Entenda as diferenças entre endometriose superficial, ovariana e profunda

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Depois de tomar conhecimento de que a endometriose existe, é comum a paciente ser informada sobre qual o seu tipo.

Há três classificações para a condição: superficial, ovariana e profunda. Todas exigem acompanhamento e tratamento, e podem interferir na saúde e na rotina da mulher.

Saiba mais sobre cada tipo e veja como pode ser diagnosticado e tratado.

Endometriose superficial

É caracterizada por lesões no interior do abdome que podem chegar a atingir o diafragma.

É comum essas lesões se instalarem sobre órgãos como o intestino e a bexiga. As mulheres sentem cólicas, passam a ter uma menstruação irregular e sofrem com a infertilidade.

É difícil de ser comprovada com exames: o exame clínico e o ultrassom, por exemplo, são capazes de identificá-la, mas nem sempre. O marcador tumoral CA 125 pode ou não mostrar alterações. A videolaparoscopia é o exame padrão-ouro e também tem função terapêutica.

Endometriose ovariana

É identificada pelo ultrassom ou ressonância magnética, como uma imagem cística com conteúdo espesso, conhecidos como endometriomas.

Geralmente, ela atinge a área externa do ovário, provoca sua retração e, consequentemente, a formação de cistos, que podem mudar inclusive a anatomia do órgão. Na realidade, são falsos cistos (pseudocistos), pois não possuem cápsula verdadeira.

A endometriose ovariana pode ser tratada cirurgicamente, por videolaparoscopia, que retira ou causa abrasão do tecido do cisto.

É preciso haver um grande cuidado durante o procedimento, para que o tecido ovariano não seja danificado, podendo comprometer a reserva de óvulos.

Endometriose profunda

Ocorre quando os focos de endometriose tem profundidade maior que 5 mm. Como o nome já indica, é a que mais afeta a rotina da paciente, pois seus sintomas são sentidos de forma potente, e ela pode prejudicar a qualidade de vida.

De fato, as dores sentidas podem ser um sinal que ajuda a desvendar o diagnóstico – as pacientes ficam muito desconfortáveis durante a relação sexual, sentem cólicas fortes, inchaço, dificuldade para evacuar e algumas têm sangramento.

Isso porque a condição, nesta fase, acaba por envolver outros órgãos, como bexiga, vagina e até o intestino.

Por ser mais agressivo, esse tipo da doença pode inclusive interferir na fertilidade, mesmo diante de procedimentos de reprodução assistida.

Durante exames ginecológicos, é possível ao médico perceber a endometriose profunda, por meio de nódulos, espessamentos e pela dor da paciente.

Exames complementares podem confirmar o diagnóstico – os de imagem são muito importantes, como a ultrassonografia transvaginal com preparo intestina e a ressonância magnética. Há, ainda, a ecocolonoscopia e a colonoscopia.

Para todos os casos, a visita frequente ao médico é a melhor forma de se proteger: o diagnóstico poderá ser feito mais cedo, e o tratamento começará o quanto antes, evitando desdobramentos indesejáveis. Consulte seu especialista e faça adequadamente todos os exames solicitados dentro do prazo.

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