Inseminação Caseira: Entenda os Riscos
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A diminuição da quantidade e qualidade de óvulos, também conhecida como reserva ovariana, são causas comuns de infertilidade — mesmo não sendo a única. Para os casais que desejam ter filhos e não obtiveram sucesso por esse motivo, a transferência de embriões congelados pode ser uma solução para a realização desse sonho.
Porém, é importante saber que, com o passar dos anos, a quantidade de óvulos das mulheres vai diminuindo naturalmente. Por isso, as taxas de sucesso para o procedimento de congelamento de embriões podem variar, mesmo sendo altas.
Continue lendo este artigo e saiba mais sobre esse tratamento de reprodução assistida e descubra qual a média da taxa de sucesso!
Antes de falarmos sobre as taxas de sucesso do procedimento, é importante entender alguns pontos que o antecedem, como compreender o que levou à perda da qualidade e quantidade dos óvulos.
Um dos principais motivos para isso está relacionado aos folículos ovarianos remanescentes, que não possuem qualidade suficiente para manter os níveis hormonais adequados, fazendo com que a mulher entre no climatério, ou seja, o período de transição em que anteced a menopausa.
Há também outros fatores que danificam os óvulos e causam infertilidade, como as cirurgias de remoção dos ovários (ooforectomia), quimioterapia, radioterapia pélvica, medicamentos como a ciclofosfamida, avanço da idade, tabagismo e toxinas ambientais.
Sendo assim, uma maneira eficaz de preservar a fertilidade é pelo processo de congelamento e posterior transferência de embriões descongelados. Isso pode proporcionar maiores chances de gravidez, caso não seja possível conceber de forma natural.
Além disso, o congelamento de óvulos e embriões são, basicamente, as duas opções que estão disponíveis para a preservação da fertilidade.
O congelamento de embriões é feito por meio da fertilização in vitro (FIV). Os óvulos coletados são fecundados pelos espermatozóides no laboratório. Após os embriões se desenvolverem, eles são selecionados e congelados em nitrogênio líquido. A FIV pode ser feita usando o sêmen do parceiro ou de um doador anônimo.
Todo o tratamento, desde o início da estimulação no começo do ciclo menstrual (segundo ou terceiro dia) até o congelamento dos embriões, demora entre 15 e 18 dias.
A taxa de sucesso da transferência de embriões congelados é uma dúvida muito frequente entre as pessoas.
Pesquisas realizadas em clínicas de reprodução assistida indicam que mais de 95%% dos embriões descongelados sobrevivem ao processo.
Embora isso possa variar de acordo com a qualidade dos embriões e da idade da mulher, em algumas situações, a transferência de embrião congelado é mais efetivo do que o fresco.
Por isso, cada vez mais, os especialistas têm recorrido à transferência de embriões congelados nos tratamentos de fertilização in vitro ao invés de frescos, o que permite aumentar as taxas de sucesso em determinados pacientes e reduzir o risco de síndrome de hiperestimulação ovariana. Veja esse exemplo: embriões congelados no estágio de blastocisto, de boa qualidade morfológica e com teste genético normal, têm chance de gerar bebê de cerca de 50% por transferência e risco de síndrome de hiperestimulação próximo de zero.
Essa mudança de paradigma vem ocorrendo devido aos métodos de congelamento embrionário terem evoluído muito nos últimos anos. Antes, com o uso da técnica chamada de congelamento lento, os resultados clínicos, ou seja, a chance de engravidar, era muito inferior à transferência de embriões a fresco.
Hoje, com o avanço da técnica de congelamento, existe uma boa preservação da qualidade embrionária, o que pode ser comprovada nas taxas de sobrevivência pós-descongelamento.
Atualmente, é utilizado o congelamento ultrarrápido — técnica conhecida como vitrificação — que permite altas taxas de sobrevivência após o descongelamento.
O procedimento ainda pode trazer outras vantagens, como:
Porém, para que os resultados sejam positivos, há necessidade de que o laboratório de FIV tenha um programa de excelência em congelamento e descongelamento embrionário, com médicos e embriologistas especializados e experientes no processo.
Para saber mais sobre o tema, leia o artigo: Como Se Preparar Para a Fertilização in Vitro?
Por Dr. Renato Bussadori Tomioka
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