quais são acopladas pinças (tesoura, bisturi elétrico etc) e a ótica/câmera de alta resolução. Os braços robóticos reproduzem os mesmos movimentos que fazemos no console, de onde saem todos os comandos e controle do robô.
A Cirurgia Robótica utiliza pequenas incisões no abdome, tendo vantagens como na laparoscopia.
Sim, é uma técnica que foi aprovada pelo FDA nos EUA em 2000. De lá pra cá, a robótica ganhou muito espaço na cirurgia, especialmente em urologia, aparelho digestivo e ginecologia. No Brasil, os principais hospitais já têm os modelos mais novos do da Vinci Surgical System.
Na Robótica, os braços do robô funcionam como os braços dos cirurgiões na laparoscopia: movimentam a câmera e os instrumentos. Porém, isso é controlado por nós, que ficamos no console com uma visão 3D do campo cirúrgico. O cirurgião lidera o time de médicos que também participam da cirurgia. Um dos grandes diferenciais da cirurgia robótica é justamente a imagem em alta resolução e tridimensional, oferecendo uma visão fantástica dos órgãos. Toda a pelve e abdome pode ser avaliada, evitando grandes incisões em regiões distantes da parede abdominal. Em geral, o braço com a câmera é introduzido no umbigo, e as pinças para operarmos (tesoura, bisturi elétrico etc) passam por incisões no abdome inferior. Atualmente, dependendo do caso, o robô também permite operar através de uma incisão única no umbigo, por onde passam todos os instrumentos, chamada “single-site” ou portal único.
Muitos cirurgiões acreditam que a robótica traz mais precisão e controle nos procedimentos, permitindo fazer cirurgias mais complexas, com menos desgaste do médico. Neste sentido, operar sentado de forma ergonômica é uma grande vantagem em relação à laparoscopia. Conseguimos fazer cirurgias muito delicadas com uma precisão nunca antes alcançada. Por ser uma técnica minimamente invasiva na ginecologia, a robótica traz menor dor no pós-operatório, menor tempo de recuperação, menor tempo de internação hospitalar, melhor resultado estético e menor risco de infecção hospitalar. No caso da endometriose, a robótica, juntamente com a laparoscopia, é melhor do que a cirurgia aberta por nos trazer melhor visualização das pequenas lesões e acesso a espaços difíceis na pelve.
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