Inseminação Caseira: Entenda os Riscos
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O momento ideal para ser mãe é uma decisão bastante pessoal. A resposta é diferente para cada uma. Você está preparada emocionalmente? Financeiramente? Fisicamente? Com o avançar dos anos, temos cada vez mais controle de se queremos e quando ter filhos. Um número cada vez maior de mulheres está optando por adiar esse momento. Nós podemos querer tempo para tirar proveito de um trabalho importante, de oportunidades educacionais e até mesmo pessoais. Optar por ser mãe mais tarde permite que nos preparemos melhor para lidar com alguns dos desafios que a gravidez e a maternidade nos trazem.
No entanto, muitas mulheres não percebem o quão rápido sua fertilidade pode cair nem o quão cedo isso pode começar a acontecer. Nem sempre o tratamento de reprodução assistida é suficiente para compensar essa queda. Com a idade, aumenta a prevalência de infertilidade, risco de malformações e abortamento. Por isso, é importante que nós e nossos parceiros entendamos como a idade pode afetar a fertilidade e a gravidez.
A fertilidade feminina começa a cair, em geral, a partir dos 32 anos, mas mais acentuadamente após os 35 anos. Infelizmente, não há maneira segura e exata de prever a diminuição da fertilidade. As mulheres podem chegar a perder sua capacidade de conceber anos antes de terem os primeiros sintomas da menopausa. Os exames que temos atualmente, como contagem de folículos antrais, FSH e hormônio anti-Mülleriano, ajudam a estimar a reserva ovariana, mas não predizem a idade da menopausa.
Esta mudança gradual na fertilidade é, principalmente, devido a uma diminuição no número e na qualidade dos óvulos. A perda dos óvulos começa antes mesmo do nascimento. Enquanto é gerada, uma mulher tem de 6 a 7 milhões de óvulos. No nascimento, ela tem de 1 a 2 milhões. Na menarca (primeira menstruação), cerca de 300 a 500 mil. Quando se aproxima da menopausa, restam apenas algumas centenas. Ou seja, a mulher já nasce com a quantidade de óvulos que terá durante toda sua vida. E, naturalmente, a condição dos óvulos também muda com o avanço da idade, já que eles envelhecerão junto com o corpo, fato que aumenta a possibilidade de anomalias cromossômicas e, com isso, as chances de aborto precoce.
Apesar de ser um fator importante, a idade não é o único que poderá influenciar na fertilidade de uma mulher. Há, também, os fatores não-ovarianos. Conforme o avanço da idade, é mais provável que você possa ter experimentado outros problemas médicos, como endometriose, miomas, doenças tubárias ou pólipos, que pode reduzir a sua fertilidade.
Outros fatores também podem reduzir, e muito, as chances de uma gravidez, como:
Altera o funcionamento do ovário, desregulando o ciclo menstrual e interferindo na qualidade do óvulo produzido. Em alguns casos, pode chegar a inibir a ovulação. Ele também aumenta o risco de um aborto espontâneo e complicações fetais.
A nicotina e as demais toxinas presentes no cigarro interferem na produção dos hormônios que regularizam a ovulação e expõem os óvulos a riscos de anomalias. Ele também dificulta os tratamentos de fertilidade, diminuindo a possibilidade de sucesso em tratamentos como a fertilização in vitro.
Por agredirem imensamente o organismo, as drogas deterioram os óvulos das mulheres, além de comprometer a qualidade dos espermatozoides nos homens.
Existem várias tecnologias médicas que ajudam algumas mulheres a engravidar, embora elas não possam, necessariamente, compensar o declínio da fecundidade relacionada à idade. O melhor tratamento para uma mulher depende da sua idade e de seu histórico médico. É importante entender que algumas dessas tecnologias podem ser invasivas e caras e ainda vir a ter efeitos colaterais indesejados.
Portanto, respondendo à nossa pergunta inicial: sim, é verdade, os óvulos envelhecem. Mas, como pudemos ver, há recursos facilitadores para a mulher que opta por ser mãe mais tarde.
Está esperando o momento ideal para a gestação do seu bebê? Entenda como o congelamento dos óvulos pode ser uma boa alternativa.
Por Dra. Angélica Danielle Santos Comiran
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