Como Funciona o Tratamento de Fertilização in Vitro para Casais Homoafetivos

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Para se adequar às inovações tecnológicas e mudanças, o Conselho Federal de Medicina (CFM) criou novas regras para a reprodução assistida no país. A partir de 2015, a CFM passou a permitir a realização de tratamentos de fertilização in vitro e inseminação intrauterina para casais homoafetivos.

Quer entender como funciona esse tratamento e como ele pode ajudar os casais que querem realizar o sonho de ter um filho biológico? Confira neste artigo!

O que é fertilização in vitro para casais homoafetivos?

A fertilização in vitro (FIV) é um procedimento de alta complexidade utilizado para tratar diversos casos de infertilidade e ajudar na concepção de uma criança. Esse procedimento é feito com a coleta dos gametas feminino e masculino, realizando a fecundação dentro do laboratório e, colocando posteriormente o embrião no útero que vai gerar a criança. 

Para dar continuidade ao tratamento, os casais homoafetivos femininos precisam escolher um sêmen de doador. E para casais homoafetivos masculinos, é necessária a doação temporária do útero de uma parente de até quarto grau e uma doadora anônima de óvulos. Vale ressaltar que a doação de gametas, assim como a doação temporária do útero  não deve ter qualquer caráter comercial ou lucrativo. Se não houver uma parente que possa gestar, faz-se necessária a autorização do CFM para cada caso em tratamento.

A FIV é a forma mais eficaz da tecnologia de reprodução assistida para as mulheres homoafetivas e a única forma de tratamento para os homens.

Fertilização in vitro para casais homoafetivos femininos

A fertilização in vitro para casais homoafetivos feminino, pode ser feita de duas formas: a paciente estimula os ovários  e recebe o embrião fertilizado no mesmo ciclo – transferência a fresco ou após preparo endometrial, com transferência de embrião congelado,  ou as duas participam do processo, onde uma estimula os ovários e a   outra prepara o endométrio para receber o embrião, que chamamos de gestação compartilhada.

Normalmente é transferido um embrião por vez, podendo chegar até 50% de chances de sucesso para mulheres até 35 anos. As chances de sucesso também estão ligadas a outros fatores como endometriose, alterações uterinas, doenças crônicas.  

O tratamento em casais femininos é o mais realizado, quando comparado com os homens, devido a maior facilidade no processo : só precisamos de um sêmen doado. 

 

Fertilização in vitro para casais homoafetivos masculinos

A única opção é realizar a fertilização in vitro para casais masculinos onde é escolhida  uma doadora de óvulos anônima, que pode ser de banco de óvulos nacional, internacional ou de uma doação compartilhada de óvulos – pacientes que já estão fazendo tratamento de Reprodução Assistida. 

Depois, é selecionada uma mulher que fará a doação temporária do útero, sendo permitida pelo CFM parente de até quarto grau. O sêmen utilizado pode ser de um dos parceiros. A taxa de sucesso pode chegar até  50%. 

Vários estudos  comprovam que não existem alterações psicológicas bem como alteração na orientação sexual das crianças com progenitores homoafetivos.

Gravidez múltipla e outros detalhes da resolução

Para evitar uma gravidez múltipla, as novas regras também estabelecem limites para o número de embriões que podem ser usados, ​​de acordo com a idade das mulheres que se submetem a estas técnicas. 

Se a paciente tem até 35 anos, pode transferir no máximo dois embriões. Aquelas com idade entre 36 e 39 anos podem transferir até três. Para mulheres com mais de 40 anos, quatro. 

Vale ressaltar que essas idades se referem à idade do óvulo, e não ao útero. Se o óvulo veio de uma doadora com 35 anos e o embrião será transferido ao útero de uma mulher de 40 anos, o número máximo é de dois embriões, e não quatro.

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Dra. Fernanda Imperial

Por Dra. Fernanda Imperial Carneiro Liez

Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Formada pela Faculdade de Medicina do ABC. Fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Especialização em Reprodução Humana no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP).

23 de dez de 2020
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