Receptividade Endometrial: O Que Isso Significa?
Receptividade endometrial – entenda sua relevância para a concepção, métodos de avaliação para melhorar essa condição, aumentando as chances...
A fertilização in vitro é o tratamento mais eficiente para a maior parte dos casais. Para que o procedimento tenha elevado índice de sucesso, um dos fatores mais importantes é a qualidade dos óvulos. Mas existe muita dúvida quanto à relação entre quantidade e qualidade dos óvulos. Então, vamos entender um pouco mais sobre o assunto.
A idade é um fator que impacta nessa relação. À medida que os anos vão passando, o número de óvulos que a mulher tem à sua disposição diminui. O patrimônio folicular reduz ciclo a ciclo, continuamente. E este processo não é passível de interrupção, pois ocorre por apoptose (morte celular programada geneticamente). A qualidade deles também pior com o envelhecimento. Assim, o mais frequente é vermos mulheres com idade reprodutiva avançada e uma baixa reserva ovariana e provável qualidade de óvulos também reduzida. Porém, algumas mulheres jovens podem apresentar óvulos com baixa qualidade, o que nem sempre está relacionado à qualidade genética, mas celular.
A maior parte dos problemas que os óvulos ou os espermatozoides podem apresentar não é possível identificar através de exames: as alterações no material genético. Esse tipo de diferenciação pode ocasionar o aborto espontâneo ou gerar uma criança com doenças, como a Síndrome de Turner, Patau, Edwards e Down.
Costumamos dizer que o melhor “exame” para avaliar a qualidade dos óvulos é perguntar “Quantos anos você tem?”.
Portanto, qualidade se relaciona com idade. E quantidade, com a reserva ovariana, que pode ser estimada com exames como contagem de folículos antrais, FSH e hormônio anti-mülleriano.
Desde que a mulher passou a fazer parte do mercado de trabalho, ela tem cuidado mais da vida profissional e adiado a maternidade. Mas a fisiologia repordutiva se manteve como há centenas de anos e, com o avançar da idade, a mulher passa, gradativamente, a liberar uma quantidade menor de óvulos, reduzindo a reserva ovariana.
Toda mulher já nasce com uma quantidade de óvulos considerável, cerca de 1 a 2 milhões. Na primeira menstruação, esse número é de 400 mil. Porém, a cada menstruação, ela perde cerca de mil e, aos 35 anos de idade, já está com um número bastante reduzido de folículos (que se tornarão óvulos).
A quantidade dos óvulos cai naturalmente com o passar dos anos, mas a queda na qualidade não precisa ser na mesma proporção. Existem várias formas de melhorar os seus óvulos e vamos te passar algumas dicas para que isso aconteça.
Beber frequentemente pode piorar a fertilidade. A ingestão diária de álcool, seja de vinho ou de outra bebida, reduz as chances de ter uma boa gestação em até 40%. Além disso, diminui a libido tanto no homem quanto na mulher. Outros pontos negativos são: aumento da probabilidade de aborto espontâneo e irregularidade do ciclo menstrual.
O fumo prejudica a saúde de muitas formas, inclusive na capacidade de produção hormonal das mulheres, tanto nas fumantes passivas quanto nas ativas. A nicotina também prejudica a implantação dos óvulos e ocasiona um aumento no uso de remédios, pelas pacientes, para estimular os ovários. Você sabia que uma mulher que fuma mais de 10 cigarros ao dia pode antecipar a menopausa em até 4 anos?
A obesidade é uma doença que interfere diretamente na fertilidade, pois os níveis de gordura corporal têm relação íntima com o equilíbrio hormonal. Além disso, as mulheres obesas respondem pior aos tratamentos de reprodução humana, como FIV, consumindo mais medicamentos e tendo menor resposta ovariana.
Se alimentar bem é fundamental para o casal que deseja engravidar, pois existem alimentos que ajudam especificamente nessa questão. Pensando nisso, alguns cientistas de Havard Medical School criaram a dieta da fertilidade.
O casal deve passar por uma reeducação alimentar, caso necessário, inserindo no cardápio alimentos que ajudam a melhorar a qualidade dos óvulos como: amendoim, feijão e outros alimentos que contêm ácido fólico, além de vitaminas do complexo B, presentes na banana e na carne bovina e, também, vitamina E, um poderoso antioxidante. Os sais minerais como ferro e zinco também não podem faltar.
Atualmente, estamos vendo cada vez mais estudos sobre o uso dessas substâncias, tanto para aumentar a longevidade humana, quanto a performance. As principais incluem: melatonina, Coezima Q10, DHEA (hormônio).
Otimize sua fertilidade. Se pensa em ser mãe mais tarde, procure opções de preservar a fertilidade, como o congelamento de óvulos. E mantenha uma vida harmoniosa, com alimentação adequada e atividades físicas.
Por Dra. Angélica Danielle Santos Comiran
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