7 Mitos e Verdades sobre a Fertilidade Feminina

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Quando se trata de fertilidade feminina, há muitas informações ditas ou divulgadas que nem sempre se baseiam em dados científicos. Por essa razão, é comum encontrar mulheres que se sentem inseguras quanto ao que é verdadeiro ou falso.

Para te ajudar a compreender mais sobre o assunto, desmistificamos alguns conceitos que giram em torno do tema e esclarecemos os fatos. Confira!

1. A mulher tem mais problemas de fertilidades que o homem

Mito. As causas da infertilidade são divididas igualmente entre homens e mulheres. Sabe-se que 1/3 dos casos são devido a fatores femininos e 1/3 a fatores masculinos. O restante são relacionados a fatores combinados (femininos + masculinos) ou aqueles em que a causa da infertilidade não pôde ser esclarecida (infertilidade sem causa aparente – ISCA).

2. A fertilidade feminina diminui após os 35 anos

Verdade. A chegada dos 35 anos é o primeiro marco da queda da quantidade e também da qualidade dos óvulos. Com o passar dos anos, as chances de uma gravidez espontânea vão diminuindo. Aos 37 anos e, mais ainda, a partir dos 40, esta queda se torna ainda mais significativa. Outros marcos significativos para a fertilidade feminina são aos 37 e 40 anos.

A recomendação para mulheres que se aproximam da idade em que a queda da quantidade e qualidade dos óvulos passa a ser significativa e ainda não têm programação a curto prazo de engravidar é a preservação da fertilidade por meio do congelamento de óvulos ou de embriões.

3. Uso prolongado de pílula anticoncepcional dificulta a gravidez

Mito. As pílulas anticoncepcionais ou DIU (dispositivo intra-uterino) só impedem que a gravidez ocorra durante o seu uso. Quando o uso é suspenso, ou feito de forma irregular, a contracepção deixa de ser efetiva. Após a interrupção, os ciclos menstruais devem ser recobrados no período de alguns meses.

O que ocorre em relação aos métodos contraceptivos é que as mulheres, muitas vezes, fazem uso prolongado dos métodos hormonais e acabam por desconhecer seu ciclo menstrual. Essa situação pode mascarar possíveis problemas de fertilidade que já existiam, mas só são descobertos ao interromper os medicamentos.

4. Mulheres com ovário policístico e/ou endometriose não conseguem engravidar

Mito. A grande maioria das mulheres engravida espontaneamente mesmo com síndrome dos ovários policísticos ou endometriose.

Entretanto, dentre as mulheres com infertilidade, esses distúrbios são frequentes. Ou seja, em alguns casos, eles podem atrapalhar o processo de gravidez espontânea. Mas isso não é mandatório. Vale lembrar, que ambas as condições citadas têm tratamentos e, se bem controladas, é possível que a gestação ocorra.

Em alguns casos, a inseminação intrauterina ou a Fertilização in Vitro são alternativas possíveis para realizar o sonho de ser mãe.

5. A saúde influencia na fertilidade feminina

Verdade. Alterações hormonais como hipo ou hipertireoidismo, bem como alterações metabólicas como Diabetes e obesidade podem influenciar negativamente a fertilidade feminina.

Por essa razão, é importante seguir uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regulares e fazer exames de rotina para verificar a sua saúde.

Vale a pena lembrar que mais do que engravidar, o objetivo é sempre ter uma gestação saudável para que os riscos gestacionais, do parto e do puerpério sejam reduzidos ao máximo possível. Além de garantir que após o nascimento, mãe e bebê estejam saudáveis em casa.

6. Tratamentos para infertilidade aumentam as chances de ter gêmeos

Mito. Ou “mais ou menos mito”. O aumento do número de gêmeos no mundo realmente foi causado pelo aumento do uso das técnicas de reprodução humana. Entretanto, isso era muito comum porque a técnica inicial contava com a transferência de mais de um embrião por vez.

Atualmente, existe uma tendência mundial de transferir apenas um embrião, conhecido como Single Embryo Transfer (SET), justamente para evitar a gemelidade.Isto porque a gravidez de gêmeos aumenta significativamente os riscos gestacionais e puerperais e deve ser evitada.

7. Os abortos de repetição podem interferir na fertilidade das mulheres

Verdade. Os abortamentos de repetição não são relacionados a infertilidade propriamente dita (já que ocorreram repetidas gestações), mas impedem que a gravidez se complete de forma saudável e que ocorra o nascimento de um bebê, que é o nosso objetivo.

Aqui, apesar de o termo infertilidade não caber exatamente, consideramos que seja uma questão importante de saúde reprodutiva e deve ser tratada e investigada. Para esta questão, os tratamentos de reprodução assistida podem ser de grande ajuda.

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Dra. Fernanda

Por Dra. Fernanda Ramos

04 de jun de 2020
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