Inseminação Caseira: Entenda os Riscos
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A infertilidade é um assunto delicado, mas que vem se tornando cada vez mais presente entre os casais em todo mundo. Segundo a OMS, mais de 180 milhões de casais residentes em países em desenvolvimento sofrem de infertilidade primária ou secundária. Dessa forma, torna-se necessário ter conhecimento sobre este assunto para saber quando é preciso recorrer a um especialista e começar o tratamento.
A infertilidade primária, que consiste na dificuldade do casal em ter seu primeiro filho, é o tipo mais conhecido entre a população. Mas, você sabia que casais que já geraram filhos podem ter dificuldades em conceber novamente? A esta dificuldade é dado o nome de infertilidade secundária.
No post de hoje, vamos falar sobre as causas da infertilidade secundária, como identificá-la e quais são os seus possíveis tratamentos. Confira a seguir!
As causas da infertilidade secundária são similares às que levam à infertilidade primária, sendo diferenciada pelo fato de que a primeira se dá pelo aparecimento ou agravamento do problema após a primeira gestação.
É importante reforçar que as causas podem vir tanto da mulher quanto do homem e só a partir da identificação da causa que será possível determinar o seu tratamento.
Nas mulheres, o problema pode estar relacionado a inflamações do ovário e/ou tubas uterinas, alterações no endométrio, problemas na ovulação, oscilações hormonais, entre outros.
Já no homem, a causa pode ser devido a doenças que geram alterações na morfologia e motilidade do espermatozoide, a reduzida concentração de espermatozoides no sêmen, ou até mesmo alterações ao longo do aparelho reprodutor que dificultem o transporte.
O diagnóstico de infertilidade secundária tende a ser tardio e ter uma pior aceitação por parte do casal — principalmente pela mulher. Isso porque a dificuldade aparece após uma concepção natural do casal, o que os leva a pensar na dificuldade como uma questão natural.
Entretanto, a frustração de cada tentativa gera cobrança, ansiedade e questionamentos que, muitas vezes, fazem a busca por um especialista ser adiada pelo desconhecimento ou pela negação do diagnóstico.
Estudos mostram que, em 2010, das mulheres entre 20 e 44 anos que tiveram pelo menos um filho, 10,5% foram incapazes de ter outro, o que nos mostra que não é um problema raro na população. Então, como identificar se esse tem sido o problema do casal?
Alguns fatores podem ajudar a indicar essa questão, como:
Além dos pontos listados, o estilo de vida do casal pode levar a dificuldade em ter o segundo filho, como a alimentação, a obesidade, o tabagismo, o álcool e outras drogas. Ao identificar estes pontos, é necessário procurar rapidamente a ajuda de um especialista que realize os exames necessários para a indicação do melhor tratamento para o casal.
Existe hoje no mercado uma variedade de tratamentos disponíveis para que o sonho de ver a família crescer se torne realidade para o casal. Por meio de exames de ultrassom e raio-X e, se necessário, outros exames mais específicos, o médico definirá a conduta mais indicada para cada caso.
Dentre as diversas opções, as mais comuns são: a Inseminação intrauterina (IIU) ou inseminação artificial, que é uma técnica de baixa complexidade em que os espermatozoides são depositados na cavidade uterina durante a ovulação programada da mulher; e a fertilização in vitro (FIV), cuja fecundação é feito em laboratório e somente após a fecundação o embrião é colocado no útero da mulher, sendo, portanto de maior complexidade.
A infertilidade secundária é um problema importante e precisa ser reconhecido para ser bem tratado! Ficou interessado ou quer saber mais a respeito dos tratamentos? Então, leia também sobre o que você não sabe sobre tratamentos de infertilidade.
Por Dr. Renato Bussadori Tomioka
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