O tão sonhado processo de engravidar desperta muitas dúvidas nos casais, especialmente sobre como a compatibilidade sanguínea entre os parceiros pode impactar a fertilidade e a saúde do bebê.

Por isso, nesse artigo, você irá descobrir:

  • existe um melhor tipo sanguíneo para engravidar?;
  • combinação sanguínea dos pais: existe relação entre tipagem sanguínea e gravidez/fertilidade?;
  • o tipo sanguíneo interfere no sucesso da fertilização in vitro?;
  • casais com a mesma tipagem sanguínea podem ter filhos?;
  • incompatibilidade RH durante a gestação: o que fazer? ;

Boa leitura! 

Combinação sanguínea dos pais: existe relação entre tipagem sanguínea e gravidez/fertilidade?

Quando se trata de engravidar, muitos casais têm dúvidas como se há um melhor tipo sanguíneo para engravidar e a influência do tipo sanguíneo na fertilidade. Embora a tipagem sanguínea não afete diretamente a capacidade de conceber, há situações em que ela pode desempenhar um papel importante, especialmente no caso de incompatibilidade sanguínea entre os parceiros.

No caso de uma incompatibilidade Rh, onde a mulher tem sangue Rh negativo e o homem Rh positivo, pode haver complicações durante a gestação, como anemia fetal ou icterícia neonatal. Iremos abordar mais sobre essa questão em outro tópico deste artigo! 

No entanto, essas situações são raras e, com o acompanhamento médico adequado, podem ser facilmente controladas. 

Existe um melhor tipo sanguíneo para engravidar?

Essa é outra dúvida frequente de muitos casais que sonham em ter filhos. Na verdade, o que existem são alguns estudos que correlacionam o tipo sanguíneo “O” com um envelhecimento mais precoce do ovário, levando a uma reserva ovariana diminuída, o que pode impactar a fertilidade a longo prazo. 

Por outro lado, o tipo sanguíneo “A” tem sido apontado como um possível fator protetor contra esse envelhecimento ovariano. 

Essa característica pode estar relacionada à proximidade genética entre os genes que codificam as enzimas e receptores envolvidos na fertilidade e os genes que determinam o tipo sanguíneo. 

Esse tipo de dado leva muitos casais a questionarem se o tipo “A” seria o melhor tipo sanguíneo para engravidar. Contudo, é importante destacar que as evidências ainda são limitadas e que outros fatores, como saúde geral e idade, são muito mais determinantes.

As evidências sobre o assunto ainda são limitadas e não devem ser consideradas determinantes absolutos na fertilidade de uma pessoa! 

Como a incompatibilidade sanguínea pode afetar a gestação?

Ao buscar informações sobre o melhor tipo sanguíneo para engravidar, muitos casais se deparam com a questão da incompatibilidade Rh. 

Nessa situação, se o bebê herdar o fator Rh positivo do pai, o corpo da mãe Rh negativo pode reconhecer o sangue do feto como “estranho” e começar a produzir anticorpos que atacam os glóbulos vermelhos do bebê. 

Isso pode causar anemia grave no feto e icterícia neonatal, quando o bebê nasce com um tom amarelado, o que pode comprometer seu desenvolvimento neurológico. 

Segundo um estudo publicado pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), o uso de imunoglobulina anti-Rh durante a gravidez pode reduzir significativamente os riscos associados à incompatibilidade Rh. Esse dado reforça que a escolha de um melhor tipo sanguíneo para engravidar é menos relevante do que o acompanhamento médico adequado. 

Esses quadros graves podem ser evitados com a aplicação de imunoglobulina anti-Rh, que deve ser usada durante a gestação e, se necessário, após o parto ou aborto. 

A situação inversa, (mãe Rh positivo e pai Rh negativo) não gera complicações. Além disso, em tratamentos de infertilidade com doação de sêmen ou óvulos, é possível evitar a incompatibilidade Rh ao escolher doadores com tipos sanguíneos compatíveis, minimizando os riscos.

O tipo sanguíneo interfere no sucesso da fertilização in vitro?

Outra dúvida comum relacionada à incompatibilidade sanguínea e consequentemente, o melhor tipo sanguíneo para engravidar, muitos casais também se questionam se o tipo de sangue pode influenciar o sucesso de tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV). 

Embora essa seja uma preocupação válida, as evidências científicas até o momento não são conclusivas para se levarem em consideração.

Um estudo recente, publicado pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) na revista Fertility & Sterility, avaliou a relação entre a tipagem sanguínea e o sucesso da FIV, mas não encontrou evidências significativas que comprovem qualquer influência direta do tipo sanguíneo sobre a probabilidade de gerar um bebê nascido-vivo.

Portanto, até o momento, não há dados sólidos que indiquem que o tipo de sangue de um casal afete as chances de sucesso na fertilização in vitro. A qualidade dos óvulos, dos espermatozoides, a idade da mulher e outros fatores médicos são mais determinantes para o êxito do tratamento.

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